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Jamaxi

Manifestação 

O ex-senador Jorge Viana (PT) fez publicar ontem, quarta-feira, 28, nas redes sociais um vídeo onde fala do convite feito pelo PT para coordenar o processo de discussões da sigla para as eleições de 2022 e também lançou uma carta aos concidadãos acreanos com o título “O Acre com força e futuro”, onde fala da atual situação do Acre e do Brasil, dentre outras reflexões.

Missão

No texto, o petista afirma que aceitou a incumbência delegada pelo Partido dos Trabalhadores para que ele lidere as mediações políticas com outros partidos e segmentos sociais. A divulgação da carta ocorreu após o jornalista Luis Carlos Moreira Jorge, do “Blog do Crica”, informar que o PT lançou convite, via direção estadual do partido, para que ele volte a disputar o governo em 2022.

Fala que eu te escuto 

Ainda sobre a interlocução com atores políticos e sociais, Viana foi sucinto: “Aceitei esse desafio com humildade, depois de ouvir e receber a solidariedade para a tarefa dos ex-governadores Tião e Binho, dos ex-prefeitos Angelim e Marcus Alexandre, de prefeitos, parlamentares, muitas amigas e muitos amigos – partidários e apartidários. Com fé em Deus, vamos ter novamente o Acre com força e futuro. Precisamos ter inteligência para explorar e renovar o legado extraordinário das nossas populações tradicionais. Quero ampliar o diálogo com todos, lideranças políticas, trabalhadores e empresários, ouvir as mulheres, saber o que diz a juventude, e também os idosos e os que perderam sua renda”.

Tempo ao tempo 

E ainda: “Não precipito candidaturas, não ambiciono esse ou aquele cargo, estou agindo pela união de todos que querem o melhor para o Acre e o Brasil. Enquanto os mandatários de agora brigam e mergulham no atraso, vamos nos preparar para as eleições de 2022 com um movimento pelo Acre do Século 21”, afirmou. 


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Tão Acre

Sorria, motorista rio-branquense! Seus problemas acabaram!  A prefeitura de Rio Branco, por meio da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans), ontem lançou nas redes sociais uma cartilha contendo dicas para os condutores trafegarem e, soprando cuidados, instruindo os motoristas a escaparem das crateras que pululam nas vias esburacadas do município. Na cartilha, a RBtrans destaca que os buracos nas ruas e estradas são um problema, pois – eureca! - podem danificar peças da suspensão dos automóveis e até pneus.

Genial 

Diante do clamor popular por condições dignas de tráfego ante a incompetência do setor que deveria manter as alamedas trafegáveis, alguém teve a brilhante ideia de pegar um atalho: ao invés de tapar os buracos, melhor ensinar os condutores a desvia-los. Seria algo como lançar uma campanha concitando os cidadãos a não ingerirem alimentos para economizar no gasto com o papel higiênico, evitando, por óbvio, visitas às latrinas. Revolucionário! Prefeito, manda a turma para as ruas tapar os buracos ao invés de elucubrarem nos gabinetes produzindo esse tipo de marmota. Assim, vão transformar sua administração em galhofa. 

Mediação 

O deputado federal Alan Rick (DEM), juntamente com o senador Marcos Rogério (DEM/RO), reuniram-se na tarde de ontem, quarta-feira, 28, com o ministro da Justiça, Anderson Torres e o Secretário Nacional de Assuntos Fundiários Nabhan Garcia. Na pauta, os conflitos agrários que acontecem nos limites do Acre, Rondônia e Amazonas. 

Adjunto 

Também participaram da reunião o senador Sérgio Petecão (PSD/AC); o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Sérgio Souza (MDB/PR); deputados Mariana Carvalho, Lúcio Mosquini e Expedito Netto, de Rondônia; os produtores rurais Ricardo Leite, da fazenda Santa Carmém, invadida por milicianos; Sidney Zamora e Sidney Zamora Filho, da fazenda Palotina, ocupada a quatro anos, em Boca do Acre (AM); Fábio e Joaquim Medeiros da fazenda Filipinas, em Xapuri; Toninho Afonso da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, de Chupinguaia (RO), e representantes do Ministério da Justiça.

Pauta 

No encontro, Alan falou sobre a recente invasão da fazenda Santa Cármen, da família Leite, em Porto Velho (RO), ocorrido no dia 21 de abril, onde 40 homens fortemente armados açoitaram trabalhadores, destruíram casas, currais, atearam fogo em maquinários, destruíram edificações e desmataram uma área de reserva legal da localidade. “São milicianos travestidos de militantes de movimentos sociais, que invadem propriedades produtivas, ameaçando pessoas que trabalham honestamente. Desde 2018 venho denunciando esses conflitos”, disse.

Solução

Alan solicitou a instalação de uma base de apoio na ponta do Abunã a fim de evitar que novas invasões de terras ocorram naquela localidade e entregou em mãos ao ministro um relatório com informações importantes para a efetiva atuação do ministério nesses casos.

Milícia 

Senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 dizem ser alvo de uma campanha orquestrada de ataques virtuais que tem como origem milícias digitais ligadas ao bolsonarismo. As mensagens incluem desde a disseminação de fake news, como a publicação de declarações descontextualizadas, até ameaças veladas. Em outra frente, parlamentares passaram a receber “dossiês” apócrifos contra adversários políticos do presidente em seus gabinetes.

Guerra digital 

Nas primeiras 24 horas após a abertura da comissão, anteontem, posts no Facebook com o termo “CPI da Covid” alcançaram mais de 3 milhões de interações (curtidas, comentários e compartilhamentos). Um monitoramento via Crowdtangle indicou que os mais populares partiram de bolsonaristas investigados por compartilhamento de fake news, como a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que iniciou uma cruzada nas redes e na Justiça para barrar a participação de Renan Calheiros (MDB-AL) na comissão. Crítico do governo Bolsonaro, o senador foi designado relator da CPI.

Agente nada oculto 

Por trás de algumas das publicações relacionadas à CPI também estão nomes ligados ao chamado “gabinete do ódio” do Palácio do Planalto. Revelado pelo jornal O Estado de São Paulo em setembro de 2019, o núcleo costuma dar as diretrizes da atuação digital de bolsonaristas e é influenciado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). 

Trincheira 

O assessor especial da Presidência Tercio Arnaud Tomaz é um dos nomes do grupo. Tércio usou o Twitter para se referir ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta como “genocida”, uma vez que, em várias ocasiões, ele recomendou que pessoas com sintomas leves ficassem em casa, seguindo o que diziam autoridades sanitárias no início da pandemia. A postagem do assessor de Bolsonaro teve mais de 10 mil compartilhamentos.

Brigada

Em sua primeira reunião de trabalho, marcada para hoje, a CPI deve analisar um requerimento do senador Humberto Costa (PT-PE) que pede a convocação de três integrantes do “gabinete do ódio”. Além de Tércio, o pedido inclui José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz – todos assessores da Presidência da República – e é fundamentado por informações de que eles são operadores informais das redes bolsonaristas. O requerimento entra no escopo da investigação sobre a atuação da comunicação do governo, suspeita de desinformar e agir contra as medidas em favor da contenção da pandemia.

Alvos 

Um dos alvos preferenciais dos integrantes do “gabinete do ódio” é o ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta. Além dos ataques virtuais, Mandetta também passou a ser alvo de “dossiês” apócrifos entregues nesta semana nos gabinetes do Congresso. O jornal Estadão apurou que ao menos três parlamentares receberam envelopes com dados sobre a gestão do ex-ministro e possíveis irregularidades envolvendo contratações da pasta. Os três pediram para não ter os nomes revelados. 

Fio da meada

Embora evitem apontar os autores, senadores que tiveram acesso ao conteúdo afirmaram que apenas pessoas com acesso a informações internas do governo poderiam produzi-los. Mandetta deixou o governo em abril do ano passado por desavenças com Bolsonaro e será o primeiro a ser ouvido pela CPI, na terça-feira. Procurado pelo Estadão, ele não quis se manifestar.

O ninho da serpente 

Chefiada pelo general Luiz Eduardo Ramos, a Casa Civil tem coletado informações em várias áreas, sob o argumento de que se trata de uma estratégia para defender o governo na CPI da Covid. A Secretaria de Governo, comandada por Flávia Arruda, também ajuda senadores aliados na comissão com dados e orientações sobre quem convocar.