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Nota Oficial

Nota Oficial

O Governador Gladson Cameli (PP), lançou Nota Oficial ontem, 09, a respeito das ações da Operação Ptolomeu, promovida pela Polícia Federal e que teve desdobramentos no meio da semana em relação às medidas cautelares já divulgadas pela imprensa acreana, onde a ministra Nancy Andrighi, relatora do processo, flexibilizou os atos de precaução que envolvem a operação judicial.

Posição

Na nota, o governador declarou que “Essa é mais uma etapa da operação de mesmo nome. Com o andamento do processo, o governador confia que tudo será apurado e esclarecido”; Disse, ainda, que “mais uma vez, se coloca à disposição das autoridades, colaborando com mais essa etapa das investigações”; Gladson finaliza dizendo que “reafirma o seu apoio e confiança na Justiça, para que a verdade sempre prevaleça”.

A fala da defesa

Em movimento paralelo, a defesa jurídica do governador, patrocinada pelos advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Velloso, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto e Telson Ferreira, também lançou nota afirmando que “O governador Gladson Cameli recebeu com humildade a decisão do Superior Tribunal de Justiça que, na última quarta-feira, autorizou o reencontro dele com o pai, Eládio Cameli, com quem estava proibido de se comunicar há três meses. Para o governador, poder rever o pai é uma alegria imensa. A defesa lamenta, no entanto, o vazamento sistemático de informações sigilosas que, ao que tudo indica, tem objetivos escusos”.

Desdobramentos

Ainda sobre a operação Ptolomeu, a imprensa nacional repercute hoje, 10, que a Polícia Federal recuperou na fase III da operação um áudio que reforça as suspeitas de que familiares do governador estão a participar de um suposto esquema para desviar dinheiro público. A notícia remete a uma mensagem no computador do empresário Gledson Cameli, irmão do governador, apreendido em março. Ele conversa sobre a compra de uma empresa em Brasília para substituir a Construtora Rio Negro, da qual é sócio, em um ‘acordo’.

Áudios

“Eu realmente também fico muito preocupado assim com a CRN (Construtora Rio Negro) estar dentro aí desse acordo, entendeu, mesmo que afastada né, mas com movimentação financeira, com recebimento, com repasse, isso me preocupa e muito”, afirma Gledson no áudio. O irmão do governador argumenta que essa seria uma opção mais ‘segura’: “A gente acha que o mais interessante, o mais seguro, seria realmente a gente colocar uma outra, outra pessoa que não tem nada a ver comigo”.

Deduções

Os investigadores avaliam que esse teria sido o pontapé de uma série de articulações para montar empresas em nome de testas de ferro e blindar o governador e seu núcleo familiar no suposto esquema. “Temos a evidente constituição de uma empresa laranja discutida abertamente”, afirma a PF em um relatório parcial da investigação enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e obtido pelo jornal O Estado de São Paulo, O Estadão, em matéria divulgada na edição de hoje, sábado, 10.

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Arregou

A defesa do deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO) enviou ontem, 09, uma petição ao ministro do STF Alexandre de Moraes pedindo para que o político não seja preso. Na última terça-feira (6), em discurso na Assembléia Legislativa de Goiás, Ribeiro afirmou que “deveria estar preso” por ter colaborado com os atos golpistas de 8 de janeiro.

O que aconteceu

A ação da defesa ocorreu pelo risco de a Polícia Federal pedir a prisão de Ribeiro ao STF. O advogado de Amauri, Demóstones Torres, um ex-senador goiano cassado por receber ‘mimos’ do banqueiro do bicho Carlinhos Cachoeira em troca da defesa dos interesses do contraventor em Brasília, elaborou a petição após o colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, ter publicado que a PF encaminharia ao Supremo o pedido de prisão do deputado goiano.

Metamorfose ambulante

A medida da PF, segundo o jornal O Globo, seria uma consequência da declaração dada por Ribeiro nessa semana, de que teria auxiliado atos golpistas inclusive com dinheiro. Na petição que pede a rejeição de um “eventual pedido de prisão”, Demóstenes afirma que as falas foram retiradas de contexto. E que o deputado considera “vândalos, bandidos e delinquentes” quem participou dos atos de 8 de janeiro.

Ipsis literis

O que o deputado disse sobre os golpistas? Ribeiro afirmou que ajudou a bancar quem estava no acampamento golpista, durante pronunciamento feito na Assembleia Legislativa de Goiás. A fala foi uma resposta ao deputado Mauro Rubem (PT-GO), que questionou o financiamento dos atos golpistas. “Patriotário” “Respondendo a sua pergunta, o dinheiro não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação, que defende esse país e que não concorda com esse governo corrupto e bandido.” Ribeiro também defendeu um militar preso pela Polícia Federal. Benito Franco, militar da ativa da PM-GO e ex-comandante da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana), foi detido no dia 19 de abril durante um desdobramento da operação Lesa Pátria da PF. “A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês”.

Veja bem...

Após a repercussão de suas declarações, Amauri já havia recuado, afirmando repudiar os atos golpistas de 8 de janeiro. “[Foi] uma vergonha, porque ficamos por quase dois meses nas portas dos quartéis em um processo pacífico e democrático, sem nenhuma quebradeira. A lei nos dá esse direito”, disse à rádio Bandeirantes de Goiás. E assim, mais um espírito valentão abandonou o corpo de um bolsonarista.

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Saída pela direita

O ex-deputado Deltan Dallagnol foi aconselhado, nesta sexta-feira (9), a deixar o país. Depois de ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-procurador da Lava Jato agora pode ter que devolver quase R$ 3 milhões aos cofres públicos.

Conselho

O pitaco foi dado pelo deputado Marco Feliciano, depois de assistir a um vídeo de Dallagnol. “Pela manhã, assisti um vídeo do meu irmão em Cristo Deltan Dallagnol. Confesso, fiquei sensibilizado”, disse Feliciano. “Busque asilo político em um país onde a democracia seja plena. Você tem documentos de sobra para justificar o pedido. Já tomaram seu mandato, irão dilapidar seu patrimônio. Há um processo de vingança em andamento. E logo depois de você, serão outros”, afirmou o deputado.

Queixumes

No vídeo citado por Feliciano, Dallagnol critica decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, na quarta-feira (7), rejeitou recurso do ex-deputado contra decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). No processo, Dallagnol foi condenado pelo pagamento de diárias, passagens e gratificações à força-tarefa da Lava Jato no Paraná. O prejuízo foi calculado em R$ 2,8 milhões.

Ação anterior

Na semana passada Deltan Dallagnol foi cassado após entendimento do TSE de que o ex-procurador deixou o Ministério Público Federal antes da análise de representações contra ele que poderia torná-lo inelegível.