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No radar

No radar

O prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima (PP), ao contrário do prognóstico firmado por alguns jornalistas que cobrem o segmento político, não é pedra batida no processo eleitoral de Cruzeiro do Sul, no certame que ocorrerá no ano vindouro. Zequinha, que buscará a reeleição, costura apoios para montar um palanque forte na cidade e concorrer em pé de igualdade com os oposicionistas.

Consenso

Na sexta-feira (22), Zequinha se reuniu com os deputados estaduais Luiz Gonzaga (PSDB) e Nicolau Junior (PP), respectivamente presidente e primeiro-secretário da Aleac; os também deputados estaduais Clodoaldo Rodrigues (PP) e André Vale (Pode), além do ex-prefeito de Rodrigues Alves ,Deda Amorim, esposo da deputada Maria Antônia (PP). A tônica do encontro foi a discussão do processo eleitoral. Em comum, o fato de todos terem forte base no Juruá e postarem-se contrários à orientação política do ex-prefeito Wagner Sales e família.

Aquecimento

“Tive uma reunião muito proveitosa com meus amigos deputados e o ex-prefeito Deda. Agradeço de coração pelo compromisso reafirmado com nossa gestão. Juntos, continuaremos trabalhando para o progresso da nossa cidade”, disse Zequinha.

Xadrez

A questão política envolvendo a sucessão em Cruzeiro do Sul ultrapassa os limites do Juruá. Na disputa, o tabuleiro já começa a ser montado para a sucessão do governo do estado em 2026, onde vários atores políticos terão destaque, como é o caso dos deputados Nicolau Jr. e Luiz Gonzaga, que compõem o grupo político que hoje ocupa a administração de vários municípios da região.

Leitura

É pouco crível que esse grupo, que orbita em torno da liderança do governador Gladson Cameli (PP), se disperse e entregue o comando da segunda maior cidade do estado para àqueles que dominavam os espaços políticos há pouco mais de sete anos. Pela lógica, o grupo de Wagner Sales e Gladson Cameli ocuparão espaços antagônicos no pleito de 2026. Nesses termos, o lógico é que todos estejam em lados opostos já agora, em 2024.

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Jogando o jogo

Após promover algumas trocas e realizar ajustes em ministérios no primeiro ano de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prepara uma reforma ministerial mais ampla para o início de 2024. O segundo ano de mandato coincide com a realização das eleições municipais, o que pode embaralhar o xadrez político e exigir dança das cadeiras.

Ampulheta

Vencido o primeiro ano de governo, o petista já tinha avisado que faria uma avaliação do trabalho de cada auxiliar, substituindo as peças que julgar necessárias. No último dia 20, Lula chamou seus ministros para uma reunião em que todos os 38 auxiliares tiveram a responsabilidade de apresentar um balanço de 2023 e as expectativas para o ano novo, abordando os objetivos planejados para seus ministérios em 2024.

Troca

Nos primeiros seis meses de mandato, Lula trocou apenas um ministro, surpreendendo até mesmo alguns aliados que esperavam que trocas fossem feitas mais cedo. A substituição aconteceu no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), em maio, com a saída do general Gonçalves Dias e a entrada do general Marco Antonio Amaro.

Expandindo

A segunda mudança ocorreu em julho, com a substituição de Daniela Carneiro (RJ) por Celso Sabino (PA) no Ministério do Turismo. Neste caso, o objetivo foi atrair o apoio da bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados. Outras substituições ocorreram em setembro.

Tabuleiro

Dinâmica na Esplanada fase, onde é aguardada uma mudança mais substancial de sua equipe, a primeira substituição que o presidente precisará fazer é na Justiça, após a aprovação de Flávio Dino para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de fevereiro. Além de substituir o futuro ministro da Corte, o chefe do Planalto ainda estuda dividir a pasta em duas: uma para a Justiça e outra para a Segurança Pública.

Novidades

Outra possível baixa na atual configuração é o ministro da Defesa, José Múcio, que já teria alertado Lula sobre sua saída há algum tempo, mas estica a permanência a pedido do petista, diante das dificuldades de encontrar um sucessor.

Missão cumprida

Segundo jornalistas políticos, Múcio anunciou a auxiliares que permanecerá na função pelo menos até 8 de janeiro de 2024, mas não deve ficar no cargo por muito mais tempo. Na avaliação do atual chefe da Defesa, passado quase um ano dos atos golpistas, a relação de Lula com os militares está pacificada.

Vale quanto pesa

Outros ministros, no entanto, podem estar na corda bamba da Esplanada. É o caso de Luciana Santos (Ciência e Tecnologia). O espaço do PCdoB no primeiro escalão tem sido questionado em função do peso da bancada no Congresso Nacional. Auxiliares de Lula avaliam que a vaga poderia ser cedida para uma legenda de mais representatividade no Legislativo.

Fritura

A atuação dos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil) também tem sofrido críticas de alas do governo, pelas articulações com o Congresso Nacional e as demais pastas.

Pedreira

Ao longo deste primeiro ano, o governo tentou consolidar uma base na Câmara dos Deputados, mas não conseguiu semear em solo fértil. A gestão federal sofreu baques importantes com a derrubada de vetos presidenciais em leis consideradas prioritárias para o Executivo, como a desoneração da folha e o marco temporal para terras indígenas.

Titularidade

Há, por outro lado, os titulares de pastas caros ao presidente Lula, que devem manter a posição segura no governo, apesar de eventuais mudanças. Entre eles, estão Fernando Haddad (Fazenda), Nísia Trindade (Saúde) e Camilo Santana (Educação), nomes consolidados no governo Lula.

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Nova configuração

Desde a posse até o mês de dezembro, foi criada uma nova pasta: o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para acomodar o aliado Márcio França (PSB). Com isso, o ministério do governo Lula 3 dispõe de 38 pastas.

Prêmio

A criação do Ministério do Empreendedorismo ocorreu como prêmio de consolação a França, porque o presidente entregou o Ministério de Portos e Aeroportos para o Republicanos, nas mãos do deputado federal Silvio Costa Filho (PE).

Sacrifício

Ex-governador de São Paulo e possível candidato nas próximas eleições, França tinha influência sobre o Porto de Santos, seu reduto político. No entanto, Lula precisou entregar a pasta para o Centrão, sem poder, contudo, deixar na chuva um aliado como França. Em 2022, o PSB abriu mão de disputar a Prefeitura de São Paulo para apoiar Fernando Haddad. França, então, disputou o Senado, mas perdeu a única vaga em aberto para o astronauta Marcos Pontes, do PL bolsonarista.

Pressões

Com quatro trocas, Lula retirou duas mulheres de seu primeiro escalão, o que provocou críticas do eleitorado e da própria militância petista. O presidente, que começou seu terceiro mandato com um recorde de 11 mulheres em ministérios, cortou esse número e hoje tem apenas nove auxiliares mulheres, entre 38. Até então, o recorde era da gestão de Dilma Rousseff (PT), que chegou a ter 10 mulheres chefiando pastas.

Cobrança

O chefe do Executivo federal tem sido pressionado devido a essa redução. Além do eleitorado e da própria primeira-dama Janja, há, ainda, constrangimentos de outros lados, como do movimento negro, que também cobra mais espaço na Esplanada dos Ministérios e mostra receio em perder o filão que já conquistou. Ao mesmo tempo, Lula precisa equilibrar os pratos e atender ao apetite do Centrão, que segue demandando mais cargos e caixas vultosos.