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Mão no bolso

Mão no bolso

O ex-deputado estadual Ney Amorim, atual presidente do Podemos e candidato ao senado em 2022, além de ter exercido a presidência da Aleac entre 2014 e 2018, recebeu uma condenação do Tribunal de Contas do Acre, agora no início de abril, que o obriga a devolver mais de R$ 5,6 milhões em decorrência de irregularidades na prestação de contas de publicidade durante seu período como presidente do parlamento acreano entre os anos de 2014 a 2018.

A fonte do pecado 

A decisão da Corte de Contas do Acre saiu da lavra da conselheira Naluh Gouveia, quando entendeu que a empresa C. L. Publicidade LTDA – ME, da publicitária Charlene Lima, não comprovou a regular execução dos serviços que ensejaram o pagamento de valores na órbita de R$ 4.627.108,26. A dita quantia faz referência aos custos de divulgação das atividades do poder legislativo durante a presidência de Ney Amorim.

Parada federal 

Resta lembrar que os desvios com a verba de publicidade já são apreciados pela Justiça Federal, que aceitou denúncia formalizada pelo Ministério Público Federal, decorrente das operações “Hefesto” e “Hora Extra”, levadas a cabo pela Polícia Federal.  A Justiça Federal acatou denúncia contra o ex-presidente Ney e mais nove pessoas acusadas de participarem do esquema de lavagem de dinheiro por meio de fraude em licitação. A decisão do juiz Herley da Luz Brasil, da 2ª Vara Federal Cível e Criminal, foi publicada em outubro do ano passado.   

Passeio no Código Penal 

Na esfera do judiciário federal o grupo foi denunciado pelos crimes de peculato, fraude em licitações, financiamento ou integração de organização criminosa. A denúncia do MPF aponta Ney Amorim como principal beneficiário do suposto esquema. 

Crime e castigo 

Voltando a corte de contas do Acre – TCE -  no processo que julga as contas de Ney Amorim, Naluh também determinou o ressarcimento das despesas realizadas junto as firmas Inácio Turismo LTDA e M. W. Amazônia Serviços LTDA, vez que estas também não comprovaram a destinação pública da despesa na prestação de serviços de hospedagem e alimentação, totalizando R$ 982.906,56. Com o resultado da decisão, Amorim terá que comprovar o recolhimento da multa aos cofres públicos e devolver o valor total de R$ 5.610.010,82, além de responder penalmente aos crimes apontados pela Justiça Federal.

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Juntos e misturados 

As especulações envolvendo uma candidatura do ex-prefeito de Rio Branco Marcos Alexandre ao paço municipal, disputado por vários partidos depois que largou o PT, o que poderia propiciar o ajuntamento de vários partidos, num palanque englobando partidos do espectro da esquerda tradicional e da centro direita, ganharam mais força no dia de ontem.

Um pingo é letra 

Tudo por conta de foto que circula nas redes sociais, onde o ex-prefeito, o deputado comunista Edvaldo Magalhães e o senador Sergio Petecão pontuam, ao mesmo tempo, no bairro da Base, hipotecando solidariedade aa comerciante Zé do Branco, que teve sinistro em seu estabelecimento comercial – o Bar do Zé do Branco - vítima do desbarrancamento após a vazante do rio Acre. Divulgada a foto, foi o bastante para as elucubrações ganharem as redes sociais e a união dos diferentes ser dada como pacífica. Como se diz no popular, no Acre se vive política 24 horas. 2024 já começou! 

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Demandas 

Três ex-babás dos filhos do casal de advogados Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Zanin Martins ingressaram na Justiça de SP com acusações de danos morais e condições de trabalho abusivas. As duas primeiras ações são de 2017. A última, do mês passado.‘Indicado de Lula’

Nas peças de 2017, há menção ao fato de Zanin ser advogado de Lula. Na do mês passado, o advogado é tratado na ação como indicado do presidente à vaga aberta no STF. A decisão de Lula ainda não foi anunciada, embora Zanin seja o favorito.

Sob sigilo

Nas peças, em linhas gerais, os advogados relatam que as trabalhadoras eram ofendidas por Valeska e tratadas de forma humilhante por ela. Os processos correram em sigilo. O jornal  Folha de São Paulo apurou que já houve pagamento de indenização no caso de 2017.

Alegações 

Procurados pelo jornal paulista, o casal se manifestou por meio de uma declaração de Valeska enviada por sua assessoria de imprensa: “São alegações fabricadas que pretendem confundir o zelo de uma mãe com interesses financeiros e que, ao mesmo tempo, procuram desgastar a reputação do meu marido”.

Cotação 

Zanin é cotado no meio jurídico como o nome a ser escolhido pelo presidente Lula (PT) para ocupar a vaga do ministro Ricardo Lewandowski, que deixou oficialmente o Supremo Tribunal Federal (STF) a partir da última terça-feira (11). Em 11 de maio, ele completará 75 anos, idade limite para permanência na Corte. 

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Fake news

Revela o jornal O Estado de São Paulo que a estratégia de convocação em massa de ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva para audiências em comissões da Câmara dos Deputados serviu para propagar desinformação e esvaziar o debate público nas redes sociais. 

Estatística 

Levantamento feito pela publicação paulista mostra que grupos bolsonaristas conseguiram maior engajamento na pauta do que a esquerda, em grande medida, por meio de fake news recicladas e especulações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

Números 

Dados de um levantamento da empresa de análise de dados Codecs, realizado a pedido do Estadão, apontam que 52% das menções diretas nas redes sociais a respeito das audiências foram contrárias aos ministros. Só 26% da amostra favoreceram os auxiliares de Lula e os outros 22% dos posts foram classificados como neutros.

Audiência 

Em número de reações, os grupos bolsonaristas conseguiram quatro vezes mais relevância do que apoiadores do governo. No YouTube, os lulistas surpreendem com 65% de menções positivas, mas os conteúdos somam menos visualizações do que os dos opositores. A análise envolve uma amostra de 1.878 posts de Twitter, Facebook, Instagram e YouTube publicados entre os dias 15 de março e 13 de abril.

Mais desinformação 

Na lista de mensagens com maior engajamento nas redes sociais aparece uma série de conteúdos enganosos. O ministro da Justiça, Flávio Dino, por exemplo, teve dois requerimentos aprovados para “prestar esclarecimentos”, entre outros assuntos, sobre sua visita ao Complexo da Maré, no Rio.

Invencionice 

Influenciadores bolsonaristas insinuaram que o ministro teria comparecido à favela sem escolta policial, o que não é verdade, e que o encontro teria tido aval da facção criminosa Comando Vermelho. Presentes na reunião da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, em 28 de março, deputados como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Rodrigo Valadares (União Brasil-SE) usaram da fake news para espalhar suspeitas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.