No último sábado, 23, em um evento do PL Mulher, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abonou a ficha de filiação do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, ao Partido Liberal. O evento recebeu centenas de pessoas no Maison Borges, no Distrito Industrial. Participaram do evento autoridades de Brasília, Pará, de Rondônia, e caravanas do interior do Acre.
Agradecimentos
Em sua fala, após a filiação aos Liberais, Bocalom teceu elogios ao casal Bolsonaro: “quero agradecer a Deus por estar no meio de um casal cristão, eternos presidente e primeira-dama. Só temos a agradecer ao presidente que tem o coração de mãe, humilde, que ama a Deus. Estou muito feliz por assinar, ao lado deles, minha filiação ao PL”.
Empreitada
Ainda sobre filiação, no sábado o ex-deputado Éber Machado formalizou seu ingresso no MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Ele disputará uma das 21 cadeiras na Câmara de Vereadores de Rio Branco. O evento contou com a presença de filiados e de apoiadores de Machado, que iniciou sua pré-campanha para o pleito deste ano. A perspectiva do MDB é eleger uma das maiores bancadas desta eleição.
Concorrência
Já perfilam n MDB, além de Éber, os Ex-deputados Nenên Almeida e Heitor Júnior. Na disputa pelas vagas , tem, ainda, o vereador Célio Gadelha, atualmente o único do partido na capital.
Mais filiação
Seguindo sobre o mesmo tema, hoje, segunda-feira, 25, está marcada em Rio Branco, a filiação no PP da prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem, e da sua candidata a prefeita, Suly Guimarães, além do grupo político que acompanha a gestora brasileense. O ato será na sede do PP.
Dissidia
A filiação de Fernanda ao PP, anunciada na semana passada, nasceu sob o império da discórdia, gerando notas da deputada federal Socorro Neri e do presidente regional da sigla, o governador Gladson Cameli.
Comissão
Um grupo de trabalho será criado na Câmara para discutir a atual política nacional de enfrentamento às organizações criminosas envolvidas com o tráfico internacional de entorpecentes. A proposta, de autoria do deputado Coronel Ulysses (União–AC), foi aprovada pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara.
Foco
O grupo sugerido por Ulysses tem ainda o objetivo de propor medidas legislativas (projetos de lei) de natureza penal, processual e de execução penal, destinadas a aperfeiçoar e modernizar o arcabouço jurídico-penal e, assim, melhorar a atuação do sistema de justiça criminal brasileiro. “A insipiência normativa atual e o decrépito garantismo ideológico jurídico do País impulsionam a criminalidade”, diz Ulysses, para quem “somente com leis mais duras, atualizadas à nossa realidade de insegurança, conseguirá frear a ação de facções criminosas, cada vez mais ousadas em suas ações”.
Rota
De acordo com Ulysses, o grupo de trabalho, ainda sem data de funcionamento, contribuirá para corrigir distorções das leis penais, processuais penais e de execução penal. “Atualmente, o arcabouço jurídico-criminal, muitas vezes serve de estímulo à bandidagem, em vez de intimidá-la ao não cometimento de crimes”, avalia Ulysses.
Luz
A Polícia Federal (PF) cumpriu três mandados de prisão preventiva ontem, domingo (24/3), no Rio de Janeiro, relacionados à morte da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. Além dos assassinatos, a investigação aponta que Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa teriam envolvimento com o crime organizado na capital fluminense.
Personagens
Domingos Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Chiquinho Brazão é deputado federal (foi expulso por unanimidade pelo União Brasil, ainda na noite de domingo, e Rivaldo Barbosa era chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O Ministério Público Federal (MPF) indica que os três são autores intelectuais do crime.
Delação
O grupo foi preso após Ronnie Lessa, ex-policial militar do Rio, em delação premiada, apontar Domingos e Chiquinho Brazão como idealizadores da morte da vereadora. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada do militar, que desdobrou na operação de ontem, domingo, 24.
Fio da meada
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou, em coletiva, que o fim da investigação da morte de Marielle e Anderson poderá auxiliar a desvendar outros crimes.
Caixa de pandora
“Tenho a impressão de que, a partir desse caso, nós podemos talvez desvendar outros casos, ou pelo menos seguir o fio da meada de um novelo cuja dimensão ainda não temos clara, mas essa investigação é a espécie de uma radiografia de como operam as milícias e o crime organizado no Rio de Janeiro, e como há um entrelaçamento inclusive com alguns órgãos políticos e alguns órgãos públicos”, frisou Lewandowski.
Milícia
O inquérito da Polícia Federal aponta o interesse de Chiquinho Brazão na aprovação do Projeto de Lei Complementar (PCL) nº 174/2016, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, mas o texto sofria represália por parte da bancada do PSol na Casa, em especial de Marielle Franco.
Interesses escusos
Chiquinho Brazão era vereador do Rio pelo MDB e Avante entre 2015 e 2019. O PLC de sua autoria tinha como objetivo regular terras em áreas dominadas pela milícia, como em Vargem Grande, Vargem Pequena, Itanhangá e Jacarepaguá. A redação, no entanto, foi aprovada pela Câmara em primeiro turno, em 26 de maio de 2017.
Agente X
No mesmo ano (2017), os irmãos Brazão infiltraram Laerte Silva de Lima no PSol para monitorar Marielle Franco. De acordo com a PF, a vereadora pediu para a população não aderir a novos loteamentos localizados em áreas de milícia. A ideia de infiltrar Laerte na sigla de Marielle teria partido de Rivaldo Barbosa, então diretor da Divisão de Homicídios da Polícia Civil e membro do grupo criminoso.
Jogo do Bicho
A Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou que Rivaldo Barbosa teria montado um esquema dentro da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro para fechar acordos ilegais com grandes contraventores a fim de encobrir crimes violentos ligados aos jogos ilegais.
Ardil
O esquema criminoso de Barbosa foi confirmado pelo miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica. Enquanto estava à frente da Polícia Civil do Rio, o delegado Rivaldo Barbosa teria tentado colocar Curicica no centro do caso Marielle Franco.
Organização criminosa
Ainda de acordo com a PF, Rivaldo recebia dinheiro dos contraventores para não investigar homicídios praticados por eles. Com esse dinheiro, o ex-chefe da Polícia Civil teve aumento significativo no patrimônio, com a aquisição de vários imóveis. O inquérito destaca ainda que as empresas da esposa de Rivaldo, Erika Araújo, eram utilizadas para lavagem de dinheiro do marido.
Antecedentes
Outro ponto que indica a ligação de Rivaldo com o jogo do bicho é o assassinato de Marcos Vieira de Souza, o Falcon, em setembro de 2016. O delegado Brenno Carnevale afirmou em depoimento ter encontrado “dificuldades anormais para esclarecimento dos fatos”. Marcelle Souza, filha da vítima, acusa Rivaldo Barbosa de desaparecer com o processo. Falcon era presidente da Escola de Samba Portela. A suspeita era a de que o crime teria sido encomendado em decorrência da disputa por espaço nas regiões dominadas pelo jogo do bicho.