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Jamaxi

Guilhotina 

O vereador Célio Gadelha (MDB) teve o mandato cassado no dia de ontem (28) em sentença prolatada pelo juiz eleitoral Gilberto Matos. A sentença foi publicada no Diário Eletrônico da Justiça.

Lastro 

Analisando o processo, o magistrado exarou entendimento que nos autos existem provas que sustentam a ação de impugnação de mandato eletivo proposta pelo Ministério Público Eleitoral.

Provas 

Na ação foram anexadas filmagens que mostram a entrega de valores às pessoas que tinham o nome listado (R$ 50,00 para cada uma delas) e o dinheiro apreendido quando do cumprimento do mandado de busca e apreensão nas residências do vereador e de se irmão, José Brito.

Pormenores 

O dinheiro foi localizado “no chão do espaço embaixo da escada”, segundo consta no Termo de Apreensão que veio em desdobramento da diligência realizada nas casas do acusados pela prática ilícita, no processo que investigava a compra de votos, deixa patenteado que o erário era sobra do dinheiro utilizado na campanha com a mesma finalidade da conduta filmada, diz a sentença. Ressalte-se que a denúncia apresentada pelo MP Eleitoral veio acompanhada de filmagem contendo o desenrolar da ação ilícita.

Ações adicionais 

Além de cassado, Célio Gadelha teve todos os seus votos anulados, e ficará inelegível por 8 anos. A mesa-diretora da Câmara de Rio Branco será comunicada da decisão na manhã de hoje, quarta-feira (29).

Ato explícito

“No caso concreto, da análise do conjunto probatório, há de se reconhecer, em primeiro momento, que os elementos informativos colhidos em sede de investigação, mormente as capturas de telas obtidas nas filmagens do ato que deu azo a toda a investigação, demonstram, de forma inconteste, o ocorrido”, diz trecho da sentença. 

Corrupção ao vivo

“Da análise das imagens da câmera externa da empresa Atacadão é possível identificar a chegada de José Brito da Silva, irmão do impugnado, em um carro de sua irmã – Francisca Brito da Silva. Já através da câmera interna do galpão pode se observar toda a movimentação dos envolvidos, o que inclui o ato de discurso, a conferência de nomes em lista, a entrega de ‘santinhos’ e de quantia em dinheiro”, sustenta a decisão

Vai que cola?

Ainda: “Em âmbito judicial, ocasião em que foram produzidas as provas testemunhais, não houve incongruência nas declarações dos depoentes, que praticamente de forma unânime afirmaram que o irmão do impugnado compareceu à empresa Atacadão Rio Branco no dia anterior ao pleito eleitoral e, sob a escusa de suposta ‘dívida de churrasco’, distribuiu ‘santinhos’ do seu irmão e a quantia de R$ 50,00 (cinquenta reais) para cada um dos presentes, pedindo ‘uma força’ para a eleição do então candidato José Célio Brito da Silva”, sublinhou o juiz. 


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Deselegância

Como foi amplamente divulgado pela imprensa local, Márcio Bittar pediu desfiliação do MDB. Mais uma vez! De forma desrespeitosa, não foi pessoalmente fazer o comunicado da saída.

O senador mandou o seu motorista entregar a ficha de desfiliação no início dessa tarde ao vice-presidente da Executiva Municipal, o ativista político Pádua Bruzugu.  

Ultraje 

A cena foi a seguinte: Bruzugu recebeu um telefonema perguntando onde estava. 

Foi encontrado almoçando no Bar da Preta, no Parque da Maternidade (veja a foto). Localizado, um emissário foi até o fiel escudeiro do deputado federal Flaviano Melo e recebeu a carta com o pedido de desligamento da sigla que serviu de passaporte para Bittar abiscoitar o mandato de senador. Como se diz no popular, “bocado comido é bocado esquecido!”

Estratégia 

Pelos comentários correntes nos bastidores da política, Marcio Bittar deverá ir para o partido que nascerá dá fusão entre o DEM e o PSL, onde continuará apoiando o presidente Jair Bolsonaro e também continuará com sua estratégia de emplacar a ex-esposa, Márcia Bittar, como candidata ao senado à sombra da candidatura de Gladson Cameli (PP) à reeleição. 


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Normalidade 

O PSDB nacional retornou ao normal: voltou a brigar! Consumada a renúncia do senador Tasso Jereissati (CE) em disputar as prévias que indicarão o candidato do PSDB à Presidência da República ano que vem, forma-se uma ampla frente dentro do partido para derrotar o governador de São Paulo, João Doria, que aspira a tal condição.

Verdade verdadeira 

Sobre a ação do senador cearense, resta constatar que Jereissati renunciou porque, de fato, não era candidato. Nunca foi! Admitiu ser para impedir que Doria seja. Agora, apoia Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e com ele, hoje, visitará o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que anunciou seu apoio a Doria, mas que poderá mudar de opinião – quem sabe?

Tangenciando 

Disse Jereissati que Leite seria um candidato a presidente da República menos radical do que Doria. E que, se fosse o caso, até abriria mão da cabeça da chapa se outro nome, de outro partido, tivesse mais chances de derrotar Jair Bolsonaro. É também por isso que o deputado Aécio Neves (MG) apoia Leite.

Pano de fundo 

Tanto Jereissati quanto Aécio e grande parte do PSDB não querem que o partido tenha candidato próprio a presidente porque preferem que a milionária verba do fundo partidário seja gasta na eleição de deputados federais e senadores. Mais importante seria aumentar as bancadas do PSDB na Câmara e no Senado.

Bóia 

A propósito do ninho tucano, o governador Eduardo Leite (PSDB) virou a “tábua da salvação” para o projeto da Globo que visa criar a terceira via na disputa presidencial de 2022. O objetivo do conglomerado de comunicação carioca seria evitar a polarização entre Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Números 

Na torcida por Eduardo Leite, Globo faz as contas: os sete estados que declararam apoio a Leite (MG, RS, PR, BA, CE, AL e AP) tem peso de 33,36% nas prévias; já os cinco diretórios que fecharam com Doria (SP, PA, DF, AC e TO) correspondem a 30,89%. Os outros estados não se posicionaram. A projeção não é totalmente precisa porque há dissidências, para um lado e para outro, dentro de cada estado.

Alvíssaras 

“Com a influência de Tasso no Nordeste, aliados acreditam que Leite poderia ampliar seu alcance na região. Ontem, durante o ato em que confirmou apoio a Leite, o senador cearense afirmou que se somar seus aliados somados aos de Leite rendem um apoio de 80% dos comandos nos estados”, comemora a Globo.