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Jamaxi

Musculatura 

A possível fusão entre o DEM e o PSL, de olho na posição estratégica dos partidos para as eleições presidenciais de 2022, pode sair do papel ainda nesta semana. No Acre, o óbvio é que a fusão das silglas tenha no deputado federal Alan Rick(DEM) a figura de proa do novo partido, fortificando sua pretensão de disputar um cargo majoritário em 2022, no caso a cadeira do senado federal, fazendo parceria na chapa ancorada pelo governador Gladson Cameli (PP), que buscará a reeleição.     

Tratativas 

De acordo com a jornalista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO, as tratativas para a união estão avançadas e a presidência do partido deverá ficar com o PSL, que possui atualmente 53 deputados e um senador. Com 28 deputados federais e cinco senadores, a fusão permitirá ao DEM dobrar o tamanho na Casa e ultrapassar o PT como maior bancada do Congresso.

Deslocamento do eixo 

A expectativa da fusão passa também pelo maior recurso financeiro que seria alocado para o novo partido, o que possibilitaria a tentativa de alavancar uma 3ª via fora da polarização Lula/Bolsonaro. Na vontade do DEM, esse nome seria o do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), que ainda figura como primeiro quadro do partido. Outros nomes como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também foram cogitados.

Perspectiva 

A tendência é que o assunto seja debatido e que se chegue a um consenso durante a Executiva nacional do partido, marcada para ocorrer na próxima semana. “As conversas políticas existem, mas distante de ser algo que possamos cravar que vai acontecer. É uma ideia que se fortalece. Devemos conversar na Executiva após o feriado. O DEM é um partido que discute muito internamente, e essa é uma conversa que precisa ser referendada”, afirmou Mandetta. 

O deputado federal Elmar Nascimento, ex-DEM e atual presidente do PSL na Bahia, também defendeu o movimento.

Discussão futura 

O nome que será adotado na fusão e o número que será usado nas urnas ainda não estão definidos. O desejo do PSL é que Bivar seja conduzido à presidência do novo partido enquanto conta com um quadro forte como o presidente do DEM, ACM Neto, como vice.

Signatários 

Ex-presidentes, parlamentares e autoridades de 27 países, incluindo o Brasil, assinam carta divulgada nesta segunda-feira (6/9) que coloca em alerta as manifestações pró-Bolsonaro marcadas para este 7 de Setembro. Os 165 signatários apontam para possível insurreição que “colocará em perigo a democracia no Brasil”. Assinam o manifesto, dentre outros, os ex-presidentes Ernesto Samper, da Colômbia; Fernando Lugo, do Paraguai; Rafael Correa, do Equador; Martín Torrijos, do Panamá; o ex-primeiro ministro da Espanha José Luis Rodriguez Zapatero; entre outros.

Tocando o temor 

“Nós, representantes eleitos e líderes de todo o mundo, soamos o alarme: Em 7 de setembro de 2021, uma possível insurreição colocará em perigo a democracia no Brasil. Neste momento, o Presidente Jair Bolsonaro e seus aliados — incluindo grupos supremacistas brancos, a polícia militar e funcionários públicos em todos os níveis de governo — estão preparando uma marcha nacional contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso em 7 de setembro, aumentando os temores de um golpe de Estado na terceira maior democracia do mundo”, aponta trecho da nota. 

Incentivo 

“Bolsonaro tem intensificado seus ataques às instituições democráticas do Brasil nas últimas semanas. Em 10 de agosto, ele organizou um desfile militar sem precedentes pela capital, Brasília, e seus aliados no Congresso impulsionaram reformas radicais no sistema eleitoral do país, amplamente considerado um dos mais confiáveis do mundo. Bolsonaro e seu governo têm — repetidamente — ameaçado cancelar as eleições presidenciais de 2022 se o Congresso não aprovar essas reformas”, prossegue a nota.

Aprofundando a crise

“Agora, Bolsonaro convoca seus apoiadores para viajar a Brasília em 7 de setembro, num ato de intimidação das instituições democráticas do país. De acordo com uma mensagem compartilhada pelo presidente em 21 de agosto, a marcha está em preparação para um ‘necessário contragolpe’ contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. A mensagem afirmava que a ‘Constituição comunista’ do Brasil havia retirado o poder de Bolsonaro, e acusava o ‘Poder Judiciário, a esquerda e todo um aparato, inclusive internacional, de interesses escusos’ ao conspirar contra ele.

Agitação 

Parlamentares do Brasil advertem que a mobilização de 7 de setembro tem sido moldada pela insurreição na capital dos EUA em 6 de janeiro de 2021, quando o então presidente Donald Trump incitou seus partidários a ‘parar o roubo’ com falsas alegações de fraude eleitoral nas eleições presidenciais de 2020.

Apreensão

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça iminente às instituições democráticas do Brasil — e estaremos vigilantes em defendê-las antes e depois de 7 de setembro. O povo brasileiro tem lutado durante décadas para garantir a democracia contra o domínio militar. Não devemos permitir que Bolsonaro os tire agora”, finaliza a nota. 


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Limpando a área

O ex-presidente Lula obteve na última sexta-feira (3) mais uma vitória na Justiça. O juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 10ª Vara Federal de Brasília, acolheu pedido da defesa do petista para trancar a ação penal na qual Lula era acusado de corrupção por supostamente ter recebido vantagens indevidas para influenciar no aumento de uma linha de crédito da Odebrecht junto ao BNDES para investimentos em Angola.

Caso encerrado 

Em nota, a defesa comunicou que por meio da decisão do juiz, “a ação penal será imediatamente encerrada”. “É a 18ª decisão que obtivemos em favor do ex-presidente Lula para encerrar ações penais e investigações contra ele, diante da inexistência de qualquer prova de culpa e da apresentação de provas de sua inocência”, dizem os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska T. Zanin Martins. “A verdade vai sendo restabelecida pouco a pouco. Nosso obrigado a todos que fizeram parte dessa luta. Vamos reconstruir nosso país!”, publicou o perfil oficial de Lula no Twitter.

Seca

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que a crise hídrica não preocupa apenas em 2021, porque deve perdurar nos próximos anos. O ministro e especialistas concordam que o nível dos reservatórios das hidrelétricas baixará ainda mais até dezembro, quando começa o período úmido, que segue até abril.

Panorâmica

“Evidentemente, nós não estamos preocupados só com 2021. Mas também com 2022, 2023, 2024. Porque os nossos reservatórios estão em níveis baixos e ficarão ainda mais baixos até o fim do ano. As coisas não vão se resolver em dezembro, muito menos em abril de 2022. É lógico que o nosso foco agora é prover a oferta necessária para que a gente passe sem maiores problemas por essa fase até novembro, quando o período úmido começa. Mas nós temos que fazer um trabalho de médio prazo para que possamos ter condições melhores nos anos vindouros”, disse o ministro em entrevista ao jornal O Globo. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que grande parte das represas do Sudeste e do Centro-Oeste chegará ao fim do ano com menos de 10% de água.