O prefeito de Sena Madureira, Gerlen Diniz (PP), foi a sua conta no instagram denunciar que herdou da administração passada, a frente o ex-prefeito Mazinho Serafim (Podemos), 146 milhões em dívidas. O montante soma o total do rombo apurado até o momento.
Negligência
Nas palavras de Gerlen “Essa é a consequência de oito anos de gestão sem nenhum compromisso com nosso povo senamadureirense. Isso nos motiva mais ainda a realizar um trabalho que vai entrar para a história da nossa cidade, mas dessa vez por motivos nobres”, ressalta o gestor senamadureirense.
Balanço
Diniz especifica que a dívida ora anunciada não contabiliza débitos com fornecedores. “Infelizmente, herdamos uma herança maldita: R$ 146 milhões em dívidas apuradas até o momento. Aqui não estão inclusos os débitos com fornecedores. Hoje, convidei os vereadores, a imprensa e representantes do sindicato dos servidores municipais para expor a situação financeira da prefeitura”, declarou.
Armadilha
Gerlen diz, ainda, que a gestão anterior agiu deliberadamente para prejudicar sua administração. De acordo com ele, apenas em janeiro, a prefeitura terá de pagar R$ 1,2 milhão em dívidas.
Má fé
“O que vimos foi uma ação deliberada para prejudicar não o prefeito Gerlen Diniz, mas os profissionais, os trabalhadores, os pais de família. Por que digo isso? No dia 5 de dezembro de 2024, a gestão anterior realizou três parcelamentos de dívidas junto à Receita Federal, parcelando em 60 meses, quando poderia ter sido em 240 meses. Só esses parcelamentos representam um custo de R$ 500 mil mensais. No total, a prefeitura terá de pagar, a partir deste mês de janeiro, R$ 1,292 milhão apenas em parcelamentos de dívidas geradas pela gestão anterior. Está tudo documentado”, afirmou.
Reajuste
A prefeitura de Rio Branco, apesar de uma decisão da Justiça do Acre suspendendo o pagamento do reajuste nos salários dos secretários municipais que tomaram posse no início do ano, decidiu manter o pagamento de R$ 28,5 mil a esses servidores referente ao mês de janeiro. A justificativa para o pagamento, conforme consta em um ofício da Secretaria Municipal de Finanças, é que a folha de pagamento já estava finalizada e programada para ser paga no dia 23 de janeiro, antes da suspensão do reajuste.
Argumento
No documento assinado pelo secretário interino de Finanças, Cid Ferreira, datado de 22 de janeiro, a Prefeitura alegou que não havia tempo hábil para cumprir a decisão judicial sem causar prejuízos ou atrasos nos pagamentos aos demais servidores municipais. A folha já havia sido efetivada, contemplando 8.686 servidores, incluindo efetivos, temporários, cargos comissionados e agentes políticos.
Contabilidade
A Secretaria de Finanças ainda informou que os salários serão debitados na segunda-feira, 27, mas não especificou se o pagamento será realizado com ou sem o reajuste que foi suspenso judicialmente. A Procuradoria Jurídica do Município estuda entrar com uma liminar para tentar reverter a decisão da Justiça, que havia sido tomada após questionamentos sobre o aumento salarial dos secretários.
Abuso
O Ministério da Justiça informou neste sábado que o titular da pasta, Ricardo Lewandowski, comunicou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma tentativa de autoridades dos Estados Unidos de manter cidadãos brasileiros algemados durante o voo de deportação para o país. A situação foi relatada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos.
Rá, ré, rí, ró, rua
O voo que saiu dos EUA tinha como destino o Aeroporto de Confins, em Minas, mas por causa de problemas técnicos precisou pousar em Manaus. Segundo nota do MJ, por orientação de Lewandowski, a Polícia Federal recepcionou os brasileiros e determinou às autoridades e representantes do governo norte-americano a imediata retirada das algemas. “O ministro destacou ao presidente o flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”, afirma a pasta.
Civilidade
A PF informou que os brasileiros que chegaram algemados foram imediatamente liberados dos objetos. “A Polícia Federal proibiu que os brasileiros fossem novamente detidos pelas autoridades americanas.” Ainda segundo a corporação, os passageiros foram acolhidos e acomodados na área restrita do aeroporto, onde receberam bebida, comida, colchões e tiveram acesso a banheiros com chuveiros.
Direitos
“O Ministério da Justiça e Segurança Pública enfatiza que a dignidade da pessoa humana é um princípio basilar da Constituição Federal e um dos pilares do Estado Democrático de Direito, configurando valores inegociáveis”, afirma a nota.
Suporte
Ainda de acordo com o Ministério da Justiça, ao tomar conhecimento da situação dos brasileiros, “Lula determinou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fosse mobilizada para transportar os brasileiros até o destino final, de modo a garantir que possam completar a viagem com dignidade e segurança.”
Acordo
O retorno de imigrantes ilegais ao Brasil ocorre com base em um acordo firmado com Washington em 2017, durante o governo de Michel Temer. O objetivo é viabilizar o repatriamento de pessoas que ingressaram ilegalmente nos EUA, foram processadas e não têm direito a recurso. O Itamaraty esclareceu que a vinda desses brasileiros, porém, não tem relação com as novas medidas migratórias de Trump.
Condições
Pelo acordo, as aeronaves trazem de volta quem já não tem mais como recorrer à Justiça americana. O objetivo é evitar que essas pessoas permaneçam em presídios. De forma geral, são pessoas detidas nos EUA por estarem em situação irregular. O governo brasileiro não aceita a inclusão, nos voos, daqueles com possibilidade de revisão de sentença.
Pente fino
Segundo a Casa Branca, as autoridades já prenderam “538 imigrantes ilegais” de diferentes nacionalidades e deportaram “centenas” desde o início do novo mandato de Trump, números que seriam relativamente modestos para os EUA, em uma possível indicação, de acordo com o jornal Washington Post, de que a retórica de força superou até agora a capacidade do governo de cumprir os elevados objetivos do presidente. Por sua vez, Tom Homan, czar da fronteira de Trump, afirmou que mais de 3 mil pessoas com antecedentes criminais foram presas nos primeiros dias da administração, um número maior que o divulgado pela Casa Branca.