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Jamaxi

Não é bem assim...

O secretário de saúde da administração de Tião Bocalom (PP), o ativista político Frank Lima, em entrevista concedida à imprensa ontem, terça feira, 13, na sede da Secretaria de Saúde de Rio Branco, mudou o discurso e afirmou que não há corrupção dentro da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), como havia sugerido no último domingo, 11.

Retaliações 

Após ser denunciado por servidoras pela prática de assédio sexual, em sua defesa, Lima expressou a improcedência da denúncia de assédio e que estava recebendo retaliações por conta de medidas moralizadoras implementadas na pasta.

Não é bem assim!

Sobre a afirmação de que houvera descoberto um antro de corrupção no setor que dirige, tergiversou: “Eu nunca disse que tinha corrupção dentro da Semsa. Não coloquem palavras na minha boca”, retrucou após ser questionado pelo jornalista Luciano Tavares, do site Notícias da Hora, veículo que publicou a reportagem denunciando o pretenso assédio ainda no domingo. 

Meia volta 

Apesar de negar a fala dando conta que haveria corrupção na Semsa, no domingo, em entrevista ao citado site Notícias da Hora, o secretário afirmou que haveria um esquema para superfaturar licitações e direcionar os processos para determinadas empresas. Tudo funcionando dentro do Fundo Municipal de Saúde. 

Ipsis literis

“Várias licitações nossas que foram para a CPL saíram dali montadas de forma que não condiz com a administração pública, diria que superfaturadas. Aí eu determinei à Diretoria de Gestão que mudasse. Talvez isso tenha causado algum desconforto e alguém está fazendo isso”, disse o secretário no domingo.

O lado fraco 

Sobre as acusações de assédio, diferente do que alega Frank Lima, os áudios publicados pela reportagem do site Notícias da Hora não foram feitos por apenas uma mulher, como afirma o gestor e assim faz propagandear na imprensa. O noticioso informa que a denúncia partiu de sete senhoras e que ocultou a identificação das mulheres na medida que essas pedem anonimato com receio de represálias. Essas senhoras também procuraram a vereadora Michelle Melo.

Investigação 

A propósito desse turbilhão que o secretário Frank Lima está envolvido, o gestor será investigado pela Corregedoria Geral da Prefeitura de Rio Branco. O anúncio da investigação foi feito pelo próprio na entrevista coletiva citada acima. 

Ato de ofício

“A prefeitura deve abrir um processo administrativo hoje ainda, e é onde eu vou me defender. Após isso, vou buscar os meios legais para me defender. Eu nunca me envolvi com subordinados. Eu não posso me defende para a imprensa”, alega o secretário. 


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Reafirmando 

O deputado Luís Miranda (DEM-DF) voltou a dizer na noite de segunda-feira (12) que tem como provar que o presidente Jair Bolsonaro sabia de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. Ao participar do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, Miranda sugeriu que a conversa teria sido gravada por seu irmão, o servidor Luís Ricardo Miranda. Segundo ele, só os dois estavam com Bolsonaro e que ele “jamais gravaria o presidente”.

Testemunha ocular

“O presidente viu tudo, o processo inteiro (da compra da Covaxin). De fato, ele não se atenta aos detalhes da documentação técnica, mas entende que era grave”, disse. Questionado várias vezes pela bancada de jornalistas sobre onde estaria essa gravação e por que ela não veio à tona ainda, afirmou que “o presidente confirmou tudo” o que ele e seu irmão falaram, então, o assunto “está encerrado” para ele.

Linha auxiliar 

Miranda afirmou que, ainda que não existisse o áudio, ele poderia comprovar que informou Bolsonaro pois encaminhou documentos por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp para o ajudante de ordens do presidente, o capitão-de-corveta da Marinha Jonathas Diniz Vieira Coelho. Ele leu algumas das mensagens durante o programa.

Confidente 

Miranda disse que se encontrou com o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello após falar com Bolsonaro, em março,  e que ele reclamou da influência do Centrão na pasta. “Ele me disse que um político colocou o dedo na cara dele e disse: “Se não der pixuleco vai sair dessa cadeira”, afirmou o deputado. Miranda disse que não revelaria o nome de quem chantageou Pazuello, mas que deu o nome dessa pessoa, em privado, a integrantes da CPI da Covid.

Personagem 

Questionado, no entanto, pela jornalista Vera Magalhães, se confirmaria que Pazuello apontara o presidente da Câmara, Arthur Lira, como a pessoa que teria feito a ameaça, Miranda não negou, mas saiu pela tangente: “Quem tem que falar isso é o Pazuello”, respondeu.

Central 

O parlamentar disse, ainda, que seu gabinete tem recebido outras denúncias de irregularidades no ministério da Saúde, sem dar detalhes sobre quais seriam. Afirmou, apenas, que encaminhou denúncias para a CPI da Covid.

Encorpando 

A PEC que propõe vedar a militares da ativa a ocupação de cargos em governos, apelidada de ‘PEC Pazuello’, deve receber emenda para incluir um tipo de “quarentena eleitoral” a militares, policiais, juízes e procuradores. Em linhas gerais, cidadãos dessas categorias teriam de cumprir um prazo antes de disputar eleições. O período de inelegibilidade serviria para evitar a utilização política dos cargos. A tese é defendida por um grupo de deputados, entre eles, Arthur Lira (PP-AL). “Penso que poderia melhorar o ambiente de aprovação”, disse.

Simbora

O presidente da Câmara afirmou que consultará primeiro os líderes da Casa. A PEC de Perpétua Almeida (PCdoB-AC) será protocolada nesta quarta-feira, 14, e contará com mais de 180 assinaturas.

Simbora 2

O único partido que não teve deputado apoiando a proposta foi o PSC. O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa, Aécio Neves (PSDB-MG), também bancou a ‘PEC do Pazuello’.

Histórico

Perpétua Almeida tem ligação com os militares porque trabalhou no Ministério da Defesa em um dos governos do PT. Segundo ela, a proposta visa à proteção das Forças. A deputada gostaria de ver na relatoria alguém com “sensibilidade” para o tema.

Agora vai? 

Já existe projeto de lei, de Fábio Trad (PSD-MG), que prevê quarentena eleitoral de seis anos a essas categorias, mas está parado. A PEC daria maior segurança jurídica para a proposta. A “bancada lavajatista”, que fazia frente à quarentena, está cada dia menor.

Rua

Dirigentes partidários, de movimentos sociais e de sindicatos se reuniram na segunda-feira, 12, para discutir formas de fortalecer o oposição a Bolsonaro e os protestos marcados para o próximo dia 24.

Rua 2

Dos partidos, PSDB, Cidadania, PDT, PSB, Rede e PCdoB participaram. CSB, Força, UGT, entre outras entidades de trabalhadores, estiveram na reunião. Todos se comprometeram a buscar gente para engrossar os protestos.

Call center

A campanha Super Impeachment, articulada pelo Acredito, 342 Artes, terá no seu site dispositivo que conectará diretamente o internauta, via celular, ao telefone do gabinete de Lira, em Brasília ou mesmo em Maceió (AL).

Linha… 

Para o ex-presidente da Comissão de Ética da Presidência Mauro Menezes, “há profusão de violações à ética pública” no caso da vacina Covaxin.

…divisória

“O presidente tem demonstrado desconhecer a linha divisória entre público e privado, faz pouco-caso da perspectiva de que ele deve, sim, prestar contas”, disse à Coluna. Menezes é um dos autores do “superpedido” de impeachment contra Bolsonaro.