A característica principal dessas eleições é a constatação que os diversos candidatos não guardam alinhamento com as coligações que abrigam suas siglas. Exemplo recente é a decisão do deputado estadual José Bestene e do vereador Samir Bestene, pai e filho, ambos do Partido Progressistas, em reunir a militância de suas candidaturas para receber e emprestar apoio a candidata ao Senado do PL, Márcia Bittar (PL).
Apoios cruzados
O PP capitaneia coligação que tem no governador Gladson Cameli o cabeça de chapa para o governo e o ex-deputado Ney Amorim (Podemos) como candidato ao senador. Márcia tem como cabeça de chapa a emedebista Mara Rocha.
Mais recursos
Ao justificar sua adesão à candidatura de Márcia Bittar, Bestene lembrou que ela está mais do que apta para assumir uma vaga no Senado, pois assim poderá ampliar a capacidade de direcionamento de recursos da União para o Acre, como fez o senador Márcio Bittar, responsável pela destinação de recursos para a execução de obras como a ponte da Sibéria em Xapuri e outros investimentos em infraestrutura. Bestene finalizou pedindo para que a militância não se disperse, vez que as duas semanas que restam de campanha deverão ter atividades ainda mais intensificadas.
Afinidades familiares
Márcia Bittar, por sua vez, lembrou que tem uma profunda afinidade com a família Bestene, pois foi Fátima Bestene, a esposa do deputado, quem a levou para a Igreja e sempre foi muito bem acolhida em sua casa. Ela elogiou o desempenho de pai e filho e disse que eles serão de fundamental importância na Câmara Federal e na Aleac para trabalharem em equipe fiscalizando, ouvindo a população, verificando problemas e apresentando soluções.
Mais do mesmo
Pesquisa Genial/Quaest, divulgada na madrugada desta quarta-feira (21), mostra que o ex-presidente Lula (PT) abriu 10 pontos percentuais de vantagem em relação a Jair Bolsonaro (PL). Lula oscilou dois pontos para cima, dentro da margem de erro, e marcou 44%, enquanto o ocupante do Palácio do Planalto permanece estagnado com 34%.
Segundo pelotão
Ciro Gomes oscilou um ponto para baixo, e tem 6%. Simone Tebet (MDB) oscilou um ponto para cima, e aparece agora com 5%. Soraya Thronicke (União Brasil) mantém 1%. Confira os números com as variações em relação à pesquisa anterior: Jair Bolsonaro (PL) - 34% [=]; Ciro Gomes (PDT) - 6% [-1]; Simone Tebet (MDB) - 5% [+1]; Soraya Thronicke (União Brasil) - 1% [=]; Felipe d’Avila (Novo), Vera (PSTU), Constituinte Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Padre Kelmon (PTB), Sofia Manzano (PCB) não alcançaram 1% das intenções de voto.
Dados técnicos
Indecisos são 5%, mesmo percentual dos que votam em branco, nulo ou não pretendem comparecer às urnas. 76% dos eleitores dizem ter o voto definido. A Quaest ouviu 2.000 eleitores de 16 anos ou mais no período de 17 a 20 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos, para um nível de confiança de 95%. O estudo pode ser consultado no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o código BR-04459/2022.
2º turno
Caso a eleição não seja decidida no dia 2 de outubro, 50% dos eleitores ouvidos pela Genial/Quaest dizem que votarão em Lula no segundo turno, contra 40% que afirmam que o voto será de Bolsonaro.
Segundo voto
A Genial/Quaest questionou os eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet sobre qual posicionamento os candidatos devem adotar caso não cheguem ao segundo turno. Entre os eleitores de Ciro, 50% defendem que o pedetista apoie Lula, 18% a Bolsonaro e 29% preferem a neutralidade. Já entre os de Tebet, 35% esperam apoio a Lula, 34% a Bolsonaro e 27% esperam que a emedebista não apoie nenhum dos dois.
Onda
Está se criando no país um clima de opinião muito favorável à eleição de Lula, e isso poderá provocar uma onda de voto útil na última hora, segundo a nova pesquisa Genial-Quaest que ouviu 2 mil pessoas em todas as regiões do país entre os últimos dias 17 e 20, e foi divulgada no início da madrugada de hoje.
Tendências
Pela pesquisa Quaest, 49% dos entrevistados acham que Lula é quem vai ganhar, 37% apontam Bolsonaro como ganhador. Na comparação entre quem merece uma segunda chance, Lula tem o voto de confiança de 52%, e Bolsonaro de 44%. Nas três pesquisas anteriores, a Quaest mostrou uma redução da diferença entre os dois.
Fotografia
Foi de 22 pontos a favor de Lula em janeiro último, de 14 em julho, chegando a 8 na semana passada. Agora, é de 10 pontos. Lula tem 44% das intenções de voto, contra 34% de Bolsonaro. O apoio de líderes evangélicos, que fez Bolsonaro crescer significativamente, parou de produzir efeito.
Sexo forte
A vantagem de Lula sobre Bolsonaro entre as mulheres continua sendo de 14 pontos. A rejeição a Bolsonaro cresceu entre elas, e a Lula diminuiu. Não aconteceu a virada a favor de Bolsonaro esperada pelo governo no Sudeste. Ali, ele está com 10 pontos percentuais a menos do que obteve em há quatro anos.
Resistência
O desempenho de Bolsonaro no Nordeste também está abaixo do da eleição anterior. Foi de 26% dos votos válidos, é de 23%. Aumentou no país de 72% para 75% o percentual de eleitores que dizem não ter visto a prometida redução no preço dos alimentos. Entre os eleitores de baixa renda, esse percentual é de 80%.
Esterilidade
Para complicar a vida de Bolsonaro, todas as medidas econômicas adotadas pelo governo para baixar os preços são vistas pela maioria dos eleitores (59%) como uma jogada política para reelegê-lo. E é isso mesmo. O povão não é tão bobo como possa parecer. O prazo de validade das medidas acaba em dezembro.
Bala de prata
Bolsonaro apostava que a rejeição a Lula cresceria quando ele se tornasse alvo de ataques na propaganda eleitoral. Lula é alvo de ataques desde final de agosto, mas sua rejeição não cresceu. E, agora? O que resta a Bolsonaro? Talvez os debates entre os candidatos. Em 2018, Bolsonaro só foi a um, antes da facada.
Porta da esperança
Após voltar atrás na promessa de isentar de Imposto de Renda rendimentos de até R$ 5.000, a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estipulou novo cálculo para a faixa de isenção do tributo. A ideia é retomar o patamar de 2010, quando o petista deixou o Planalto. Naquele ano, o valor nominal da isenção era de R$ 1.499, o que corrigido pela inflação corresponde a R$ 3.972 a preços de hoje. A proposta de correção integra o rol de medidas que o PT deseja explorar nesta reta final de campanha para atrair eleitores da classe média, segmento no qual Lula está tecnicamente empatado com Jair Bolsonaro (PL) e em que poderia ganhar terreno com propostas econômicas, segundo aliados.
Degrau
Outras duas propostas compõem as promessas para a classe média: o socorro às famílias endividadas e o aumento do salário mínimo. Embora a última medida atinja trabalhadores da base da pirâmide, petistas vendem que todos os assalariados ganhariam com o aumento, o que é controverso para economistas.
Questão de justiça
Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento de 2023, tentará incluir nas contas do governo no ano que vem um reajuste maior para os servidores do Executivo. Ele avalia que “não tem cabimento” os servidores do Judiciário e do Legislativo terem aumento de 9% em 2023 e os do Poder Executivo ficarem com menos de 5%, como consta da proposta que Jair Bolsonaro enviou ao Congresso.
Lógica
“Não é justo, temos que encontrar uma maneira de equilibrar isso”, diz. O aumento salarial do Judiciário já foi solicitado pelo STF, e o do Legislativo aguarda apenas o fim da eleição.
Retrátil
Os dois Poderes conseguem oferecer a benesse porque, assim como o Executivo, tiveram o teto de gastos elevado na PEC dos Precatórios. A diferença é que eles não usaram os valores e, agora, vão aplicar a “sobra” na folha. O reajuste do Executivo em 4,5% custa R$ 3,5 bi.
Calo
O calendário de Rodrigo Pacheco para o piso da enfermagem prevê votação de um projeto de lei na semana que vem para ajudar prefeitos. Santas Casas seguem sem solução até a eleição