O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem insistido na ideia de vetar qualquer aliança do Partido Liberal com siglas consideradas de esquerda nas eleições municipais de 2024. A estratégia de manter a sigla “pura” é parte do plano de tornar o PL referência da direita no país, assim como o PT é para o outro lado.
Purismo
O processo de “limpeza” do PL, no entanto, passa pela disposição do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. O cacique assinou, na quarta-feira, 31/07, a resolução da sigla que proíbe alianças com a federação PT, PCdoB e PV e com a federação Rede/PSol. Para o ex-presidente, no entanto, a proibição ainda é muito branda e deveria também atingir PDT e o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Amor proibido
Em vídeo divulgado na sexta-feira, 02/08, no WhatsApp, Bolsonaro reforçou a proibição de alianças com a esquerda e disse que fará questão de fazer campanha contra candidatos do PL que traírem o movimento. O ex-presidente disse que a esquerda vai contra todos os valores democráticos, citando a crise que passa a Venezuela com a contestada reeleição de Nicolás Maduro, no último domingo, 28/07.
Juntos e misturados
Segundo levantamento do jornal O Globo, partidos da base do presidente Lula (PT) se aliam ao PL em ao menos seis capitais. Existe, também, cidades onde a composição direita/esquerda é uma coabitação. É o caso de Cruzeiro do Sul. Diante da decisão do PL, o comando da coligação de Zequinha Lima (PP) decidiu romper a aliança com a Federação Brasil da Esperança, composta pelo PT, PCdoB e PV.
Amizade colorida
O presidente do PT, Daniel Zen, diante da proposta do comanda da candidatura de Zequinha Lima em manter uma coligação informal, foi incisivo: “Houve uma proposta indecorosa de saída formal da coligação, mas, de manutenção de um “apoio informal”, que foi obviamente rejeitada pela Direção Municipal do Partido”.
Distrato
E segue: “Sendo assim, por deliberação da Direção Municipal do PT de CZS, em reunião ocorrida na manhã de ontem, sábado, 03/08, que contou com a participação do Presidente do Diretório Estadual do PT/AC, Daniel Zen; do Secretário de Articulação Institucional do PT/AC, Cesário Braga; e do Secretário Estadual de Juventude do PT/AC, Danilo Silva, foi tomada a decisão de rompimento definitivo com a candidatura de Zequinha Lima (PP) e retificação da ata da convenção da FÉ-BRASIL”, diz o comunicado oficial do PT assinado pelo presidente da executiva estadual do partido, Daniel Zen, e a presidente em exercício da agremiação em Cruzeiro do Sul, Irení Uchoa.
Qualificação
Cruzeiro do Sul, a principal cidade do Vale do Juruá, ganhou ontem, sábado, 3 de agosto, um importante reforço de profissionais qualificados para o mercado de trabalho. O município recebeu, durante o mês de julho, um verdadeiro mutirão gratuito de qualificação profissional ofertado pelo Sistema FIEAC, que reúne Federação das Indústrias do Estado do Acre, SESI, SENAI e IEL, em parceria com a Prefeitura de Cruzeiro do Sul.
Participes
Foram certificados, em solenidade que teve lugar no Teatro dos Náuas, mais de 700 pessoas em diferentes cursos. Para o presidente da FIEAC, José Adriano, a expectativa é de que a conclusão dos cursos se transforme em oportunidades de empregos de qualidade. “Tínhamos, há tempo, o sonho de trazer a Caravana do Desenvolvimento para Cruzeiro do Sul. É um esforço que hoje está sendo coroado com essa linda festa. Agradecemos nossa Diretoria, a Prefeitura de Cruzeiro do Sul, Governo do Estado e demais parceiros. Parabéns aos instrutores e principalmente aos alunos que concluíram os cursos. Esse certificado é valioso e desejo um grande sucesso a todos”, salientou José Adriano.
Cidadania
O coordenador da Caravana do Desenvolvimento, Augusto Nepomucena, presidente do Sindmóveis, ressaltou que é gratificante oportunizar cursos gratuitos para qualificar a mão de obra dos municípios. Já a coordenadora institucional da FIEAC no Vale do Juruá, Janaina Terças, frisou que a qualificação é o primeiro passo para que tantas pessoas, sobretudo os jovens, ingressem no mercado de trabalho.
Ação meritória
Presente à solenidade, o secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanípal Mesquita, exaltou a iniciativa do Sistema FIEAC e o esforço da atual Diretoria da FIEAC de manter uma Unidade Integrada no Vale do Juruá. “Quem se qualifica tem mais facilidade não apenas de conseguir um emprego, mas também de se tornar um grande empreendedor. É um conhecimento que vale para toda a vida. Todos estão de parabéns”, acrescentou.
Prestígio
Além dos alunos, também prestigiaram a certificação dos cursos da Caravana do Desenvolvimento em Cruzeiro do Sul diretores da FIEAC, presidentes de sindicatos industriais, bem como representantes de instituições parceiras, que receberam certificados de agradecimento. A solenidade foi encerrada com sorteio de bicicletas.
Garoto propaganda
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, iniciou uma intensa agenda de compromissos pelo interior do Acre na manhã de ontem, sábado, 3, acompanhado da equipe do Partido Liberal (PL) e do senador Márcio Bittar (União Brasil). “Fiz questão de prestigiar as convenções municipais da agremiação que vai mudar a história política do nosso Estado”, destacou Bocalom ao justificar o périplo nas cidades aonde visitou.
Maratona
A primeira parada foi em Assis Brasil, onde a comitiva participou da convenção que oficializou a candidatura de Serjão para prefeito, e Tamara Gonçalves, filha do ex-prefeito Betinho, para vice-prefeita. Durante a visita, Bocalom almoçou com o ex-prefeito Zum e os candidatos a vereadores do PL, além de conceder uma entrevista à Rádio Boas Novas.
Norte/sul
Após as atividades no município que faz fronteira com o Peru, a comitiva se deslocou via aérea para Feijó. No município, Bocalom participou da convenção da sigla que lançou Terezinha Moreira como candidata à prefeita, tendo o pastor Deusimar como vice. Dando continuidade à agenda, o prefeito da Capital foi a Tarauacá, onde participou da convenção que apoia a atual prefeita, Maria Lucinéia, também pelo PL.
Desjejum
Na manhã de hoje, domingo, 04, Bocalom planeja tomar café da manhã na feira de Feijó e visitar o comércio local antes de retornar a Rio Branco de avião, onde dará continuidade aos compromissos na capital.
Lupa
O ministro do STF, Flávio Dino, determinou novas regras e procedimentos, além de impor restrições para indicação de recursos de emendas por parlamentares. A decisão saiu dia primeiro de agosto, em audiência convocada pelo ministro para tratar das chamadas emendas PIX e das emendas de relator, também chamado de orçamento secreto, que vigorou de 2029 a 2022e que foram banidas por decisão da ministra Rosa Weber. As emendas que não foram pagas até a decisão da ministra estão sendo efetivadas pelo sistema de “restos a pagar”.
Ensejo
Foi essa situação que provocou a reunião do ministro, que quer disciplinar tanto essas emendas vencidas, como as emendas PIX, sem transparência. Pela decisão do ministro Dino, tomada na audiência, deputados e senadores só poderão destinar recursos para os estados pelos quais foram eleitos. Ministro do STF tomou a medida depois de uma audiência de conciliação, que terminou sem acordo, sobre o chamado ‘orçamento secreto’.
Pente fino
O ministro determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) faça, em até 90 dias, uma auditoria em todos os repasses de emendas parlamentares, de qualquer modalidade, que beneficiaram organizações não governamentais (ONGs) e demais entidades do terceiro setor entre 2020 e 2024.
Lógica
O ministro Dino também determinou que a destinação ou indicação de qualquer tipo de emenda ou fração de emenda para estados e municípios tenha absoluta vinculação federativa.
Ou seja, pela decisão, deputados e senadores só poderão destiná-las ou indicá-las para os estados (incluídos os municípios da unidade da federação) pelos quais foram eleitos.
Feedback
Dino convocou a reunião para verificar que o Congresso está cumprindo a determinação do STF que vetou a falta de transparência no pagamento de emendas parlamentares, o chamado “orçamento secreto”. A audiência terminou sem acordo entre as partes. Além do ministro do Supremo, participam da reunião representantes do Executivo, Câmara dos Deputados, Senado, Ministério Público, Tribunal de Contas da União (TCU) e Advocacia-Geral da União (AGU).
Orçamento secreto foi o nome dado às emendas de relator, mecanismo de distribuição de emendas parlamentares pouco transparente e marcado pela ausência de critérios. Para ministros do STF, a determinação de 2022 da Suprema Corte não foi totalmente cumprida pelo Legislativo e pelo Executivo.