Matéria veiculada hoje, segunda-feira (16/12) pelo jornal Folha de São Paulo, dá conta que um estudo do ISA (Instituto Socioambiental) vincula declarações antiambientalistas do governo Bolsonaro e do governado do Acre, Gladson Cameli (PP), a aumentos na taxa de desmatamento nas áreas mencionadas por eles.
Fonte
O levantamento, baseado nos dados dos sistemas Prodes e Deter-B, ambos do Inpe (Instgituto Nacional de Pesquisas Espaciais), também aponta novas fronteiras do desmatamento ao longo de rodovias no Pará, no amazonas e no Acre.
Desserviço
Entre as declarações analisadas está a do presidente Jair Bolsonaro criticando uma operação do Ibama contra o roubo de madeira na Flona (Floresta Nacioanla) do Jamari, em Cujubim (RO), em 12 de abril deste ano. Em vídeo gravado via celular, ele condenou a queima de equipamento dos infratores - prática que tem respaldo legal - e prometeu abrir um processo administrativo contra os fiscais responsáveis pela punição dos infratores ambientais.
Estultice
Outro caso analisado foi o discurso de Cameli na cidade de Sena Madureira (AC), em 31 de maio. Em evento com produtores rurais, o governador os orientou anão pagar multa emitida pelo Imac (Instituto de Maio Ambiente do Acre), “porque quem está mandando agora sou eu”.
A fanfarronice resultou no registro de 2.574 alertas de incêndios nos meses de junho e julho, 225% a mais do que os meses de 2018.
Passo atrás
Como dita a música “Atire a primeira pedra”, do lendário cantor e compositor Ataulfo Alves, perdão foi feito pra gente pedir. Ontem, domingo (15/12), o vice governador Wherles Rocha veio à boca do palco, via facebook, numa declaração a bem da verdade, postar texto pedido desculpas ao ex-governador Tião Viana (PT), por impropérios proferidos contra Viana nos idos de 2012.
Reconhecimento judicial
“Eu, Wherles Rocha, Vice-governador do Estado do Acre, apresento retratação pública, diante de declarações que proferi contra o então Governador do Estado do Acre, Sr. Tião Viana, quando ainda no exercício de mandato parlamentar no ano de 2012, após desentendimento de natureza política, utilizei palavras que ofenderam a sua honra, conforme reconhecido por decisão judicial transitada em julgado”.
Ofensas
Adiante: “Reconheço que errei ao usar palavras ofensivas contra a sua honra e a sua dignidade, motivo pelo qual apresento minhas desculpas publicamente. Reconheço, ainda, sua condição de ex-governador do Estado do Acre, sua vida pública e pessoal que não justificam ataques pessoais ou adjetivos com o propósito de ofendê-lo”.
Urbanidade
Por fim: “Dessa forma, fica reconstituído um ambiente de respeito mútuo e defesa da vida pública com seus interesses maiores. Rio Branco – Acre, 15 de dezembro de 2019. Wherles Rocha. Vice-governador do Estado do AC”.
Pé na estrada
O deputado Sargento Cadmiel Bomfim (PSDB), participou de evento do seu partido no último sábado (14), em Plácido de Castro. De acordo com o parlamentar, o prefeito de Plácido de Castro, Gideon Barros, é um exemplo e um orgulho para todos os membros da família do PSDB.
Reconhecimento
“Estivemos observando o tanto de trabalho que este parceiro tem realizado naquela cidade. Fomos muito bem recebidos, na companhia da deputada federal Mara Rocha, a mais atuante de nosso Estado e demais amigos desta agremiação política”, comentou Cadmiel em suas redes sociais.
Atuação
Segundo o parlamentar, está bastante claro que o PSDB pode se orgulhar pelo desempenho de seus correligionários que conquistaram mandato eletivo. “Eles têm sido motivo de muito orgulho, pois trabalham incansavelmente para fazer a boa política, claro, sempre contando com o apoio dos correligionários, afinal, somos um grupo. Sozinhos somos uma gota, mas unidos podemos formar um oceano. E é esse propósito que move o coração da família PSDB”, comentou Cadmiel.
Sem educação
Diplomado como paraquedista do Exército, Jair Bolsonaro classificou o educador Paulo Freire, patrono da Educação no Brasil, como um possuído pelo demônio idolatrado pela esquerda no encontro diário com seus apoiadores nesta segunda-feira (16) na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília.
Analogia
“Tem muito formado aqui em cima dessa filosofia do Paulo Freire. Esse energúmeno aí, ídolo da esquerda”, declarou Bolsonaro ao defender o fim do contrato e o despejo da Associação Roquette Pinto, responsável pela programação da TV Escola, do Ministério da Educação.
Avaliação
“Era uma programação totalmente de esquerda, ideologia de gênero. Dinheiro público para ideologia de gênero. Então tem que mudar”, disse, afirmando que o valor de renovação do contrato seria de R$ 350 milhões, “que seriam jogados no lixo”. Bolsonaro ainda negou que tenha a intenção de demitir o ministro Abraham Weintraud, dizendo que as críticas são sinais de que “está funcionando”.
Ultimato
Apoiadores de Jair Bolsonaro nas últimas eleições, caminhoneiros optaram por aguardar duas importantes demandas da categoria antes de anunciar uma nova greve, postergando a que estava marcada para esta segunda-feira (16). Uma das medidas, no entanto, está prevista para o dia 20 de janeiro, data estabelecida como ultimato para uma possível paralisação.
Expectativa
A primeira das medidas que está no radar dos caminhoneiros será conhecida nesta terça-feira (17), data final para sua publicação no Diário Oficial. A proposta determina o cumprimento das regras de emissão da CIOT (Código Identificador da Operação de Transporte) pelas transportadoras. O documento serve para regulamentar o pagamento do valor do frete ao caminhoneiro. “A empresa que contratar frete abaixo da tabela ficará sujeita a multa de até R$ 5 mil”, afirma Wallace Costa Landim, o Chorão, um dos líderes da greve de 2018.
Inércia
A segunda medida diz sobre a nova tabela de frete. “Vamos analisar se o governo vai começar a atender nossas demandas. Desde a paralisação feita no ano passado, nada mudou”, diz o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo Silva, o China. A nova tabela de frete será divulgada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o setor espera um reajuste médio em torno de 14%.