Hoje, quinta-feira, 18, a partir das 8 hs, a candidata do MDB ao governo do Acre, deputada federal Mara Rocha cumpre agenda política realizando caminhada na estrada do Calafate, quando, acompanhada dos candidatos a deputado estadual e federal, além do seu candidato a vice-governador, Fernando Zamora (PRTB), visita comerciantes da região e após, no período da noite, a partir das 19 hs, lança oficialmente sua candidatura em evento no buffet Afa Jardim.
Agenda lotada
A Federação Brasil da Esperança também dá largada em suas candidaturas, com mobilização nos 22 municípios do Acre, entremeadas com reuniões, encontros, adesivaços e bandeiraços. Hoje, quinta-feira, Jorge Viana e Marcus Alexandre tomam café da manhã e visitam bairros do Segundo Distrito. Após, Viana grava programa de entrevista na TV Rio Branco às 13h. A tarde Jorge Viana faz reunião de planejamento e organização com coordenadores da campanha e participa de reunião com a diretoria da FIEAC. Por seu turno, a candidata ao senado Nazaré Araújo (PT) terá encontro com candidatos, apoiadores e militantes da Federação da Esperança.
Largada
Já o governador Gladson Cameli (PP), candidato à reeleição, começa sua campanha de rua pela Baixada da Sobral nesta quinta-feira (18). Em um vídeo gravado e publicado na internet, Cameli convida sua militância para uma caminhada saindo do Mercado da Semsur, com horário previsto para as 15h30. A caminhada se estenderá pela Estrada da Sobral e vai até a unidade do supermercado Araújo da baixada.
Sujou
O Ministério Público Federal (MPF), por meio da procuradoria regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), enviou representação ao Ministério Público do Acre (MP/AC), para que seja analisada a possível prática de atos de improbidade por parte do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP). No entendimento do procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, o gestor municipal tem abusado da prática de pintar espaços, bens e vias públicas com a mesma cor que caracteriza o seu partido e que foi amplamente usada como identidade visual durante sua campanha.
Pintando o sete
Dentre os casos assinalados na representação estão unidades de saúde, academias populares, escolas e prédios como o do restaurante popular, além de outros ainda mais simbólicos como a iluminação natalina, quando o prefeito sugeriu que até a tradicional figura do Papai Noel poderia ser azul, além das faixas de pedestres.
Legislação
Com relação às faixas pedestres, também existe flagrante desrespeito à legislação que normatiza como devem ser pintadas faixas e travessias. Toda a normatização do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) determina que as faixas de pedestres sejam pintadas de branco, sendo proibidas quaisquer outras cores, e a cor azul deve ser utilizada tão somente para inscrever símbolo em áreas especiais de estacionamento ou de parada para pessoas com deficiências.
Entendimento
Para o MPF, tais atos violam princípios da administração pública como a impessoalidade e a legalidade que é devida aos gestores públicos. O MPF vê, nestes casos, desvio de finalidade e desperdício de dinheiro público e clara tentativa de associar os atos da administração à pessoa do prefeito, em excessivo e injustificado uso de cor vinculada a agremiação partidária à qual está associado o atual chefe do poder executivo municipal. A representação será analisada pelo Ministério Público do Estado do Acre, que decidirá quais ações serão adotadas.
O outro lado
Contrapondo-se ao entendimento do Ministério Público Federal, o prefeito Tião Bocalom afirmou ontem, quarta-feira, 17, que não cometeu improbidade, já que azul é a cor oficial do poder público municipal e não tem relação política com seu partido político, o PP. “Primeiro que a cor azul não é do Progressistas, a cor azul é da prefeitura de Rio Branco, segundo a Lei número 11 de 1964. O Brasão da prefeitura de Rio Branco é azul. Então, qual o problema?”, pergunta Bocalom.
Argumentos
O prefeito relembra que em gestões do PT e da prefeita Socorro Neri, do PSB, alguns lugares e até objetos como vasos de plantas eram pintados de vermelho e amarelo. “O que aconteceu quando PT pintou tudo de vermelho? Aí sim era muito claro porque não estava na lei. O que aconteceu? Nada! Essa representação aí a nossa Procuradoria vai provar que não tem nada a ver com cor de PP. A Socorro (Neri, ex-prefeita) pintou tudo de vermelho e amarelo. Lá no meu gabinete mesmo ainda tem vasos pintados de amarelo. E o que aconteceu? Essa é a pergunta que eu faço. Será que só eu não posso pintar as cores da prefeitura de Rio Branco, que é o azul? Estou pintando as cores que são oficiais, nada mais do que isso”, argumenta o prefeito.
Foras da lei
Empresários apoiadores de Jair Bolsonaro passaram a defender abertamente um golpe de Estado caso Lula seja eleito em outubro, derrotando o atual presidente. A possibilidade de ruptura democrática foi o ponto máximo de uma escalada de radicalismo que dá o tom do grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado e cujas trocas de mensagens vêm sendo acompanhadas pelo jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles.
Alvos
A defesa explícita de um golpe, feita por alguns integrantes, se soma a uma postura comum a quase todos: ataques sistemáticos ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham ao ímpeto autoritário de Jair Bolsonaro.
Personalidades
O grupo reúne grandes empresários de diversas partes do país, como Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de surfwear Mormaii.
Escancarando
O apoio a um golpe de estado para impedir a eventual posse de Lula ficou explícito no dia 31 de julho. José Koury, proprietário do shopping Barra World e com extensa atuação no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, foi quem abordou o tema, ao dizer que preferia uma ruptura à volta do PT. Koury defendeu ainda que o Brasil voltar a ser uma ditadura não impediria o país de receber investimentos externos. “Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”, publicou.
Contra-ataque
Em represália aos empresários golpistas, o senador Randolfe Rodrigues acionou, na tarde de ontem, quarta-feira, 17, o Supremo Tribunal Federal contra os empresários que defendem o golpe de Estado caso Lula vença as eleições. Randolfe pediu ao STF que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal sejam acionados para avaliarem a quebra de sigilo, congelamento de contas e prisão preventiva, se necessário.
Carona
A petição foi apresentada no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos. O relator do inquérito dos atos antidemocráticos é o ministro Alexandre de Moraes, que é chamado de “skihead do PCC” no grupo de empresários bolsonaristas.