O presidente da FIEAC e deputado federal Zé Adriano (PP) já está em Brasília a dar consecução às diretrizes que nortearão o mandato assumido no último dia 1 de janeiro, com período legislativo a ser inaugurado no sábado, 01 de fevereiro.
Eixos
O foco da ação política do empresário deputado será a implementação de ações legislativas que desemboquem no incremento socioeconômico/financeiro do Acre, tendo um forte compromisso com o desenvolvimento regional, priorizando projetos que estimulem a geração de renda, a modernização da infraestrutura e a valorização dos trabalhadores locais.
Articulação
Na perseguição desses objetivos, na última quarta-feira, 29, no início do dia, Adriano participou de sua primeira agenda oficial em Brasília na condição de deputado, reunindo-se com Luciano Severo, secretário de Articulação Institucional do Ministério do Planejamento e Orçamento. Também estiveram presentes João Paulo, 1° vice-presidente da FIEAC, Assurbanipal Barbary, secretário da SEICT; e Marcelo Moreira, secretário adjunto do Ministério do Planejamento.
Pautas
A reunião junto a pasta do Planejamento tratou de temas essenciais para o desenvolvimento do Acre, incluindo: Reconstrução da BR-364, já prevista no orçamento e que será acompanhada de perto; Retomada do anel viário de Brasileia, importante para a logística da região; Interligação de municípios isolados, garantindo infraestrutura e acesso; Construção da ponte de Rodrigues Alves, essencial para o Vale do Juruá. Instalações portuárias de pequeno porte (IP4) para fortalecer o transporte fluvial e a navegabilidade de pequenas embarcações no Juruá para facilitar o transporte de cargas e passageiros.
Integração
Outro tema debatido foi a situação da Receita Federal na fronteira de Assis Brasil, onde foi solicitado reforço no controle e fiscalização. Também foi discutido o fortalecimento das relações do Acre com o Peru, incluindo a viabilização de voos regionais para Cruzeiro do Sul. Adriano também sugeriu a realização de um evento em Cruzeiro do Sul, reunindo o setor produtivo, autoridades estaduais e representantes do Peru, visando fortalecer as relações comerciais e discutir investimentos na região.
Inteligência
Na sequência, José Adriano, o 1° vice-presidente, João Paulo e o secretário de Indústria, Assurbanipal, se reuniram com Márcio Guerra, Superintendente do Observatório Nacional da Indústria na CNI, Hub (central de conexão) de uma rede de inteligência coletiva de análise de dados para a construção de cenários futuros. Na ocasião, abordaram o início da operacionalização do Observatório no Acre, projeto vinculado ao Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento.
Desenvolvimento
Finalizando as agendas conjuntas, o grupo, com a adesão de Cid Ferreira, secretário municipal de Infraestrutura de Rio Branco e do General Poty, presidente da representação da AMAC em Brasília, ocorreu uma reunião com senhor Denilson Campelo, Diretor do Departamento de Parcerias com o Setor Privado do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Eduardo Tavares, secretário Nacional do MDR, onde foram tratados temas de interesse do Acre e pautas ligadas à Prefeitura de Rio Branco.
Tiro ao alvo
Gilberto Kassab, presidente do PSD e um dos políticos mais influentes do país, criticou o governo Lula e seu principal ministro, o titular da Fazenda, Fernando Haddad. Em um evento para investidores em São Paulo, Kassab queixou-se da condução da política econômica e disse que Haddad é um “ministro fraco”, que “não consegue se impor” e tem “dificuldade de comandar”.
Leitura
Para o dono do partido que elegeu o maior número de prefeitos nas últimas eleições, ter um chefe da Fazenda sem autoridade é um “péssimo indicativo para o país”. O PSD é aliado do governo e tem três ministros na equipe do presidente: Carlos Fávaro (Agricultura), André de Paula (Pesca) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). Questionado sobre a fala de Kassab, Haddad respondeu apenas que não leu e não tomou conhecimento da declaração.
Mais do mesmo
E não foi só isso. Kassab também disse que o presidente Lula não venceria a eleição de 2026 se ela fosse hoje. “O PT não estaria na condição de favorito. Eles perderiam”, disse o paulistano, que também é secretário de Governo e Relações Institucionais do estado de São Paulo — e mentor de Tarcísio de Freitas. “Os partidos de centro estão criando uma alternativa para 2026.” Ele também afirmou não ver “articulação para reverter a piora no cenário. Não vejo nenhuma marca boa, como teve Fernando Henrique Cardoso e Lula nos primeiros mandatos”.
Olhar futuro
Nos bastidores, ele se movimenta para tentar um sonho: governar São Paulo. Em conversas reservadas, Kassab avalia que o caminho mais viável para isso é ser vice-governador em uma chapa de reeleição de Tarcísio em 2026. É grande a resistência entre bolsonaristas, que criticam o “jogo duplo” de sua aliança com Lula. Mas o que realmente azeda a relação com aliados do ex-presidente é a falta de um posicionamento seu em relação à inelegibilidade de Bolsonaro e à anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Balé político
Farejando a imprevisibilidade do cenário para 2026, Ratinho Jr., governador do Paraná pelo PSD, deixou a porta aberta para dois partidos interessados em lançar seu nome à presidência da República já no próximo pleito. Apesar disso, tudo indica que o próprio PSD deve oficializar sua pré-candidatura em até dois meses. As conversas estão bem encaminhadas para que ele entre na disputa mesmo com uma pulverização de candidatos no campo da direita.
Carta marcada
Como era esperado, o Banco Central elevou em um ponto percentual a taxa básica de juros da economia, aumentando a Selic de 12,25% para 13,25% ao ano. A decisão foi unânime entre os nove diretores e mantém a série de altas da taxa de juros na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) chefiada pelo novo presidente do BC, Gabriel Galípolo. “Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião”, diz a ata da reunião (leia na íntegra). A projeção é que a Selic supere 15% ao ano em meados de 2025, maior nível em quase duas décadas.
Imobilidade
Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve votou por unanimidade para manter a taxa de juros na faixa de 4,25% a 4,5%. A decisão, também aguardada por analistas, interrompe reduções nos juros desde setembro do ano passado. Segundo o presidente do Fed, Jerome Powell, o forte crescimento econômico e o mercado de trabalho mais sólido permitem que se espere por mais evidências de arrefecimento da inflação. Também dão tempo para avaliar como as políticas de Trump sobre imigração, tarifas e impostos podem impactar a economia.
Repercussão
Como o dólar e os títulos públicos americanos são considerados os investimentos mais seguros do planeta, quando a taxa básica da economia americana se estabiliza em patamar considerado alto para o padrão local, isso indica que os juros tendem a ficar mais altos em todo o mundo para atrair capital para seus respectivos mercados.
Virando o disco
O IBGE decidiu suspender temporariamente a criação da Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do IBGE (IBGE+), após forte pressão de servidores. A proposta, defendida pelo presidente do órgão, Marcio Pochmann, era vista pelos trabalhadores como uma ameaça à autonomia e qualidade das pesquisas. Em nota conjunta com o Ministério do Planejamento e Orçamento, o instituto afirmou que buscará modelos alternativos para fortalecer sua estrutura. Os servidores também denunciam falta de diálogo e alegam que a gestão de Pochmann tem adotado posturas autoritárias.