No início da semana, numa ação que visou atingir o governo federal do presidente Luiz Inácio Lula da silva (PT), indispondo a gestão com o conjunto da população, o Congresso Nacional – Câmara e Senado – derrubou veto do presidente em projeto que pode elevará a conta de luz para a população, incluído aí, indústria e empresas de serviços.
Objeto
O veto presidencial excluía itens da legislação que regulamenta a instalação de equipamentos para energia eólica em alto-mar e pode, segundo analistas, encarecer em até 3,5% a conta de luz no Brasil até 2050.
Exceção
Dos 11 parlamentares federais do Acre, apenas o deputado Zé Adriano, do Progressistas, votou pela manutenção do veto. Zezinho Barbary, do mesmo partido, e Coronel Ulysses, do União Brasil, não aparecem entre os votantes.
Posição
Todos os demais parlamentares federais optaram por derrubar o veto do governo. No senado, votaram pelo derrubada do veto os senadores: Alan Rick, Márcio Bittar (União Brasil) e Petecão (PSD), Na Câmara, os deputados federais Antônia Lúcia, Roberto Duarte (Republicanos), Eduardo Velloso, Meire Serafim (União Brasil) e Socorro Neri (Progressistas). Coronel Ulysses (UB) e Zezinho Barbary (PP) não participaram da votação.
Conta
De acordo com a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace), o impacto dos vetos derrubados será de R$ 197 bilhões nos próximos 25 anos.
Cerne
Os parlamentares derrubaram a possibilidade de contratação compulsória de pequenas centrais hidrelétricas; a extensão dos contratos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa); e pontos sobre a construção de planta de hidrogênio e contratação compulsória de energia eólica na Região Sul.
Me chama que eu vou
O jornalista Luiz Carlos Moreira Jorge, do Blog do Crica, revela diálogo mantido com o prefeito da capital, Tião Bocalom (PL), onde o gestor revela que aceitaria de bom grado largar a prefeitura para concorrer ao governo do estado no ano vindouro em caso de convocação oriunda dos partidos que deram sustentação ao seu projeto de reeleição no ano passado.
Foco
Relata o escriba que Bocalom “conversaria antes com seus aliados, e com o vice-prefeito Alysson Bestene, mas ressaltou que aceitará se o convite for feito”. E ainda: “Bocalom fez questão de deixar claro ao BLOG, que este ano o seu foco principal é o de concluir cinquenta e sete obras em andamento. ‘Discutir a eleição é coisa para o próximo ano’”, destacou.
Em family
A retirada do sigilo do inquérito da investigação sobre a “Abin Paralela” pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nessa quarta-feira (18/6), revelou detalhes sobre o suposto uso clandestino da estrutura pública para a proteção de filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A derrubada do sigilo foi argumentada por Moraes como algo necessário para evitar a circulação de informações inadequadas sobre as apurações, uma vez que houve vazamentos pontuais.
Arapongagem
A “Abin Paralela” é descrita na investigação como uma organização que teria feito uso da estrutura institucional da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para proteção de aliados e perseguição a opositores da família Bolsonaro. O serviço de espionagem clandestina foi realizado por meio do software de inteligência israelense First Mile, adquirido ainda durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).
Desvirtuamento
As apurações da Polícia Federal (PF) revelam exemplos de supostas ações da “Abin Paralela” em favor de Jair Renan, Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro, três dos filhos do ex-presidente. As medidas apontadas pelos investigadores incluem ações para atrapalhar o trabalho da PF sobre a perseguição de servidores da Receita Federal. O inquérito resultou no indiciamento de 34 pessoas.
Beneficiário
Embora o ex-presidente Bolsonaro não seja um dos indiciados, ele é apontado na investigação como “principal destinatário” de “ações clandestinas” e da “instrumentalização” da “Abin Paralela”. “Os eventos destacados ao longo da investigação ainda demonstram que as ações eram realizadas para obtenção de vantagens precipuamente do núcleo político. As ações clandestinas, portanto, tinham seus produtos delituosos destinados ao interesse deste núcleo com ataques direcionados a adversários e ao sistema eleitoral, dentre outros”, destaca a corporação.
Protagonismo
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), um dos 34 indiciados pela PF, aparece com destaque no inquérito. Ele é apontado como destino principal e “beneficiário direto” das informações coletadas de forma ilegal. Essas informações, conforme o relatório, incluíam dados sobre investigações em curso que pudessem atingir o núcleo político ou familiar. “Tanto que sua assessora Luciana de Almeida solicitou para Ramagem ajuda em inquéritos ‘Envolvendo PR e 3 filhos’”, afirma a investigação.
Paternidade
Ao vereador do Rio, também é creditada a idealização da estrutura clandestina que seria formada por um delegado e três agentes. Carlos, segundo a PF, é uma das figuras centrais da suposta organização criminosa. Ele seria o articulador da desiniformação contra o sistema eleitoral, uma das bandeiras de Jair Bolsonaro, que afirmava, sem provas, ser possível fraudar a apuração de votos no Brasil.
Desvirtuamento
O relatório da PF cita como exemplo, ainda, uma suposta interferência da “Abin Paralela” em uma investigação da própria corporação, que apurava a suspeita de que Jair Renan Bolsonaro teria atuado para favorecer “o interesse de empresários” de uma companhia que opera no ramo da construção civil. A organização privada, diz o inquérito, almejava participação em projetos de casas populares no Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
Trapalhada
Os investigadores da PF queriam comprovar o vínculo de Jair Renan com os tais empresários. O filho do ex-presidente teria recebido um veículo elétrico dos executivos “como pagamento pela intermediação de seus interesses em órgãos públicos”. Conforme a PF, a premissa investigativa teve de ser abandonada durante a apuração por causa de uma interferência “desastrosa” da “Abin Paralela”. Policiais cedidos à agência estariam seguindo ordens do então diretor da Abin, hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Juntos e misturados
O ministro dos Transportes, Renan Filho, e das Cidades, Jader Filho, expressaram recentemente que a federação entre o MDB, partido de ambos, e o Republicanos deve ser concluída o mais rapidamente possível.
Elite
Eles defenderam que, diante da recomposição de forças no Congresso, a união das agremiações será importante para evitar que os partidos percam relevância. “O namoro do MDB com o Republicanos vai muito bem. Ou fazemos uma federação e vamos para 100 deputados na Câmara e a maior bancada do Senado, ou vamos para a ‘série B’ da política. E não combina com o MDB ir para a ‘série B’.
Confluência
Renan Filho afirmou que o “centro democrático” é o que atualmente assegura “clareza e decisões acertadas para não permitir que os extremos, de direita ou de esquerda, levem o Brasil para um caminho equivocado”. Já Jader Filho disse que a federação será fundamental para manter a representatividade do MDB no Congresso e nos Estados. Mas lembrou que há diferenças regionais no partido que precisam ser dirimidas para que a iniciativa avance. “Acredito, sim, que existem mais convergências entre os 2 partidos do que divergências”, declarou. Se a federação for concretizada, o MDB e o Republicanos reuniriam 88 deputados e 15 senadores.