Com o crescimento constante de números de óbitos e pessoas contaminadas pelo covid-19, a expectativa para o início da próxima semana é quanto as novas medidas que vigorarão com relação as regras que o governo do Estado imporá para regular o convívio social e as atividades do setor econômico no estado.
Ponderações
As recomendações expedidas na ultima quarta feira pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão do MPF, Dr. Lucas Costa Almeida Dias, e pelo promotor de Justiça do MPE, Dr. Gláucio Ney Shiroma Oshiro, levando em conta as notícias de que o governo do Acre planeja liberar o funcionamento de atividades não essenciais a partir de 16 de junho, pesam na estratégia governamental quando o assunto e abrandar as regras de isolamento e da retomada das atividades econômicas.
Cautela governamental
Por meio da Secretária de Comunicação, na voz da secretária Silvânia Pinheiro, o governo informa que “a idéia é retomar de maneira gradual e coordenada as atividades econômicas compatíveis com o grau de evolução da pandemia, de modo a assegurar o equilíbrio racional entre as medidas de saúde pública e de execução das atividades econômicas, com o foco na preservação de vidas e das fontes de sustento das famílias acreanas”.
O momento requer calma
Nas recomendações do procurador Lucas Costa e do promotor Gláucio Ney, é reconhecida a importância das ações de governo na disponibilização de maior número de leitos de enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a entrega de hospitais de campanha, porém é lembrado que, além disso, existem vários outros critérios a serem cumpridos para o relaxamento das medidas de distanciamento social, e que o Acre não cumpre nenhum destes critérios atualmente.
Atenção Cameli
Segundo os representantes dos Ministérios Público Estadual e Federal, o governo deve garantir que eventual retorno das atividades não implique em risco ao funcionamento do SUS ou à prestação do atendimento médico-hospitalar adequado aos pacientes contaminados por coronavírus ou outros agravos, bem como que seja garantida a plena vigilância da saúde e segurança dos trabalhadores pela Secretaria de Saúde do Estado do Acre.
Experiência negativa
O documento chama a atenção também para o fato de que boa parte das cidades que precipitaram a liberação do funcionamento de atividades não essenciais acabou registrando crescimento no número de casos, o que sobrecarregou ainda mais seus sistemas de saúde. Essas questões levantadas pelas autoridades judiciária devem ser consideradas sob pena da administração estadual incorrer em crime de responsabilidade.
Racionalidade
O general Mark Milley, chefe do Estado Maior Conjunto e principal autoridade militar dos Estados Unidos, pediu desculpas por ter participado da caminhada do presidente Donald Trump para encenar uma foto na Igreja Episcopal de São João, próxima à Casa Branca, depois de mandar dissolver um protesto contra o racismo e a violência policial que acontecia na área, em 1º de junho.
Participação inoportuna
“Eu não deveria estar lá”, disse Milley sobre a foto com Trump, em um discurso em vídeo que gravou para ser exibido no início do ano letivo na Universidade Nacional de Defesa. “Minha presença naquele momento e naquele ambiente criou uma percepção de envolvimento dos militares na política interna”.
Desconforto
As primeiras declarações públicas de Milley desde a sessão de fotos de Trump — quando forças da Guarda Nacional reprimiram centenas de pessoas que se manifestavam pacificamente na Praça Lafayette para que o presidente pudesse posar com uma Bíblia na mão em frente à Igreja de São João — certamente irritarão a Casa Branca.
É errando que se aprende
“Como oficial da ativa, foi um erro com o qual aprendi, e espero sinceramente que todos nós aprendamos com ele”, disse o general Milley no vídeo gravado. “Nós que usamos as insígnias de nossa nação, que viemos do povo, devemos sustentar o princípio de Forças Armadas apolíticas que tem raízes firmes na base da nossa república”.
Lá ...
Enquanto isso, aqui no Brasil, nossos generais se prestam a acompanhar Jair Bolsonaro a manifestações que pregam atos antidemocráticos contra o Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
...e cá
Poderiam perder 48 segundos para ouvir as palavras de Milley. Não só participam como chancelam os atos estrelados pelo presidente Bolsonaro, onde são pregadas a extinção dos outros dois poderes e suplicam pela morte da democracia e a volta da Ditadura Militar, nos moldes que vigorou de 1964 até 1985, este último ano marcado pela eleição no Colégio Eleitoral de Tancredo Neves e a posse de José Sarney . Deve ser muito ruim morar em um local aonde os agentes públicos sabem aquilatar seu papel. Sutil diferença, né?
Luto
O Partido dos Trabalhadores perdeu dois grandes ativistas para a covid-19. Ontem faleceu o militante Sid Farney. Sid foi militante incansável na área da cultura e direitos humanos. No PT, coordenou o Setorial de Cultura, deixando sua contribuição como legado. Hoje, 12/06 faleceu Carlos Rêgo, militante histórico do PT de Brasiléia, participando ativamente na organização do partido desde a década de 90.
É fria!
Nunca convide o ex-ministro Sérgio Moro para padrinho, seja de casamento, seja de batizado de seu filho. O moço fez desfeita nesta quinta-feira (11) do convite que recebeu para ser padrinho de casamento da deputada Carla Zambelli (PSL-SP). Ela se casou em fevereiro deste ano com coronel da PM cearense Aginaldo de Oliveira.
Quem é você?
O ex-ministro e ex-juiz Moro, em entrevista à Rádio Gaúcha, afirmou pela manhã que foi “constrangedor” ser padrinho da parlamentar bolsonarista. “Eu pouco conheço a Zambelli. Essa questão do padrinho foi aquele tipo de convite que você fica um pouco constrangido ‘ah, vamos lá prestigiar e tal’, mas não tenho relacionamento pessoal próximo, nunca tive, com a deputada”, garantiu.
Barraco
O arroz doce azedou entre a deputada e seu “ex-padrinho” de casamento depois que Moro saiu do Ministério da Justiça atirando contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com o ex-padrinho, Bolsonaro quis interferir nas investigações da Polícia Federal e tentou comprar Moro com uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Intimidade revelada
Como de praxe, Sérgio Moro vazou para a Globo uma mensagem que recebeu da deputada Carla Zambelli: “Por favor, ministro aceite o [Alexandre] Ramagem [no comando da PF] e vá em setembro para o Supremo Tribunal. Eu me comprometo a ajudar a fazer Bolsonaro prometer”.
Abrindo o jogo
Depois de exposta no Jornal Nacional e fazendo jus ao ditado popular que diz que em briga de comadres é que são ditas as verdades, a parlamentar aliada de Bolsonaro acusou o ex-juiz da Lava Jato de perseguir o PT e poupar o PSDB durante o petrolão. “Essas questões que a Lava Jato teria sido politicamente orientada, isso é um discurso de muitas pessoas, o velho álibi da perseguição política, não me reporto ao que diz a deputada em questão”, desconversou Moro na entrevista à rádio de Porto Alegre (RS).