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Jamaxi

Mão estendida

Ontem (19) o governador Gladson Cameli entregou os primeiros cartões do programa Auxílio do Bem. A dona de casa Alice de Souza Almeida, do Bujari, foi a primeira cidadã a receber o cartão, com o crédito antecipado de R$ 300,00. A ajuda financeira chega em boa hora e é um alento para milhares de famílias acreanas afetadas pela pandemia do coronavírus. Cada contemplado pelo auxílio receberá 3 parcelas de R$ 115,00, totalizando um reforço de R$ 345,00 ao final do programa. 

Inovação

Diferente de outros programas de transferência de renda, com o ‘Auxílio do Bem’ não é necessário fazer o saque do dinheiro em uma agência bancária. Basta ir ao local credenciado e fazer a aquisição dos itens de primeira necessidade. Em cada município, pelos menos três estabelecimentos foram devidamente cadastrados para recebimento do cartão.

Beligerância 

A troca de farpas entre o governador Gladson Cameli (PP) e o vice-governador Wherles Rocha continua a todo vapor. No final de semana, em conversa com um jornalista da taba, Rocha deixou registrado que nas oportunidades em que assumir interinamente o governo irá usar a ‘caneta vermelha’ para exonerar da estrutura do governo comissionados com grau de parentesco com Gladson. Em resposta, o governador foi sucinto: “Ele poderá pegar a caneta dele e exonerar no dia que for eleito governador”, rebateu Cameli.

Apedeuta 

Rocha treplicou imputando a Gladson desconhecimento da Constituição Estadual: “Ao afirmar que eu deveria ser eleito governador para exonerar os familiares dele, os petistas e os comunistas que estão no governo, cheguei a conclusão de que o chefe do executivo não leu, ou pior, se leu não teve a capacidade de entender a Lei Maior do nosso Acre”.

A regra é clara 

Além do achincalhe descrito na nota anterior, Rocha aduz que as nomeações de pessoas com laços de parentesco afrontam a lei: “Temos, de maneira clara, princípios administrativos feridos com essas nomeações governamentais, princípios sobrepujados pelos laços familiares, laços estes que estão abocanhando inúmeros contratos com diversas secretárias do governo. Não posso me calar diante disso. Vou continuar denunciando”, cravou.

Sob nova direção 

A Fundação Garibaldi Brasil – órgão de fomento a cultura de Rio Branco - tem um novo presidente. Trata-se do militante do PSD Pedro Henrique Lima e Silva, sobrinho da vice-prefeita Marfisa Galvão (PSD), que até então acumulava o cargo de vice, a presidência da instituição e a Secretaria de Ação Social. 

Desafio 

A nomeação do novo secretário, além do grau de parentesco com a vice, é questionada por Pedro Henrique não ter experiência na área e pelo fato da  pasta da cultura vivenciar um momento extremamente difícil, vez que a pandemia paralisou praticamente todas as atividades culturais na cidade.   


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Vai que cola 

O governo federal tenta mudar seu discurso ambiental às vésperas da Cúpula do Clima convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O objetivo é tentar agradar autoridades internacionais e atraí-las a ajudar o Brasil na preservação do meio ambiente.

Correndo atrás 

Sobre essa nova postura, o jornalista Sidney Rezende, da rede de televisão CNN, tem opinião cáustica: ““No discurso da próxima quinta-feira (22) [na Cúpula do Clima], não bastará o presidente dizer que tem novas metas porque isso não vai colar porque a realidade mostra o sentido oposto do que estão tentando vender”. 

Desconstrução

“Estamos desmontando tudo de positivo que tínhamos em relação ao meio ambiente com Ricardo Salles, não há dúvidas, e todo mundo lá fora sabe disso. O governo vem atuando no meio ambiente de maneira acelerada para passar a boiada, defendendo quem desmata. Fazem isso há algum tempo.”

O passado que condena 

E avança Rezende: “Salles fez isso em sequência: exonerou o diretor do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade “ICMBio), depois teve a polêmica de dados com o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que acabou sendo exonerado, depois Bolsonaro culpou ONGs pelas queimadas. Por fim, no final do ano o presidente acusou o ator Leonardo DiCaprio como responsável pelas queimadas.”

Causa explícita 

“O governo brasileiro vem sistematicamente atuando nessa área de meio ambiente defendendo madeireiros, grileiros e garimpeiros e ainda abriu mão de recursos vindo de países europeus. Estão mudando o discurso para ficar bem na foto na quinta-feira (22), mas não vai colar.”

Princípios

Em entrevista à Rede de Televisão CNN, o senador Omar Aziz (PSD-AM), candidato a presidir a CPI da Covid, afirmou que o objetivo da Comissão não é se vingar de ninguém, mas fazer justiça para as mais de 380 mil vítimas da pandemia do novo coronavírus.

Compromisso 

“Vamos saber o que erramos para que não tenha mais óbitos no Brasil. Vamos saber o que nós todos deixamos de fazer para que a gente possa tentar evitar o maior número de óbitos”, afirmou Aziz.

Alvo 

Aziz ainda disse ainda que não vai investigar pessoas, mas sim fatos. “E procurarei, como presidente, levar esses fatos à sociedade. A conclusão final, do relatório, não será de um relator, mas aprovado pela maioria que compõe a CPI da Covid”, completou.

Depoimentos 

O senador amazonense disse que pretende ouvir todos que ocuparam o cargo de ministro da Saúde durante a pandemia, começando por Luiz Henrique Mandetta – primeiro a ocupar a pasta no governo Bolsonaro.

Questão decidida 

O parlamentar afirmou ainda que manterá o compromisso de indicar Renan Calheiros (MDB-AL) para a relatoria da CPI, caso seja eleito presidente da comissão. Na segunda-feira (19), o ex-ministro do Turismo e atual deputado federal, Marcelo Álvaro Antonio (PSL-MG), pediu a suspeição de Renan por ele ser pai de um governador, objeto de investigação.

Leque 

O senador destacou que a CPI tem poder para convocar qualquer pessoa no Brasil e que, portanto, pode ouvir prefeitos e governadores em casos correlatos com as investigações. “A CPI tem poder para convocar qualquer pessoa no Brasil. Convocar ou convidar. Só não o presidente da República, a Constituição não permite. Mas ela pode convocar ministros, secretários, governadores, prefeitos, caso haja fatos correlatos”, afirmou.

Pratos limpos 

“Não há porque a gente não investigar. As pessoas não tem que temer a investigação. As pessoas tem que temer se fizeram alguma coisa errada com os recursos para a Covid, ou alguma prática não republicana”, completou.