A Tendências Consultoria teve divulgado estudo ranking onde o Acre amarga o último lugar no quesito Educação do Ranking de Competitividade dos Estados 2025. O levantamento avalia indicadores como qualidade do ensino fundamental e médio, taxa de frequência escolar e o Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (IOEB).
Ranking
Na Região Norte, outros estados também aparecem nas últimas colocações: Amazonas (24º), Pará (25º), Amapá (26º) e Roraima (23º). Rondônia figura em 18º lugar, enquanto o Tocantins, melhor posicionado da região, ocupa a 14ª colocação.
Meta
O estudo destaca que, além de investir na formação e valorização dos professores, os estados precisam colocar a gestão educacional no centro das prioridades, adotando programas próprios e frequentes de avaliação da educação básica, capazes de monitorar resultados e premiar boas práticas.
Rabo de cavalo
Ainda avaliando o desempenho das unidades federadas, agora no quesito infraestrutura, em estudo elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), o Acre caiu duas colocações no Ranking de Competitividade dos Estados em 2025. Agora nosso estado ocupa a 26ª posição, à frente apenas do Amazonas. Em 2024, o estado estava na 24ª posição.
Enfermidade
O levantamento mostra que a infraestrutura continua sendo um dos maiores entraves para a competitividade no País. Entre os principais fatores apontados estão o baixo nível de investimentos, a má alocação de recursos e as falhas regulatórias, que comprometem o desenvolvimento do setor.
Pilares
O pilar de infraestrutura é o terceiro mais relevante do ranking, respondendo por 11,4% da nota final. Ele reúne indicadores de rodovias, energia, telecomunicações, saneamento e transporte aéreo, avaliando aspectos de acesso, custo e qualidade dos serviços. A pesquisa evidencia situações que vão desde a ausência total de infraestrutura até casos em que ela existe, mas apresenta baixa qualidade ou tarifas excessivamente altas, limitando a competitividade dos estados.
Reflexos
O estudo também destaca que, enquanto o Brasil chegou a investir mais de 5% do PIB em infraestrutura nos anos 1970, esse índice caiu para pouco mais de 2% na última década. A queda reflete diretamente na dificuldade de estados como o Acre em melhorar seus indicadores.
Dia ‘D’
O julgamento de Jair Bolsonaro começou na manhã de hoje, 02, no Supremo Tribunal Federal com o ex-presidente tendo poucas dúvidas de que será condenado. Por conta dessa certeza, ontem, segunda-feira, 01, Bolsonaro acionou seus aliados de maior peso político no país para tentar, mais uma vez, levar a tese de uma anistia ao Congresso Nacional.
Apelo
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), atendeu ao pedido e o visitou em casa, onde cumpre prisão domiciliar. Certo de que a pressão americana sobre o STF não trará resultados, Bolsonaro pediu a Lira que tentasse acelerar os trâmites do projeto de lei que, a seu ver, poderia lhe garantir a liberdade.
Amplitude
Na conversa com Lira, Bolsonaro reforçou que o texto que quer ver aprovado é o de anistia ampla, que contempla não só os manifestantes do 8 de janeiro, mas também políticos e os militares envolvidos na trama golpista.
Estratégias
De acordo com o ex-presidente da Câmara, a proposta tem aceitação entre PL e de legendas do Centrão, mas encontra resistência na base governista e até em partidos de oposição mais moderados. Os dois traçaram estratégias de vencer essa barreira.
Pelotão
A tropa de choque pela anistia conta também com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nos últimos dias, Tarcísio vem reforçando o apoio ao ex-presidente de olho em seu espólio político. Depois de ter afirmado que concederia indulto a Bolsonaro “na hora, primeiro ato” se eleito para o Planalto, o governador ligou para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tratar do tema. Tarcísio prometeu o apoio do Republicanos caso Motta leve o projeto de lei à pauta. Motta, segundo interlocutores, saiu da conversa sem prometer nada.
Movimentação
No Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, Tarcísio recebeu o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, para um café da manhã. O deputado postou nas redes sociais: “no cardápio do dia: anistia”. Pereira se comprometeu a apoiar Hugo Motta e convencer seu partido a fechar questão. Assim, a anistia, que já conta com votos declarados de PL e Novo, poderia ganhar apoio do União Brasil, PP e Republicanos.
Périplo
Tarcísio mudou de ideia e decidiu ir a Brasília no dia em que começa o julgamento da trama golpista no STF. Seus assessores não informaram qual será a agenda do governador. Se decidir visitar Bolsonaro novamente, como fez dois dias após a prisão domiciliar do ex-presidente, terá de pedir autorização ao ministro Alexandre de Moraes. (Folha)
Contraindicação
A defesa de Bolsonaro confirmou que o ex-presidente gostaria de ir ao STF, mas disse que as condições de saúde prevaleceram para que ele decidisse não comparecer às sessões do julgamento. Com crises de soluço que levam a vômito, o ex-presidente também precisaria de autorização de Moraes para ir ao Supremo.
Solidariedade
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) visitou Bolsonaro na véspera do julgamento. Uma das aliadas mais fiéis desde que ele chegou ao Planalto, Damares disse que Bolsonaro está sereno e que ele queria vê-la em razão de sua condição de saúde. Damares faz tratamento contra um câncer de mama.
Labaredas
Enquanto as tensões em torno do julgamento de Bolsonaro aumentam, o atual presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, fez declarações que devem inflamar ainda mais os apoiadores do ex-presidente que acusam o tribunal de parcialidade.
Gasolina
Em um evento no Rio, Barroso disse: “em breve nós vamos empurrar o extremismo para a margem da história”. O ministro, que não participa do julgamento, afirmou ver com normalidade as tensões em torno da decisão do STF. “O anormal é que se não houvesse tensão”.
Mais do mesmo
A Polícia Federal descobriu um novo lote de minutas de votos de ministros do Superior Tribunal de Justiça em aparelhos de celulares apreendidos na investigação que apura um esquema de venda de sentenças na Corte. As prévias dos votos dos ministros do STJ estavam nos celulares do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves e do advogado Roberto Zampieri, assassinado no fim de 2023.
Fio da meada
Resta lembrar que foram mensagens entre os dois lobistas, interceptadas pela Polícia Federal, que desencadearam a operação Sisamnes, que investiga a suposta venda de sentenças tanto no STJ quanto em tribunais estaduais. Os técnicos da PF encontraram ao menos 15 documentos, que agora serão enviados ao ministro do STF Cristiano Zanin, responsável por supervisionar as investigações.