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Leitura diferente

Leitura diferente

A terceira fase da operação Ptolomeu continua na ordem do dia envolvendo o debate político do Acre. Ontem, 14, o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição na Aleac, escalou a tribuna para comentar a respeito da ação, deflagrada na última semana pela Polícia Federal, após determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O parlamentar disse que defende a presunção da inocência, porém não há como não concordar com a versão difundida por aliados do governo. Ele afirmou que os indícios apontam para outros desdobramentos.

Ângulo

“É preciso pelo menos ter bom senso. Dizer, como foi dito, que o governador não era alvo da operação, virou piada. Se o governador ficou proibido de falar com quase 100 pessoas, de falar com o pai e com os irmãos, teve bens apreendidos e teve que devolver o passaporte, então ele é protagonista da operação. Quando se apreende um passaporte é como se dissesse: ‘olha, não fuja, não’. Os indícios indicam para outro rumo. Os indícios indicam que o terremoto minimizado por alguns, terá outros desdobramentos”, salientou.

Tempestade 

Para o líder da oposição, as medidas impostas pela operação são apenas uma sinalização do que virá. “A 3ª fase da Operação Ptolomeu por sua extensão, já é prova da larga e profunda corrupção que se enraizou no governo do governador Gladson Cameli. Demorou, mas chegou”, disse.

Direitos constitucionais

O parlamentar disse, ainda, que defende a presunção da inocência, mas que é preciso ter pelo menos bom senso. “Dizer inicialmente que o governador não era alvo daquela operação virou piada. Como que não era alvo se ficou proibido de conversar com o pai e com os irmãos? Como não era alvo se sequestraram o seu patrimônio? Como que o governador não era alvo se ele teve que devolver o seu passaporte? Eu espero de verdade que a justiça libere o quanto antes o acesso a denúncia para que possamos apresentá-la aqui neste plenário. O debate sobre esse tema não deixará de ser feito neste Poder”, acrescentou.

Cautela 

O deputado Adailton Cruz também falou a respeito da 3ª fase da Operação Ptolomeu. “Eu costumo agir com muita prudência e muita responsabilidade. Nem o presidente Lula que foi preso, condenado por dois anos, ainda assim eu não me manifestei sofre a situação dele. E hoje é presidente da República, trabalhando, ajudando o Acre, como é o caso da liberação dos R$ 600 milhões para a nossa BR-364. Nós até que se prove o contrário, acreditamos na presunção da inocência, mas não podemos deixar de acompanhar e vigiar alguns fatos que precisam ser corrigidos. Peço que o governador não deixe que a sua confiança seja traída por alguém que faz parte do corpo do governo, que esteja prejudicando”.

Pratos limpos 

A líder do governo, deputada Michelle Melo (PDT), também comentou a respeito da Operação Ptolomeu. Disse que a Operação está na fase de investigação e que cabe à Polícia e à Justiça fazer isso. Rechaçou condenações antecipadas e políticas. Michelle Melo afirmou que o governador Gladson Cameli (PP) tem aberto as portas do governo e até da família para que as investigações ocorram sem nenhuma obstrução.

Postura correta

Ainda pela leitura da líder do governo na Aleac, Michelle Melo, “Não houve nenhuma denúncia de obstrução à Justiça por parte do governador. Ele pede transparência, pede aos secretários que respondam à Justiça no prazo mais rápido possível. Eu tenho certeza absoluta que todos nós somos a favor da Justiça e dos órgãos de controle”.

Ativos 

Michelle finaliza o raciocínio dizendo que não existe acusação formal da justiça contra Cameli, estando o processo na fase de inquérito:  “Não podemos deixar de lembrar que há mais de um ano de investigação não houve nada que deixasse a ficha dele suja para a eleição de governador. Se não pesa condenação da Justiça. Se não pesa condenação, que não pese condenação de cunho político, de cunho de lacração. Então, são investigações e investigações a gente deixa para a Justiça”, sacramenta. 

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Crime

O Ministério da Saúde perdeu ao menos 38,9 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, avaliadas em cerca de R$ 2 bilhões. Cerca de 2 milhões de unidades foram descartadas e 31 milhões serão queimadas. Outros 5,9 milhões ainda não tiveram um destino definido. Ministro da Saúde no governo Jair Bolsonaro (PL), Marcelo Queiroga afirmou que seus secretários eram os responsáveis pelo controle dos estoques.

Versão

“As vacinas foram adquiridas em função da população brasileira, como sabemos, a adesão às vacinas diminuiu depois do controle sanitário da doença em todo o mundo. Pelo que fui informado, a maior parte das vacinas vencidas são da Fiocruz”, disse Queiroga, conforme relato publicado nesta terça-feira (14) pelo jornal Folha de S.Paulo.

Remember 

Jair Bolsonaro e o ex-ministro foram alguns dos alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, que sugeriu a autoridades indiciamentos deles dois e 79 indiciamentos em 2021. Atual secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel disse que o governo Jair Bolsonaro (PL) não compartilhou dados sobre os estoques com a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a transição de governo.

Bagunça

“A gente pegou um governo com estoque de vacinas vencidas e para vencer, enquanto aquelas que precisávamos não tinham estoque. Não havia nem contrato [encomendando as doses] no caso das vacinas pediátricas e bivalentes”, disse Ethel Maciel. “Se não fosse o negacionismo, essas doses não estariam nos estoques. Se tivesse acontecido um esforço, como estamos fazendo agora, com campanhas educativas, alinhamento com gestores municipais e estaduais, essas vacinas não teriam vencido”, finalizou a secretária. 

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Retomada

Os recursos do Fundo Amazônia que vão garantir a realização de ações emergenciais para comunidades tradicionais da região Amazônica, impactadas pelo desmatamento e o garimpo ilegais, já soma R$ 5,4 bilhões de reservas.

Foco

No primeiro encontro que marcou a reinstalação do Comitê Orientador do Fundo Amazônia, do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, desativado em 2019, definidas as diretrizes dos investimentos. A ministra do meio ambiente, Marina Silva, justificou o foco nessas ações que envolvem questões de saúde, nutricionais e sanitárias da população indígena.

Retrato

O Fundo que já conta com recursos da ordem de R$ 5,4 bilhões, destinará R$ 1,8 bilhão para projetos que já foram contratados e há 14 projetos de Edital de 2018 já qualificados para serem aprovados. De acordo com o presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, além da proteção social dos povos indígenas, também estão entre as prioridades do Fundo, no momento, as operações de comando e controle e estudos para retomada do ordenamento territorial, diretrizes do PPCdam - Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal.