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Jamaxi

Homem ao mar

O governador Gladson Cameli (PP) pendurou no Diário Oficial de hoje, 03/07/2020,  o decreto de nº 6.158, de 16/06/2020, que trás o ato de exoneração de Tião Fonseca do cargo de Presidente do  Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa).

Café requentado 

O que chama a atenção é que Fonseca já estava na UTI há 20 dias, vez que o decreto é datado de 16 de junho. Pelo conjunto da obra, vê-se que a decisão do governador já havia sido tomada há dias, pois desde que assumiu o cargo Fonseca mergulhou a estatal em um festival de denúncias começando pelos primeiros dias à frente do órgão, inclusive com suposto favorecimento de empresas ligadas à sua família.. 

Mais mudanças 

Quem também deixa o Depasa é Edson Martins Siqueira, irmão adotivo do Senador Márcio Bittar (MDB), que desde o início do governo respondia como diretor executivo da instituição. No caso de Edson, ele será removido para outro posto na gestão. No mesmo Diário Oficial desta segunda, Siqueira é nomeado para a mesma função de Diretor Executivo na Cageacre, estatal insepulta que desde o governo Orleir Cameli (1995/1998) só existe no papel.

Nova ordem 

Quem vai ocupar a presidência do Depasa a partir de agora é Luiz Felipe Aragão Werklaengh que já é de casa, pois era o Diretor Administrativo e Financeiro. Para o cargo que ocupava o agora presidente, Gladson nomeou Mamede Arudá Bucar. Já para o cargo de diretor executivo, o escolhido pelo Palácio Rio Branco é o ex-vereador e sindicalista Luiz Anute dos Santos que até maio deste ano foi chefe de departamento no IMAC.

Nova função 

Ainda no  Diário Oficial que exonerou o engenheiro Tião Fonseca, o governador Gladson Cameli nomeou o ex-comunista e agora pepista Moisés Diniz, que exercia o cargo de articulador político do governo e agora vai para o cargo de secretário adjunto da Secretaria de Estado de Educação e Esporte.

Princípio 

A propósito do governador Gladson Cameli, ontem, em entrevista ao jornalista Luiz Carlos Moreira Jorge, do blog do Crica, ele externou posição dizendo que aquele ator comissionado do seu governo que não o seguisse no apoio a candidatura à reeleição da prefeita Socorro Neri (PSB), estava exercendo um direito político próprio, mas que, antes, pedisse exoneração do cargo que ocupa no governo. 

Movimentação 

Na conversa com Crica, Gladson também revela  que já conversou com a deputada federal Vanda Milani (SD) sobre a composição de um bloco em apoio a Neri e irá conversar com o deputado federal Alan Rick (DEM), com a ex-deputada federal Antônia Lúcia (PR), com o deputado federal Manuel Marcos (REPUBLICANOS) e tentar trazê-los para uma aliança a embalar a candidatura a reeleição da prefeita.      

Caminhos  opostos   

Com o engajamento do governador Gladson Cameli à candidatura de Socorro Neri, fica cada vez mais patente o distanciamento dos rumos políticos a serem tomados por Cameli e o Vice Wherles Rocha (PSDB) na sucessão dos dois principais pólos políticos do Estado: Rio Branco e Cruzeiro do Sul. 

Cenário 

Na capital, Rocha embalará a candidatura do peessedebista e ex-petista Minoro Kimpara, tendo como caudatário o PSL, partido que abrigou a candidatura presidencial de Bolsonaro em 2018. Em Cruzeiro do Sul, aliado ao MDB, Rocha remará com a candidatura do emedebista Fagner Sales, irmão da deputada federal Jéssica Sales e filho da  deputada estadual Antônia Sales e do ex-prefeito cruzeirense  Vagner Sales, enquanto o governador encampará a candidatura do grupo político liderado pelo atual prefeito Ilderlei Cordeiro (PP).

Direito adquirido 

Sobre seu apoio a uma candidatura em Rio Branco buscando o nome em um partido que não compôs a coligação que o levou ao governo em 2018, Gladson faz declaração como numa clara alusão às candidaturas de Minoro Kimpara pelo PSDB em Rio Branco e Rodrigo Damasceno em Tarauacá, tendo esses sido egressos do PT. 

Prego batido, ponta virada!

“Todo mundo tem o direito de escolher o seu candidato a prefeito de Rio Branco. Quer dizer que só o Gladson é que não tem esse direito? Alguns me criticam com a desculpa que a prefeita Socorro Neri não é do meu grupo. Os partidos escolheram vários candidatos que não estavam no grupo que me elegeu e somente eu é que não posso fazer isso? Não abro mão de escolher meu candidato. E não transfiro essa decisão para ninguém”. 

Nova realidade 

Sobre a formação de um grupo político subordinado à sua liderança, como a coluna já houvera diagnosticado dias atrás, Gladson foi peremptório: “ tenho assistido as últimas movimentações políticas. Besta é quem pensar que eu sou besta. Vou montar o meu próprio grupo de partidos para eleger a prefeita Socorro Neri. É ela que tem a minha confiança. Não vou apoiar candidato no qual eu não tenho confiança”.    


 

poronga 002

Garoto problema

Ao decidir adotar a versão Bolsonaro paz e amor, o presidente Jair Bolsonaro teve mais uma conversa com o filho Carlos Bolsonaro para baixar o tom nas redes sociais, em especial em relação ao judiciário. A conversa aconteceu há poucas semanas, segundo integrantes do governo.

Ouvidos moucos 

Essa não é a primeira vez que o presidente pede para o filho evitar embates e críticas que podem respingar no governo e também no primogênito, Flávio Bolsonaro, alvo do inquérito das “rachadinhas”. 

Sequestro 

No ano passado, depois de uma discussão com Bolsonaro sobre o tema, Carlos não forneceu ao presidente a senha de seu Twitter pessoal e o presidente ficou sem acesso à própria conta a rede por alguns dias.

Vai vendo!

A Globalweb Outsourcing, empresa ligada a Maria Cristina Boner Léo, ex-mulher do advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef, obteve dois aditivos durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro em um contrato firmado com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e questionado pela Controladoria-Geral da União (CGU).

Vitamina  A

Ebserh, vinculada ao Ministério da Educação (MEC), é responsável pela gestão de hospitais universitários federais. Um auditoria da CGU apontou prejuízo na ata de preços em que se baseou o contrato. Após os aditivos, o valor final chegou a R$ 37,4 milhões, segundo o Portal da Transparência. As empresas negam irregularidades.

Genealogia 

Cristina é uma das fundadoras da empresa, hoje administrada por uma de suas filhas, Bruna Boner. A ex-mulher de Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro, ficou impedida de participar de contratações do governo após ser condenada na Operação Caixa de Pandora, em 2019. Há duas semanas, porém, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) anulou a condenação de Cristina por improbidade administrativa. 

Panos quentes 

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP/TCU), Lucas Rocha Furtado, pediu que a corregedoria do TJ-DF investigue “se foi mera coincidência ou casuísmo” a definição da data de julgamento do recurso de Cristina. A absolvição ocorreu um dia após o MP pedir investigação sobre contratos firmados pela Globalweb com o governo federal e sobre a suspensão de uma multa de R$ 27 milhões com a Dataprev.