O cirurgião-dentista Alysson Bestene voltou ao cargo de secretário Extraordinário de Assuntos Governamentais, setor que ele comandou antes das eleições deste ano. A nomeação foi publicada nesta quinta-feira (6) no Diário Oficial do Estado do Acre. Alysson reassume o cargo no lugar de Julio Cesar Zuza, o Julinho. Alysson estava afastado para integrar a coordenação de campanha de reeleição do governador Gladson Cameli.
A força da mulher
Com uma renovação de 100% na Câmara dos deputados, a partir de 2023 três mulheres passam a integrar a bancada federal acreana: a ex-prefeita de Rio Branco, Socorro Neri (PP), a deputada estadual Meire Serafim (UB) e a ex-deputada Antônia Lúcia (Republicanos), além do ex-prefeito Zezinho Barbary, do deputado Roberto Duarte (Republicanos), Coronel Ulysses (UB), Gehrlen Diniz (PP) e Eduardo Velloso (UB).
Composição
Atualmente, no cumprimento do mandato 2018/2024, a bancada do Acre, das oito vagas destinadas ao estado, tem a representação feminina de quatro parlamentares: Jéssica Sales (MDB), Mara Rocha (MDB), Vanda Milani (PROS) e Perpétua Almeida (PCdoB).
Representação estadual
Na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o número de mulheres parlamentares se manteve, dos 24 deputados eleitos, o parlamento continua contando com três mulheres – Michelle Melo (PDT), Maria Antônia (PP) e Antônia Sales (MDB.
Câmara alta
No Senado Federal, onde o Acre ocupa três cadeiras, a senadora Mailza Gomes (PP), que virou vice-governadora de Gladson Cameli (PP), hoje proporciona equidade de gênero à bancada.
Entretanto, a partir de 2023, os três parlamentares que ocuparão os postos são do gênero masculino: Sérgio Petecão (PSD), Márcio Bittar (MDB) e o deputado Alan Rick (UB), eleito no último domingo, 2.
Paridade
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta quinta-feira (6/10) resolução que prevê o plano de mídia para o cargo de presidente da República no 2º turno das eleições 2022, em 30 de outubro. Os ministros definiram, por unanimidade, parâmetros para o horário eleitoral gratuito nas emissoras de rádio e televisão, que começa nesta sexta-feira (7/10) e vai até 28 de outubro.
Normas
Pela resolução, as emissoras reservarão 10 minutos diários de segunda à sábado para propagandas eleitorais, além de 25 minutos para cada cargo em disputa para veiculação das inserções de 30 e 60 segundos ao longo da programação.
Equilíbrio
No segundo turno, o tempo de propaganda é dividido igualmente entre os candidatos. Conforme prevê a Resolução TSE nº 23.610/2019, a propaganda para presidente da República será veiculada na televisão de segunda à sábado das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40. No rádio, a propaganda para presidente vai ao ar de 7h às 7h10 e de 12h às 12h10.
Disputa regional
Nos 12 estados em que a disputa para governador será definida no segundo turno, os candidatos poderão veicular propaganda das 7h10 às 7h20 e das 12h10 às 12h20 no rádio. Na televisão, o horário eleitoral para governador será das 13h10 às 13h20 e das 20h40 às 20h50. Além disso, as emissoras devem reservar, de segunda a domingo, 25 minutos para cada cargo em disputa para veiculação das inserções de 30 e 60 segundos ao longo da programação.
Me chama...
O ex-presidente Michel Temer, condestável do MDB, passou por um momento de aflição ao ler notícias onde declarava seu apoio a Bolsonaro contra Lula. De Londres, onde se encontra para fazer uma palestra, apressou-se a dizer que não declarou coisa alguma, e que só no Brasil falará a respeito. Reafirmou seu compromisso com a democracia.
...que vou
Lula disse na última segunda-feira que na sua arca de Noé haveria lugar para todo mundo. Haverá lugar para Temer? Se sim, por que não o convida a embarcar? A última vez que os dois conversaram rapidamente foi na posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Apoio real
Os economistas Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real, e Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso, divulgaram nota, nesta quinta-feira (6), declarando que vão votar em Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno da eleição presidencial.
Engrossando fileiras
Os economistas Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, e Persio Arida, outro economista que participou da formulação do Real, já haviam anunciado essa opção, mas também assinam a nota. Os quatro afirmam que a expectativa é que o candidato do PT tenha uma condução responsável na economia.
Princípios
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Bacha, destacou que a nota conjunta busca reforçar a ideia de um consenso entre os economistas que atuaram na gestão de Fernando Henrique Cardoso e na defesa da estabilidade do país, uma vez que os signatários contribuíram para a criação do Real e o combate à inflação.
Peso
Bacha, que é membro da Academia Brasileira de Letras, foi presidente do IBGE, do BNDES e fundador do instituto Casa das Garças, um centro de debates de políticas públicas no Rio de Janeiro. “Uma nota conjunta fortalece um posicionamento que consideramos importante neste momento e também reforça nossa expetativa de que Lula terá compromisso com a estabilidade econômica, especialmente pela presença de Geraldo Alckmin na campanha e pelo aceno a Henrique Meirelles [ex-presidente do Banco Central na gestão de Lula]”, afirmou.
Simbologia
A nota também fortalece o alinhamento de economistas egressos do PSDB à campanha do PT. André Lara Resende, que também atuou na criação do Real, já havia aberto o voto, optando por Lula. Bacha reforçou ainda que seus questionamentos sobre a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) já eram públicos. “Avisei que não votaria em Bolsonaro, então era questão de tempo chegar a esta escolha”, disse.
Responsabilidade
Ao anunciar o seu voto em Lula, Fraga destacou estar preocupado com os rumos da política nacional. “O mais importante para o Brasil hoje é aprimorar a política, garantindo o mais básico, a democracia, a transparência na tomada de decisões na esfera econômica, de ir fundo nos diagnósticos e fazer propostas”, afirmou. “Precisamos restituir ao país calma, um ambiente que nos permita alargar horizontes e cuidar do desenvolvimento do Brasil.”
No fio da navalha
Arida também destacou que sua a principal preocupação era a constatação de que Bolsonaro é um risco à estabilidade institucional do Brasil. Mas também afirmou que pesou em sua decisão o fato de a gestão bolsonarista não entregar o que prometeu na economia, bem como causar prejuízos ao meio ambiente, que deterioraram a imagem internacional do Brasil. “Não existe, na minha opinião, uma justificativa para a permanência de Bolsonaro no poder”, afirmou.
Desastre
“O desempenho na economia foi muito ruim. Ele não entregou o que prometeu. Não fez abertura de mercado, nem reforma tributária, muito menos as privatizações que prometeu. A única privatização, a da Eletrobras, é a pior da história.” No caso do meio ambiente, Arida acredita que a gestão bolsonarista pode comprometer o futuro do Brasil.
Tempos plúmbeos
“Brasil tem uma oportunidade extraordinária quando se observa essa questão em nível internacional: atrair investimentos externos para se tornar uma potência ambiental, um líder”, disse. “Não teremos isso no governo Bolsonaro.” Arida foi presidente do BNDES e do Banco Central durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 2018, foi coordenador do programa econômico na campanha Alckmin, e é economista de sua confiança.
Posição
Apesar do apoio dos economistas peso-pesado ligados ao PSDB ao candidato petista, o partido liberou o voto no segundo turno destas eleições, e políticos tucanos declararam apoio ao presidente Jair Bolsonaro.