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Mãos às obras

Mãos às obras

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), aproveitando a chegada do verão, acelera a máquina municipal para realização de obras no centro, em bairros e ramais da cidade. Ontem, sexta-feira, 16, o prefeito fez vistorias nas obras do Programa ‘Ramais da Dignidade’, em polos produtivos da capital.

Meta

A iniciativa pretende recuperar 1500 quilômetros em ramificações de rodovias que acessam as propriedades dos produtores rurais, beneficiando diversas famílias, além de melhorar a qualidade da produção agrícola na capital.

Planejamento

Bocalom externa que os trabalhos estão sendo realizados com os melhores profissionais e materiais de primeira qualidade, garantindo a trafegabilidade nos pontos que apresentam estrangulamento e também informa que, conforme o planejamento, as obras estão em execução desde o início de maio.

Limpeza

Em outra ponta, a prefeitura intensificou os trabalhos nos bairros. Além das equipes em praças, áreas verdes, córregos e drenagem, parques e vias estruturantes, a poder municipal está realiza três grandes mutirões de limpezas. São 60 equipamentos e 200 profissionais trabalhando com roçagem, capina, e retiradas de entulhos para deixar a cidade organizada e limpa.

Reconstrução

Em ação complementar as atividades de limpeza, as obras de recuperação das vias da capital, por meio do programa ‘Recupera Rio Branco’, já estão a todo vapor. São 25 frentes de serviços espalhadas pelos bairros atingidos pela última enchente na capital acreana. Na rua São Raimundo, no bairro da Cadeia Velha, o serviço está sendo de demolição manual do asfalto e remoção do material comprometido.

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Demandas

O governador Gladson Cameli apresentou ontem (16) ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, em reunião por videoconferência, a lista das principais prioridades do Acre para receber investimentos do governo federal na área de infraestrutura.

Interligação rodoviária

Mais uma vez, o governador definiu as prioridades e solicitou a manutenção e reconstrução das BR’s 364 e 317. As duas rodovias federais são responsáveis por interligarem a maioria dos municípios do estado com as demais regiões do país. “Precisamos dessas rodovias em boas condições de trafegabilidade o ano inteiro. Além de ajudar a salvar vidas, essas estradas são fundamentais para o desenvolvimento social e econômico do Acre”, pontuou Gladson.

Obras na fronteira

Gladson Cameli solicitou ainda recursos para a continuidade da última etapa das obras do anel viário de Brasileia e Epitaciolândia. A estrutura da ponte sobre o rio Acre em Brasileia está pronta, faltando as cabeceiras, guarda corpo e iluminação. Também solicitou recursos para construção de uma nova ponte em Rodrigues Alves, no Vale do Juruá.

Concectividade

Cameli também pleiteou a implantação de uma infovia, com rede de internet de alta velocidade, passando por todas as regiões do estado, construção de casas populares, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, destinação de recursos para a nova maternidade de Rio Branco e o monitoramento eletrônico da região de fronteira completam a relação de prioridades.

Merci

Ao final, Gladson agradeceu a parceria com o governo federal. “Gostaria de agradecer ao presidente Lula e toda sua equipe de ministros por toda atenção e apoio que vem dando ao nosso estado. Como defensor da união entre as instituições, sou testemunha do quanto o governo federal tem ajudado a população acreana”, enfatizou Cameli.

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Zorra total

Na última sexta-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), quebrou o sigilo dos documentos de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) - a quem a imprensa nacional enxerga extrema semelhança com o personagem Patrick, do programa humorístico ‘Zorra Total’, aquele do bordão ‘olha a faca’ - nos quais projetavam um estado de sítio “jogando dentro das quatro linhas”, frase exaustivamente dita pelo ex-presidente Bolsonaro.

Ipsis literis

“Afinal, diante de todo o exposto e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o Estado de Sítio e, como ato contínuo, decreto Operação de Garantia da Lei e da Ordem”, diz o texto encontrado no celular de Cid.

Banco de dados

Segundo o relatório da PF (Polícia Federal), o documento com a declaração do estado de sítio foi enviado no dia 28 de novembro de 2022 para um telefone salvo na agenda do ex-ajudante como “Major Cid – AJO Pr”, o que aparentemente servia como backup das imagens.

Álibi

Em outro trecho do documento fala em “ativismo judicial”, e entre os tópicos cita Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), empossado em 2022. “As normas legítimas autorizando a atuação de juízes suspeitos (nestas eleições, o Ministro Alexandre de Moraes nunca poderia ter presidido o TSE, uma vez que ele e Geraldo Alckimin possuem vínculos de longa data, como todos sabem)”, diz o documento encontrado no celular de Mauro Cid.

Pretextos

Em outro, o texto fala que o TSE não apurou uma denúncia relativa à falta de inserções de propaganda eleitoral. Vale lembrar que o então ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou em 24 de outubro, pouco antes do segundo turno, marcado para o dia 30, que rádios não divulgaram 154 mil inserções de propaganda eleitoral da campanha de Bolsonaro.

Estratégia

O compilado golpista encontrado no telefone celular do tenente-coronel Mauro Cid, previa em um de seus trechos que ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fossem destituídos, ainda em 2022, para que três outros, na época ocupantes de cadeiras de substitutos, fossem chamados e recebessem a incumbência de convocar novas eleições. As revelações fazem parte de um relatório da Polícia Federal, obtido por VEJA, que reúne o acervo de Cid, homem de confiança do capitão e uma espécie de arquivo vivo do antigo governo.

Cronograma

O passo a passo do golpe incluía oito pontos de interrupção da normalidade democrática, como a nomeação de um interventor e a prerrogativa de este indicado comandar as Forças Armadas e polícias, a abertura de inquéritos contra ministros do Supremo, o afastamento de magistrados, inclusive da Justiça Eleitoral, que supostamente estivessem usurpando suas funções e intervindo em outros poderes.

Desenho

No caso do TSE, o planejamento golpista previa que, afastados ministros da Corte “responsáveis pela prática de atos com violação da prerrogativa de outros poderes”, seriam convocados três ministros de outros poderes” – Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Dias Toffoli – para assumir às pressas as cadeiras vagas e convocar novas eleições.

Desconhecimento

Os dois primeiros chegaram ao STF por indicação de Bolsonaro. À frente da Presidência do STF na primeira metade do mandato do ex-presidente no Palácio do Planalto, o terceiro, Toffoli, nomeou assessores militares para a Suprema Corte e se apresentou à época como o principal interlocutor da Justiça junto ao Executivo. Não há qualquer referência, no relatório da PF, de que os magistrados tivessem conhecimento ou endossassem o estratagema. Procurados, Kassio, Mendonça e Toffoli não quiseram se manifestar.

Peças se encaixando

A descoberta dos arquivos de Mauro Cid reforça suspeitas de que, ao contrário do que alega o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, a outra minuta golpista, encontrada em uma incursão policial em fevereiro em sua casa, não era um papel isolado, entregue por um autor desconhecido e condenado à lata de lixo. O documento em posse de Torres acabou por se tornar prova crucial para embasar o processo a que o ex-presidente Jair Bolsonaro responde por abuso de poder e que pode deixá-lo inelegível.

Consequências

Diante das novas evidências antidemocráticas no entorno mais restrito do capitão, dificilmente nesse julgamento, agendado para o próximo dia 22, o flerte de Mauro Cid e cia. com o golpismo será deixado de lado.