Sabe aquela história que começa a ser contada relatando que fulano disse, que eu disse, que ele disse, que você disse....pois é! assim está o caso do apoio do governador Gladson Cameli (PP) a candidatura de Tião Bocalom rumo a prefeitura de Rio Branco.
Chancela
É que na manhã de ontem, quarta-feira, 15, o ex-prefeito de Acrelândia fez postagem no facebook dando conta que no início da manhã o governador Gladson Cameli, em reunião, anunciou seu apoio para sua pré-candidatura a prefeitura da capital acreana.
Discurso
Por seu turno, a presidente do PP, senadora Mailza Gomes, também fez postagem revelando que durante a reunião o governador Gladson Cameli dissera que vai seguir a decisão do partido e apoiar o melhor nome para a disputa em Rio Branco: Tião Bocalom. No dizer da presidente do PP, ele ressaltou que o projeto Progressista é para melhorar a vida dos acreanos, continuou a senadora.
Ele é demais!
“Bocalom é competente e está disposto a contribuir para o desenvolvimento de nossa capital acreana. Ele tem todas as características de um gestor eficiente, já foi reconhecido pelo Sebrae como ‘prefeito empreendedor’ e a Caixa Econômica o homenageou pelas boas práticas implementadas na única cidade planejada do Acre, Acrelândia”, emoldurou Mailza Gomes.
Alto lá!
Na contramão da postagem da senadora Mailza Gomes, o site ac24horas fez divulgar informação colhida junto ao governador Gladson Cameli, onde o mandatário nega a procedência da notícia, enfatizando que “Não existe nada definido e que ainda ocorrerá uma reunião com o partido Progressistas para tratativas”.
Conflito de informação
Antes de encontrar Mailza e Bocalom, Gladson havia informado ao site ac24horas que quem quisesse ficar ao seu lado deveria recuar das candidaturas já postas, o que vem a ser o caso de Bocolom. Ele enfatizou que tem a palavra de partidos e parlamentares que afirmaram que estão com ele visando a elaboração de um projeto para Rio Branco.
Estratégia
“Eu recebi a palavra. A minha idéia é fazer uma grande coalizão com partidos e pedi que o PP reconsiderasse alguns pontos. Falei para todos que nesse momento de articulação, o ideal é recuar para fazermos um projeto coletivo”, disse o governador, reforçando que trabalha o nome da prefeita Socorro Neri encabeçando esse projeto.
Entendimento
Ainda segundo o site, sobre o senador Sérgio Petecão (PSD) ser um dos principais influenciadores da pré-candidatura de Bocalom, Cameli afirmou que chamará o parlamentar para conversar e falar de seus planos. “Em breve teremos pesquisas para embasar meus planos, acredito que o senador estará comigo também. Petecão é meu amigo”, disse.
A foto e o fato
No final da tarde de ontem, em entrevista exclusiva ao site ContilNet, Gladson fez manifestação dura para colocar um ponto final no “disse me disse” criado após a publicação na conta do facebook de Bocolom, onde, na legenda, Bocalom escreveu: “Obrigado Gladson Cameli e à direção dos Progressistas, na pessoa da nossa presidente Mailza Gomes, pela oportunidade de poder disputar a prefeitura de nossa capital com vossas bênçãos! Darei tudo de mim! Continuarei como soldado no front de batalha! A vitória virá com a confiança de nosso querido povo de Riobranquense e as bênçãos de nosso querido Deus”.
Espécie
A imagem e o texto postados por Bocalom e reforçados por outros membros do partido, repercutiu na imprensa local, mesmo sem a manifestação oficial do governador. A atitude desagradou o chefe do Executivo. “Se eu fosse tomar uma decisão dessa [desistir do apoio à Socorro Neri] e publicar dessa forma [por terceiros], seria molecagem”, afirmou.
Prego batido, ponta virada
Na entrevista ao site Contilnet o governador desmentiu o próprio colega de legenda ao reforçar que apoiará Socorro Neri e não abre mão da decisão. “Ela continua sendo a minha pré-candidata à prefeitura da capital. E só vai deixar de ser se afirmar que não quer mais o meu apoio”, esclareceu.
A fórceps
“Como é que eu vou sentar com uma pessoa e depois sai nos jornais que eu já estou fechando apoio? Aí fica essa situação. Reuni com a direção do partido um dia antes [da foto] para depois dar satisfação à Socorro e ao Ney Amorim sobre o que o partido decidiria. Satisfação partidária, não pessoal. Não posso aceitar candidatura empurrada goela abaixo”.
Sinais
A prova de que o apoio do governador à pré-candidatura da Socorro Neri é pra valer está na articulação política que Cameli deu início com os partidos da base aliada para levá-los a seguir sua posição na disputa. O Republicanos, Democratas e Solidariedade, dos deputados federais Manuel Marcos, Alan Rick e Vanda Milani, respectivamente, já sentaram com o chefe do Executivo e teriam sinalizado que irão acompanhá-lo. Nesta semana, o Solidariedade retirou a pré-candidatura de Luziel Carvalho, alegando, no entanto, outro motivo.
Catequese
“Estou procurando os partidos que me ajudaram a ser eleito governador e fazendo aquele trabalho político que ainda não tinha feito: chamando e ouvindo. Manuel Marcos está comigo. Alan Rick, da mesma forma”.
Esforço final
Gladson revela, ainda, que não desistiu de levar o Progressistas ao palanque de Neri. “Estou tentando puxar o partido e sua executiva. Torcendo e lutando para que a legenda saia em união, decidida entre todos, para que a gente possa caminha junto nessas eleições”.
Quadro desolador
A perda de ocupação entre os trabalhadores informais em meio à pandemia é mais que o dobro daquela registrada entre empregados formais, aponta estudo do Ibre-FGV, divulgado em primeira-mão ao jornal Folha de São Paulo nesta quinta feira.
Recrudescimento
Com nível recorde de pessoas fora do mercado de trabalho, devido ao isolamento social e também à garantia de uma renda mínima pelo auxílio emergencial, a volta desses trabalhadores à busca por ocupação deve pressionar a taxa de desemprego nos próximos meses.
Fundo do poço
A taxa de desocupação estava em 12,9% no trimestre encerrado em maio, segundo o IBGE, acima dos 11,6% registrados até fevereiro, antes do início das medidas de distanciamento social adotadas para conter o avanço da covid-19.
Obituário
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que 1,3 milhão de empresas brasileiras estavam com atividades encerradas temporária ou definitivamente na primeira quinzena de junho. Dentre elas, 716 mil não abrirão mais as portas.
Fonte
Os dados fazem parte da primeira edição da pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas empresas, lançada pelo instituto na semana passada. A pesquisa detectou também que um terço das empresas brasileiras demitiu e só 13% tiveram acesso ao auxílio federal para pagar empregados.
O ‘X’ da questão
Entre as empresas que encerraram as atividades, mesmo que temporariamente, 40% delas disseram ter tomado a decisão por causa da pandemia do novo coronavírus. O número surpreendeu e mostra que os empreendedores já vinham enfrentando dificuldades com o quadro econômico antes da pandemia.