No meio desta semana o deputado Roberto Duarte (Republicanos) usou a tribuna durante para falar sobre a situação da Segurança Pública no Estado. Ele alega que todos os dias os jornais noticiam assaltos, furtos e assassinatos e cobra do governo a convocação do cadastro de reserva da Polícia Civil.
SOS
Em pronunciamento, Duarte pontuou: “Com relação a insegurança pública que continua instalada no Acre, essa semana houve um arrastão no ônibus do Rosa Linda. Até quando teremos que conviver com isso? Todo santo dia ouvimos notícias de furto, assaltos e mortes. Foram convocados vários integrantes do cadastro de reserva da Polícia Militar, que logo mais estarão nas ruas, resultado de uma luta nossa”.
Reforço
O parlamentar também cobrou a convocação dos integrantes do cadastro de reserva da Polícia Civil, e frisou que reuniu com autoridades para discutir sobre a possibilidade do chamamento e se há algo que impeça isso. “Seguimos na luta da convocação do cadastro de reserva da Civil, já me reuni com autoridades para entender o porquê de ainda não ter acontecido. Orçamento não é problema! Peço o apoio de todos para que se realize a academia da Polícia Civil com todos do cadastro reserva. Isso vai ajudar muito a diminuir o índice de violência no Estado”, disse.
Nova casa
Falando sobre sua filiação ao partido Republicanos, Duarte deixou posição. “Tenho carinho e respeito pelo MDB, mas, no meu entender, ele não fez o dever de casa, por isso a mudança. Serei o líder do Republicanos na Aleac e espero desenvolver esse papel com muita responsabilidade”.
Vergonha alheia
O deputado Gehlen Diniz (Progressistas), a exemplo do que fez o ex-governador e ex-senador Jorge Viana (PT) no início da semana, demonstra preocupação com a BR-364. Segundo ele, a situação da rodovia é “deplorável e vergonhosa”. Relembrou que a Assembléia chegou a formar uma comissão que foi recebida em Brasília pelo ministro da Casa Civil e pelo diretor do Dnit para tratar do assunto, mas nada aconteceu.
De mal a pior
“A situação daquela estrada só piora a cada dia. Peço à nossa bancada federal que possa intervir em favor da população acreana. Tem que haver uma ação emergencial de recuperação, manutenção e conservação da BR-364”, disse. O parlamentar disse, ainda, que é ‘rasgar dinheiro’, recuperar a estrada e não fazer o controle de peso das carretas que trafegam na rodovia federal transportando pedras, britas e madeiras.
Descaso
“Já perdi as contas de quantas vezes falei sobre esse assunto. Por isso, volto a afirmar, de nada adianta o DNIT recuperar essa estrada se não há balanças para controlar o peso das carretas. Isso é rasgar dinheiro, é jogar dinheiro no lixo. Isso é um absurdo, parece algo combinado”, complementou. Gehlen Diniz lembrou, ainda, que acionou o Ministério Público Federal (MPF) sobre o caso. “Encaminhei uma representação ao órgão pedindo que fosse colocada uma balança para controlar o peso das carretas porque se não houver esse controle vamos continuar jogando dinheiro público fora. Pedimos socorro aos nossos deputados federais. Nos ajudem. Façam uma comissão e busquem recursos para recuperar a nossa BR-364”, concluiu.
Contraposição
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, neste sábado (30/4), o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo indulto concedido ao deputado Daniel Silveira (PL). Candidato às eleições deste ano, o petista disse que o atual mandatário é incapaz de visitar uma cadeia para ver pessoas presas injustamente, mas concedeu o perdão.
Síntese
Lula disse que Bolsonaro “só conhece o ódio” e elencou: “É ódio à mulher, ódio aos mais pobres, ódio ao PT e agora, incita o ódio ao Supremo Tribunal Federal”, disse Lula. “Em vez de dar indulto a quem merece indulto ele resolveu dar indulto a um amigo dele que ofendeu a suprema corte”, disse Lula, ao discursar em um encontro com mulheres em Brasilândia, bairro da zona norte de São Paulo. Partidários do atual presidente estão organizando para este domingo, 1º de Maio, uma passeata na Avenida Paulista, contra a Corte e em desagravo a Daniel Silveira.
Compromisso
No discurso, Lula ainda apontou que não tem compromisso com banqueiros, mas com a população mais pobre do país. “O meu compromissão não é com banqueiro, não é com o alto empresariado, não é com o fazendeiro, mas com o povo pobre desse país.
Visões
O ex-presidente ainda citou o educador Paulo Freire. O evento teve como tema central a crise que atinge o preço dos alimento e Lula apontou que o teórico da educação dizia que o aprendizado depende que as crianças comam. “O Paulo Freire dizia que a criança que come é mais bonita, é mais feliz, é mais inteligente”, disse Lula, marcando um contraponto de sua proposta de governo com a do atual presidente Jair Bolsonaro.
Ojeriza
Freire é considerado o patrono da educação brasileira. Ele é autor da “Pedagogia do Oprimido” e seu legado, apesar de respeitado em todo mundo, foi rechaçado pelo governo de Jair Bolsonaro e por apoiadores do atual presidente.
Tocando fogo
O presidente Jair Bolsonaro estimulou neste sábado o comparecimento de apoiadores em protestos contra o Supremo Tribunal Federal marcados para este domingo, 1° de maio, em algumas cidades do país. O titular do Planalto, porém, não indicou se participará dos atos. O presidente vem sendo aconselhado a não ir à manifestação para não elevar a tensão com o Judiciário.
Versão
Ao discursar na abertura da ExpoZebu, evento de pecuária realizado em Uberaba (MG), Bolsonaro disse que os atos não são para “protestar”, mas que dizer que “todos joguem dentro das quatro linhas da Constituição”.
Reciprocidade
A declaração do titular do Planalto foi dada ao lado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que também estava no palanque do evento. Lira foi elogiado por Bolsonaro que disse que o apoio que tem na Casa se deve a atuação do líder do Centrão que atuou para aumentar a base do governo no Legislativo.
Rescaldo
Os atos neste domingo foram marcados após o presidente conceder indulto ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado a oito ano e nove meses de prisão por ameaças aos ministros do STF e por incentivar manifestações antidemocráticas.
Prudência
A propósito das manifestações de rua programada por Bolsonaristas para o dia de amanhã, 1º de maio, dia do trabalhador, o presidente Jair Bolsonaro foi aconselhado por líderes do Centrão e ministros do Palácio do Planalto a não ir ao ato marcado pelos seus apoiadores. No Rio de Janeiro, as manifestações contra o STF, que o bolsonarismo dizem ser pela “liberdade de expressão”, acontecerão em Copacabana. O deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) deve estar no palanque.
Cautela
Segundo interlocutores do presidente no Centrão, Bolsonaro já estava inclinado a não ir. Para eles, não é necessário o presidente “provocar mais” o Supremo do que já o fez, com o decreto perdoando Silveira e, depois, com o ato no Palácio do Planalto. Em ato realizado no Palácio do Planalto no início da semana para formalizar a assinatura do decreto de anistia ao deputado, diante de dezenas de deputados de sua base política, Bolsonaro atacou o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso e colocou em dúvida a segurança do sistema eleitoral. Também elogiou Silveira.
Água na fervura
Desde ontem, porém, o presidente moderou o tom do discurso. Em entrevista a uma rádio de Cuiabá, ele disse que que não quis “peitar o Supremo” ao dar o indulto a Silveira. O deputado foi condenado pela Corte à prisão por oito anos e nove meses e à perda de mandato por ameaçar ministros a fazer ataques ao tribunal. Bolsonaro disse que, com seu perdão, ele quis apenas desfazer uma “injustiça” e reparar um “excesso” cometido pelo Supremo.
Jogo de cena
Nos bastidores, porém, o presidente reconhece que não é hora de ele mesmo cometer novos excessos. Por isso, não pretende ir aos atos de domingo. Para ter certeza se ele realmente vai manter essa disposição, porém, é preciso esperar pra ver. Porque é como diz um dos membros do Centrão: “A gente nunca sabe quanto de excesso seria o verdadeiro excesso para Bolsonaro”.