As redes sociais ficaram em polvorosa no dia de ontem (8), com a notícia dando conta que a empresária Dayanna Menezes, proprietária da maior empresa de vigilância do Acre e também esposa do Coronel Ulysses, candidato do PSL em 2018 ao governo do Acre, recebeu a vacina de imunização da covid-19. A notícia se espalhou a partir de postagem no Instagram postada pela própria Dayanna.
Cara de Mané!
Internautas indignados cobraram uma posição esclarecedora por parte das autoridades de saúde e estas declararam que também foram pegas de surpresa com a postagem da empresária.
Medidas cabíveis
Tanto o secretário de Saúde Alysson Bestene, quanto o comandante da Polícia Militar do Acre, Paulo César, disseram que vão abrir uma investigação para apurar as denúncias de Fura Fila da esposa do ex-comandante da Polícia Militar Acreana.
Vai que cola!
Confrontada com a ilicitude, a empresária declarou que é estagiária de Psicologia desde outubro de 2020 na Policlínica da Polícia Militar de Rio Branco, em convênio firmado entre a instituição e o Centro Universitário U:Verse, e que a direção da policlínica estendeu a vacina para os estagiários, sob o entendimento de que os estagiários lidam diretamente com o público que chega na clínica e, portanto ,são pertencentes ao grupo que trabalha na linha de frente da saúde”.
Elementar
Consultado, preposto da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), que pediu anonimato, disse que Dayanna Menezes não poderia ser incluída entre os que seriam imunizados por não fazer parte do quadro de servidores da Saúde. “Só pode tomar quem é profissional de Saúde. Deixa bem claro isso o Ministério da Saúde. Agora se ela está fazendo estágio na área que vai se formar, ela é uma estudante, não profissional de Saúde. Se ela for estagiária, ela não pode tomar, não. Estágio é estágio! Serve para ela conseguir bancos de horas para se formar. entendeu?”, explicitou o óbvio, a dita fonte da Sesacre.
Méritos
A propósito do imbróglio envolvendo o nome da esposa, ainda no facebook, o coronel da Polícia Militar, Ulysses Araújo defendeu a vacinação da cara-metade, opinando que a medida foi ‘merecida’.Segundo ele, a esposa foi vacinada e imunizada contra o Covid hoje, não porque é sua esposa, mas por ter luz própria.
O amor é lindo!
“Você foi vacinada porque desde outubro de 2020 tem dedicado seu tempo, amor e carinho para atender crianças que precisam de acompanhamento psicológico, filhos de policiais militares, clientela mais perigosa por serem, na sua maioria, assintomáticos. Seu trabalho é incrível e relevante”, resumiu.
Alto lá!
Após a publicação de um novo decreto que autoriza templos religiosos a receberem até 20% de sua capacidade total, mesmo na fase vermelha da pandemia, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e o Ministério Público Federal (MPF) se reuniram no fim de semana para discutir a medida de flexibilização e deliberaram, nesta segunda-feira, 8, pela emissão de uma nova Recomendação pedindo a suspensão imediata da eficácia do Decreto Estadual nº 7862/2021, até que este seja apreciado pelo Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19.
Apreciação
MPAC e MPF também pediram que o Governo do Estado submeta o conteúdo do Decreto Estadual nº 7862/2021, que autorizou a abertura dos “templos ou locais públicos, de qualquer credo ou religião, com no máximo 20% de sua lotação” por repristinação, à apreciação do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, órgão colegiado auxiliar do Estado nas matérias relacionadas à Covid-19 e que leva em consideração critérios técnicos e científicos, competindo-lhe propor, discutir e avaliar medidas atinentes à pandemia.
Manifestação
MPAC e MPF também fixaram o prazo de 48 horas, diante da urgência que o caso requer, para que o Estado informe se acata a presente Recomendação, ou, por outro lado, indique as razões para o não acatamento.
Ação de ofício
Ainda sobre o Ministério Público Federal (MPF), este instaurou um inquérito civil público para apurar irregularidades na construção de uma rodovia entre os municípios de Cruzeiro do Sul, no Acre, e Pucallpa, no Peru.
Prazos
O procurador Bruno Araújo de Freitas, que vai conduzir o inquérito, estipulou o prazo inicial de um ano para o andamento da investigação. Nesta fase são colhidas informações e podem ser cumpridas diligências que irão subsidiar a tomada de decisão do procurador sobre as medidas cabíveis para o caso.
Objeto
Para instaurar o inquérito, o MPF levou em conta a missão de proteção dos povos indígenas e do meio ambiente na região do Vale do Juruá, bem como os fatos apontados pela representação encaminhada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC).
Realidade cruel
Na linha de frente do combate à covid-19 no País, Estados e municípios enfrentam agora um novo desafio com o recrudescimento da pandemia. Para além da crise do oxigênio e de leitos de UTI, faltam luvas, sedativos e outros insumos necessários para os processos de intubação de pacientes em casos graves, afirma o presidente do conselho de secretários (Conass), Carlos Lula.
Rapina
A escassez de material também elevou os preços em todo o País. Uma luva cirúrgica, por exemplo, que custava R$ 0,90 até bem pouco tempo, agora chega a custar R$ 1,90. A volatilidade nos preços preocupa governadores. Alguns foram alvo de operações da PF em 2020.
Help!
Desde o ano passado, os gestores da Saúde enfrentam dificuldades para encontrar bombas de infusão, que automatizam a medicação ao paciente. Roraima, por exemplo, chegou a pedir o material no grupo de secretários, mas ninguém tinha sobrando.
Help! 2
Os governadores querem que a Saúde centralize a ajuda nas compras dos insumos. O Conass vai acionar o ministério. O sedativo para intubar voltou a ficar escasso porque aumentou o número de internações. “Está acontecendo no País inteiro. Os pacientes com covid-19 somam-se aos que são internados por outros problemas”, informa Carlos Lula, presidente do Conselho de Secretários.
Senhor do destino
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, afirma que não admitirá pressão para levar ao plenário o julgamento da liminar que suspendeu a implantação do juiz de garantias. A medida foi barrada por Fux em janeiro do ano passado.
Calma
“O relator não pode admitir que queiram impor a ele uma pauta. Pauto no momento em que o processo estiver devidamente instruído”, diz Fux, que deve remarcar as audiências públicas sobre o tema.
Mais uma
Do advogado Fábio de Oliveira Machado, que defende Geraldo Alckmin, sobre a extinção, pelo TJ-SP, de ação contra o ex-governador por obras do Rodoanel: “Era uma coisa absurda. Ele sequer exercia cargo público na época (2010) dos fatos narrados pelo Ministério Público”.