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Jamaxi

Nitroglicerina pura 

O site O Acre (https://www.oacre.com.br/2021/10/26/advogados-sao-acusados-de-desviar-milhoes-na-mafia-do-precatorios/) fez divulgar na terça feira, 26, denúncia envolvendo advogados acreanos em um suposto esquema de lavagem de dinheiro, apropriação indébita e crimes de extorsão, envolvendo membros da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Acre e componentes do primeiro escalão do governo estadual.

Fonte 

O caso foi denunciado a Policia Federal pelo ex-procurador Geral de Justiça do Acre, procurador Edmar Azevedo Monteiro Filho, que hoje está trabalhando no Gabinete Civil do Governador, e ele, em depoimento à PF, disse que tão logo tomou conhecimento do caso levou a questão ao governador Gladson Cameli (PP), patenteando que obteve as informações por meio dos assessores do governo e também de pessoas da comunidade jurídica, no caso  que já ficou conhecido como “Máfia dos Precatórios”.

Modus operandis

Segundo a denúncia, o esquema funciona ou funcionava a partir da ação de um grupo de pessoas do alto escalão do Estado, incluindo membros de todos os poderes, que obtinham informações privilegiadas sobre o cronograma de pagamentos dos precatórios e os pareceres a respeito destes, levando os acusados a procurarem os beneficiados pelos valores a serem pagos pelo Estado e comprando a dívida por valores abaixo do que teriam direito a receber.

Intermediação 

Edmar Monteiro relata que informou ao governador que o procurador geral do Estado, João Paulo Setti e o presidente da OAB-AC, Erick Venâncio e advogados ligados a ele, tem conexão com a empresa P&H Contabilidade e Assessoria Empresarial Eirelli, pertencente a esposa do presidente da OAB-AC, a quem supostamente teria a função de receber parte de alguns recursos dos precatórios.

O outro lado 

Contrapondo-se a denúncia, hoje, sexta-feira, 29, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Acre, advogado Erick Venâncio, utilizou espaço na TV 5, repetidora da Rede Bandeirantes no Estado, refutando as informações, dizendo, ainda, que a mesma é originária de ‘fofoca’, sentenciando a improcedência da acusação.

Interesses ocultos

“Não existe nada de verdade nessa denúncia. A pessoa citada (Edmar) atrás de uma fofoca corrente pegou uma divergência comercial de uma empresa da minha família, uma compra ocorrida em 2018 e já resolvida judicialmente. Agora diante de um quadro eleitoral, essa denúncia tem sido usada como coeficiente eleitoral. A matéria foi confeccionada no início de setembro e é publicada agora com requintes de sensacionalismo”, declarou Venâncio.

Casquinha 

Aproveitando o caso para desgastar o governador Gladson Cameli, o vice-governador do Estado, Major Rocha se pronunciou a respeito do caso nas suas redes sociais através de um vídeo em que ele reforça a denúncia feita pelo procurador de justiça. A mesma postura foi sustentada em uma entrevista a uma rádio da capital. Fatp é que esse caso, se não for explicado em suas minúncias, terá o poder de marcar negativamente a gestão do governador Gladson Cameli.   


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Moda 

Seis ex-funcionárias do gabinete de Davi Alcolumbre (DEM) acusam o senador de ter embolsado 90% dos seus salários ao longo de cinco anos — prática que, graças à família Bolsonaro, o Brasil todo sabe que se chama “rachadinha”.

Revelação 

A revelação foi feita hoje, sexta-feira, 29,  pela revista VEJA. Segundo a publicação, da ação na Justiça que as ex-funcionárias movem contra o senador constam extratos bancários comprovando que alguém zerava suas contas tão logo recebiam o pagamento. Os saques seriam feitos em dinheiro vivo, num caixa eletrônico próximo ao gabinete de Alcolumbre. Se comprovadas as acusações, o parlamentar pode ter seu mandato cassado de forma célere. 

Semelhanças e divergências 

Ao contrário do que aconteceu com Flávio Bolsonaro, a acusação que pesa sobre Alcolumbre se refere a um suposto delito cometido no exercício do seu atual mandato. Flávio, hoje senador, responde por crime que teria sido praticado na época em que era deputado estadual — do que resulta metade das discussões jurídicas que tem esticado o seu processo.

Usos e costumes

No caso de Alcolumbre, segundo a VEJA, a prática da rachadinha se estendeu de 2016 a março de 2021. Compreendeu, portanto, inclusive o período em que Alcolumbre foi presidente do Senado (2019-2021). Davi Alcolumbre chegou ao cargo — o terceiro na linha sucessória da Presidência da República— catapultado pelo discurso do combate à velha política, na época entoado por Jair Bolsonaro.

Remember 

A acusação de rachadinha, tido como crime de quinta categoria jamais registrado no Senado (onde quem quer pisar fora da linha se dedica a práticas bem mais rentáveis) cobre a Casa com as mesmas tintas grotescas que um dia o ex-deputado Severino Cavalcanti pintou a Câmara ao ser pego em flagrante, no exercício da presidência, extorquindo em 40 mil reais o dono da lanchonete da Casa para manter a concessão do negócio.

Trajetória 

Alcolumbre, quando assumiu a presidência do Senado, era um ex-deputado estadual pelo Amapá transmutado no Davi que derrotou o Golias, então incorporado por Renan Calheiros (MDB) — que antes de ser beatificado pela CPI da Covid, era o símbolo da cacicagem política dizimada pela Lava Jato. Era uma época em que Sergio Moro era ministro da Justiça, Augusto Heleno cantava “se ficar, pega Centrão” e o governo jurava jamais fazer toma lá dá cá — conversa, só com as bancadas temáticas. 

Nova ordem 

Davi Alcolumbre ainda tinha cabelos pretos e representava o novo, o bem. Agora, a acusação de que chafurdou na rachadinha não apenas “severiniza” o senador. Se comprovada, faz lembrar que, ao final, nada tinha mesmo mudado.

Mágoa 

Em nova carta ao grupo de partidários do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson, que está preso,  voltou a criticar Jair Bolsonaro, dizendo que o presidente não recolhe seus feridos e nunca lhe enviou um cartão sequer lhe desejando saúde. O dirigente petebista lamenta o “distanciamento” do presidente da República e critica a sua aproximação com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Controvérsia 

Numa entrevista, recentemente, Bolsonaro disse que tinha conversado cinco vezes com Moraes, depois do 7 de Setembro.

Indiferença

“O Bolsonaro é um homem honrado, mas não recolhe seus feridos. Sequer demonstra solidariedade com seus combatentes. Fiz duas cartas para ele. Nunca o PR (Presidente da República) mandou um cartão dizendo saúde, minha solidariedade. Ao contrário, ele se distanciou de nós e manteve silêncio obsequioso” - escreveu Jefferson no texto dirigido aos correligionários.

Tom 

O tom da carta levada ao conhecimento público hoje, sexta-feira, 29, é mais ameno que a divulgada ontem (28) pela imprensa nacional, na qual Jeferson ataca o presidente, seu filho Flávio Bolsonaro e os aliados do Centrão. Chegou a dizer que todos eles se “viciaram em dinheiro público”. Na correspondência publicada hoje, Jefferson volta a criticar o senador filho do presidente e o compara a sua filha, com quem está rompido. “Quanto ao Flávio Bolsonaro, ele é a Cristiane Brasil do presidente. É uma figura da velha politica”.