O Conselho Missionário Indígena (CIMI), que defende os direitos indígenas no Brasil, argumentou contra os planos de Bolsonaro de abrir a mineração em terras de reserva, dizendo que a maioria dos grupos indígenas se opõe a isso
Sputinik – O governo do Brasil disse nesta sexta-feira que está avançando nos planos de permitir a mineração em terras indígenas, informando diplomatas europeus sobre propostas que atraíram críticas de defensores dos índios no Brasil e no exterior.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, declarou aos diplomatas que “liderança significativa” das comunidades nativas havia pedido a oportunidade de explorar suas terras, de acordo com uma declaração pública no site do ministério.
A iniciativa faz parte do esforço do presidente Jair Bolsonaro para incentivar a agricultura, pecuária e mineração em reservas indígenas, que ele criticou por desacelerar o progresso econômico.
Já os líderes europeus manifestaram preocupação de que suas políticas aumentem o desmatamento e ameacem as culturas indígenas.
FOTOS PÚBLICAS / SECOM IBAMAIbama realiza operação de combate a garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, no Pará
“Há muita desinformação sobre esse assunto, por isso é importante que a comunidade internacional ouça o que o governo tem a dizer”, pontuou Alexandre Vidigal, secretário de Geologia e Mineração do ministério, no comunicado.
O ministério informou que representantes da França, Suécia, Alemanha, Espanha, Portugal, Itália, Polônia, Bélgica, Dinamarca, Eslovênia, República Tcheca, Hungria, Holanda e União Europeia participaram da reunião na quinta-feira.
O Conselho Missionário Indígena (CIMI), que defende os direitos indígenas no Brasil, argumentou contra os planos de Bolsonaro de abrir a mineração em terras de reserva, dizendo que a maioria dos grupos indígenas se opõe a isso.
Conflitos entre mineiros ilegais e nativos levaram ao derramamento de sangue de ambos os lados nos últimos anos.
Randolfe recebe ameaças após Luciano Hang espalhar informação falsa
“Você merece tomar muita porrada nessa sua cara, seu pila do crl”, escreveu um usuário das redes, após a fake news compartilhada pelo dono da Havan
247 – “O dono da Havan e apoiador de Jair Bolsonaro, Luciano Hang compartilhou uma informação falsa que levou o senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, a sofrer ameaças nas redes sociais. Hang publicou em sua página no Facebook um vídeo em que o apresentador Sikera Jr., do programa Alerta Amazonas, criticou a lei de abuso de autoridade, e culpou Randolfe por ter criado uma lei para ‘proteger os políticos’”, informa o jornalista Guilherme Amado, em sua coluna na revista Época.
“A informação é errada porque Randolfe, embora tenha sido quem apresentou em 2017 o projeto, não foi o responsável pelos pontos da proposta aprovada e que se tornou lei e que abre brechas para intimidar policiais, procuradores e juízes e atrapalhar o combate à corrupção. Na mensagem que acompanha o vídeo, Hang também criticou o senador e manteve, sem checar ou sabe-se lá por quê, a afirmação do apresentador”, diz ainda o jornalista.
“Você merece tomar muita porrada nessa sua cara, seu pila do crl”, escreveu um usuário das redes.
Mercado finge crer em nova queda de juros, da qual até Miriam Leitão duvida
Fernando Brito
Saem, aqui e ali, projeções de corretoras e bancos de que o Banco Central mantém a expectativa de redução da Selic a 4,25% no início de fevereiro, em sua próxima reunião.
Conversa fiada.
A turma do “heavy metal” financeiro está preocupada é o populismo econômico de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes conduza o BC a isso e faça a economia caminhar do fio da navalha de uma soma explosiva entre aumento da inflação e redução do ritmo de atividade.
Desde ontem, Miriam Leitão, em O Globo, apresenta-se como a porta-voz do alerta que emitem para que não se corte a Selic outra vez.
“Reduzir mais um pouco a Selic não resolve qualquer problema real e pode ser visto como leniência com a inflação que acaba de dar um salto”, diz ela, depois de pontificar que “neste momento acabou o espaço para a queda da Selic”.
Daí passa a fazer o discurso que contrasta com o otimismo que exalava dias atrás, admitindo que as pressões inflacionárias são muitas.
Dizer que a inflação subirá muito em 2020, por enquanto, é “chute”. Mas não é dizer-se que, ao menos até março, empatará ou superará os 4,5% da taxa de juros atual, ainda que sem surpresas externas.
O comportamento do dólar, a previsível redução das exportações no mês de janeiro, a saída de capital estrangeiro e os fracos sinais da atividade econômica nos primeiros dias do ano refletem esta insegurança.
Os primeiros dez dias do “ano da retomada” foram bem chinfrins.
É pouco para se avaliar com segurança, mas quando a urubóloga da era PT e agora a “rainha do otimismo” fica de novo sombria, é bom se cuidar.