O senador Alan Rick (UB) é um ativo frequentador das redes sociais. Virtual candidato ao governo em 2026, Rick interage com apoiadores respondendo internautas sobre diversos assuntos que remetem as ações de seu mandato e sobre posicionamentos futuros. Na sexta-feira última Alan Rick foi questionado por uma seguidora sobre sua candidatura ao Governo do Estado e recebeu pronta resposta.
Prudência
“Deixa eu dizer uma coisa: 2026 é próximo ano, mas nós temos 2025 todo pela frente. E eu quero muito trabalhar, fazer o máximo pelo meu estado. Tem muitas demandas que nós precisamos atender e colocar em prática muita coisa que está em andamento, tem que concluir. Então, vamos trabalhar muito, vamos atender as demandas do estado, vamos resolver os problemas do nosso povo, que aí sim, a gente pensa lá na frente, porque hoje eu sou senador e eu quero trabalhar por vocês”, disse o senador.
Momento oportuno
Ainda sobre o mesmo tema, Alan Rick respondeu sobre o nome do vice que pretende escolher para a disputa. “A Nayane perguntou aqui se a Jéssica [Sales] vai ser vice na chapa. A Jéssica é uma grande amiga, mas como eu falei, não é hora de a gente pensar em governo. Vamos trabalhar pelo Acre, o futuro a Deus pertence e nada resiste ao trabalho”, concluiu.
Apreensão
Divulgada hoje, 27, pela manhã, a mais recente pesquisa Genial/Quaest (íntegra) revelou que a aprovação do governo Lula caiu cinco pontos no último mês, enquanto a avaliação negativa subiu seis pontos no mesmo período. Metade dos entrevistados (50%) acredita que o Brasil está indo na direção errada, contra 39% que veem o país no caminho certo.
Ponto de vista
A percepção de que Lula não está cumprindo suas promessas de campanha é compartilhada por 65% dos entrevistados. Além disso, 83% apontam que os preços dos alimentos continuam subindo, o que pode reforçar a ideia de ações federais nesse sentido. Sobre a cobertura midiática, 43% afirmam ter visto mais notícias negativas sobre o governo, enquanto 28% destacaram notícias positivas. O aumento no Bolsa Família é citado como a notícia mais favorável, enquanto a polêmica portaria da Receita Federal sobre o PIX aparece como a mais negativa.
Radicais
A então primeira-dama Michelle Bolsonaro e o filho “Zero Três”, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), estavam entre os integrantes da ala “mais radical” do governo anterior, segundo a íntegra do primeiro (dos mais de dez) depoimento prestado à Polícia Federal pelo tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, obtido com exclusividade por Elio Gaspari.
Golpismo
O jornalista conta que, em agosto de 2023, Cid afirmou que os dois incentivavam medidas golpistas em 2022, após a derrota eleitoral, afirmando que haveria apoio popular. Apesar disso, o relatório final da PF, concluído em novembro de 2024, não trouxe Michelle ou Eduardo entre os 40 indiciados pela trama golpista. Os dois são cogitados para disputar o Planalto em 2026, já que o ex-presidente segue inelegível até 2030.
Tensão
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, venceu rapidamente sua primeira queda de braço com a América Latina por conta das deportações de imigrantes ilegais. Sob a ameaça de sanções comerciais, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, cedeu e aceitou que aviões militares dos Estados Unidos pousassem no país trazendo de volta colombianos deportados.
Queda de braço
Mais cedo, diante da recusa de Petro de aceitar os voos, a Casa Branca havia anunciado, entre outras medidas, uma taxação de 25% sobre todos os produtos colombianos, a ser elevada para 50% em uma semana. O governo de Bogotá chegou a anunciar uma taxação igual para importações dos EUA, e Petro, que já foi preso político, publicou em redes sociais em recado a Trump: “Resisti à tortura e resisto a você”.
Alarde
À noite, porém, a chancelaria colombiana divulgou uma nota dizendo que “o impasse com o governo americano havia sido superado”. Trump suspendeu as tarifas, mas manteve, por exemplo, a restrição à emissão de vistos para colombianos até o pouso do primeiro voo de deportados. E comemorou a vitória: “Os eventos de hoje deixaram claro para o mundo que a América voltou a ser respeitada”, disse, em nota.
Enquanto isso...
O envio de deportados também criou tensão em Brasília. O voo que trouxe 88 brasileiros, com relatos de violência, maus-tratos e pessoas algemadas, causou o primeiro incidente diplomático entre os governos Lula e Trump.
Sem algemas
O Itamaraty publicou ontem uma nota sobre os brasileiros que desembarcaram em Belo Horizonte às 21h10 de sábado. Eles chegaram à capital mineira já sem algemas, retiradas por ordem do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, após o avião descer em Manaus por problemas técnicos.
Violação
Na nota, o ministério das Relações Exteriores afirma que o uso indiscriminado de algemas viola os termos de um acordo firmado entre os dois países “que prevê tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”. “O governo brasileiro considera inaceitável que as condições acordadas não sejam respeitadas”, diz o Itamaraty, sem citar os termos do acordo.
Indignidade
O Itamaraty também disse ter pedido explicações aos Estados Unidos sobre o “tratamento degradante dispensado aos passageiros”. “Maltrataram a gente, bateram na gente algemado”, disse Vitor Gustavo da Silva, de 21 anos, ex-morador de Atlanta.
Acinte
Muitos contaram ter ficado 50 horas algemados, sem ar condicionado no voo e sujeitos a abusos. “Nem cachorro merecia ser tratado daquele jeito”, disse Jefferson Maia, que ficou dois meses preso após atravessar a fronteira com o México.
Degradação
“Ficamos sem comer e estou há cinco dias sem tomar banho.” Segundo ele, um agente da imigração o agrediu em Manaus, quando os norte-americanos tentavam fazer o avião decolar mesmo com falha no motor. Nesse momento, os migrantes pediram para sair da aeronave por causa do calor. “O agente me enforcou e puxou a corrente das algemas até meu braço sangrar”, denuncia.
SOS
Os deportados contaram que só conseguiram pedir ajuda à PF após abrirem uma das portas de emergência do avião gritando por socorro. A aeronave, que partiu sexta-feira da cidade de Alexandria, na Virgínia, apresentou falhas ainda em solo americano e precisou parar na Louisiana. Depois, parou de novo no Panamá e em Manaus.
Suporte
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, acompanhou o desembarque em Belo Horizonte e demonstrou preocupação após ouvir as denúncias. “Tínhamos no mesmo voo famílias, crianças, algumas com autismo ou outro tipo de deficiência, que passaram por situações muito graves”, afirmou. Segundo a ministra, se as deportações se tornarem mais frequentes, será criado um posto de atendimento humanitário no aeroporto.
Conselho
A presidente de Honduras, Xiomara Castro, convocou para esta quinta-feira uma reunião extraordinária da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que ela também preside, a fim de discutir as deportações.
Prática
Deportar brasileiros virou rotina já há algum tempo, segundo dados do Departamento de Segurança Interna dos EUA. Foram 7.168 enviados de volta ao Brasil apenas na gestão de Joe Biden. O país expulsou mais brasileiros na era Biden do que em governos anteriores, entre eles o primeiro mandato de Trump. Brasileiros representaram uma proporção maior entre os deportados pelo democrata, com 1,3% do total na última administração, 0,7% na de Trump e 0,4% na de Barack Obama.
Buscas
“Czar da fronteira” de Trump, responsável pela missão de comandar a “maior deportação da história” do país, Tom Homan, um ex-agente da patrulha de fronteira, esteve em Chicago neste domingo para acompanhar operações em busca de imigrantes ilegais. A ação marca o início de uma fiscalização mais severa na terceira maior cidade dos Estados Unidos, enquanto agências federais têm prendido pessoas em todo o país – foram 956 apenas no domingo, mais que o triplo do número médio de presos por dia (311) no ano passado.