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Jamaxi

Idas e vindas

Informa a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, edição de hoje, 01/02, que tem sido grande a pressão de petistas e marinistas por uma reaproximação entre Luis Inácio Lula da Silva e a ex-senador acreana Marina Silva ainda antes do primeiro turno. Tanto do lado do ex-presidente quanto da ex-ministra tem gente trabalhando para que os dois voltem a conversar. 

Ruptura

Marina está rompida com o PT e Lula desde a eleição de 2014, quando ela foi candidata a presidente e sofreu uma campanha difamatória promovida pelo marketing de Dilma Rousseff. Depois disso, Lula e Marina só conversaram rapidamente uma única vez, em 2017, quando ela telefonou para prestar condolências pela morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia. 

Lacuna 

Acontece que vem se disseminando no PT o diagnóstico de que o partido tem um vácuo de propostas e de credibilidade na área ambiental, que será crítica não só na campanha mas também num eventual governo Lula. E Marina poderia ajudar a suprir essa lacuna. 

Entrave 

Apesar de concordarem que o país vive uma tragédia ambiental sob o governo Bolsonaro, muitos ambientalistas não esquecem que a usina de Belo Monte, um dos projetos mais problemáticos das últimas décadas, foi construída na gestão de Dilma. Já Marina continua sendo a principal referência nesse campo, mesmo estando fora do governo há 14 anos. 

Viés político 

Há também outra razão bem concreta: as negociações entre a Rede e o Psol para a formação de uma federação, que, apesar de bem encaminhadas, ainda não estão garantidas. A federação tem apoio da maior parte da executiva da Rede, mas ainda há resistência, especialmente entre lideranças mais próximas a Marina, que preferiam não apoiar Lula já no primeiro turno. Uma reaproximação entre Lula e Marina poderia ajudar a reduzir as resistências à federação dentro da Rede.

Mágoas 

Um outro fator é que a ex-ministra de Lula tem conversado com Ciro Gomes, que já declarou mais de uma vez que gostaria de tê-la em sua chapa. Não convém, portanto, ao PT, deixar Marina se aliar a Ciro sem nem ao mesmo tentar atrai-la. Mas Marina resiste também em razão da mágoa por 2014: João Santana, marqueteiro de Dilma que elaborou as peças contra ela, hoje está com Ciro. 

Cupido 

No PT, um dos principais defensores da paz entre os dois é Aloizio Mercadante, que vem reunindo contribuições para basear um programa de governo para Lula. Do lado da Rede, o maior cabo eleitoral da reaproximação é o senador pelo Amapá Randolfe Rodrigues. 

Aproximação 

Randolfe começou a fazer sua “campanha” na conversa que teve com Lula em São Paulo, no último dia 19, e o ex-presidente deu aval para que ele tente restabelecer a ponte com Marina. Desde então, o senador já acionou diversos amigos e aliados dela: o ex-ministro da educação, Cristovam Buarque, a ex-senadora Heloisa Helena e o ambientalista Pedro Ivo Batista, que são porta-vozes da Rede. 

Piscando 

Sondada por eles, Marina disse apenas que, antes de pensar no que fazer, era preciso saber se Lula queria mesmo essa reaproximação. Segundo ela, Lula precisaria fazer um sinal, um gesto. Que até agora, pelo menos, não aconteceu. 


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Prestígio 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cumpre agenda oficial no estado desde ontem, segunda-feira, 31. A visita enseja a assinatura de proposta para formação técnica e pós-técnica de nível médio dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), além de pautas voltadas à saúde indígena.

Agenda 

Ontem o chefe da pasta federal conheceu, em Rio Branco, as instalações do local destinado à qualificação técnica dos acreanos. Queiroga foi ciceroneado pela secretária de Estado de Saúde, Paula Mariano, além da coordenadora da Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha, do Secretario Extraordinária de Assuntos Governamentais (Segov), Alysson Bestene, do presidente do Instituto de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec) Dom Moacyr, Francineudo Costa e outras autoridades. O governador Gladson Cameli (PP) não prestigiou a visita vez que se encontra ausente do estado, cumprindo agenda em Brasília.

Retorno 

Está convocada e confirmada a Sessão Solene de Abertura dos Trabalhos do Parlamento acreano para o ano de 2022, nesta terça-feira (1°), às 10h. Em razão do aumento dos casos da Covid-19 e de gripe nos municípios acreanos, a solenidade será realizada de modo remoto, transmitida pela plataforma digital da Aleac através do YouTube e Facebook. 

Ao vivo 

A sessão terá a presença de todos os parlamentares e, na ocasião, o governador do Estado, Gladson Cameli (PP), ou seu representante legal, fará a leitura da mensagem governamental. Os interessados em assistir a sessão nas plataformas descritas na nota anterior, através do endereço eletrônico http://www.al.ac.leg.br/?page_id=8926.

Bigamia 

A vida não está fácil para ninguém, muito menos para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Ontem o ministro Ciro Nogueira (PI), chefe da Casa Civil da Presidência da República e presidente do PP, liberou as seções estaduais do seu partido para que apoiem e cedam seus espaços de propaganda eleitoral no rádio e na televisão para os candidatos que preferirem.

Escola 

Na mesma direção caminha Valdemar Costa Neto, ex-mensaleiro do PT e presidente do PL, partido ao qual Bolsonaro se filiou para ser candidato após ter abandonado o PSL. Em São Paulo, o PL deve apoiar Rodrigo Garcia (PSDB), candidato a governador.

Corrente 

O Republicanos, partido da Igreja Universal do bispo Edir Macedo, dono de cargos no governo, subiu no muro. Poderá ou não apoiar Bolsonaro. Vai depender de ele mostrar se tem de fato condições para derrotar Lula num eventual segundo turno.

Ineditismo 

Há dois anos, Bolsonaro era favorito a se reeleger. Não havia pandemia, nem inflação alta, nem pessoas nas ruas com fome. Hoje, é favorito a perder. Se isso acontecer, entrará para a História como o primeiro presidente brasileiro que não se reelegeu.

Mudança de ares 

Após perder as prévias do PSDB ao Palácio do Planalto, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tido como um dos quadros mais qualificados da geração política desse século, negocia filiação ao PSD do ex-ministro Gilberto Kassab. Segundo apurado, Leite e Kassab já tiveram ao menos duas conversas sobre o assunto somente em janeiro deste ano: uma em Brasília e outra em Porto Alegre.

Reavaliação 

Aliados de Leite dizem que as conversas foram “boas” e ressaltam que, se for mesmo para o PSD, o governador levará um grupo de aliados não só do Rio Grande do Sul, como de outros estados. Após perder as prévias tucanas para o governador João Doria em novembro, Leite chegou a prometer que ficaria no PSDB, mas, nas últimas semanas passou a admitir que poderá sair da sigla.

Relação aberta 

O governador gaúcho vem mantendo as críticas a Doria e intensificou encontros com pré-candidatos ao Palácio do Planalto de outras siglas. Em breve, por exemplo, receberá a senadora Simone Tebet (MS), presidenciável do MDB. Apesar dos movimentos políticos, Eduardo Leite tem prometido que não tentará reeleição ao governo gaúcho, nem disputará qualquer outro cargo este ano