O ex-deputado e ex-prefeito Vagner Sales, presidente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no Acre, anunciou ontem, quarta-feira, 12, que o partido estabeleceu um calendário para ouvir as propostas dos dois principais pré-candidatos ao governo interessados em firmar aliança com o MDB: a vice-governadora Mailza Assis (Progressistas) e o senador Alan Rick (Republicanos).
Exercicio democrático
As agendas fazem parte de uma estratégia do MDB para ampliar o debate interno e garantir que todas as executivas municipais participem da decisão final sobre qual candidatura o partido apoiará nas eleições de 2026.
Largada
De acordo com Vagner Sales, a executiva estadual se reuniu na terça-feira (11) e aprovou o cronograma de reuniões que vai percorrer todo o estado. A série de encontro começa amanhã, 14. De acordo com Vagner Sales a série começa com a candidata Mailza Assis e articuladores do Progressistas no diretório regional do MDB, Na segunda feira, 17, encontro com o senador Alan Rick e equipe do Republicanos, também no diretório regional.
Extensão
No dia 21/11, o encontro será em Cruzeiro do Sul, com diretórios municipais de Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter; Após, dia 22, encontro em Tarauacá com diretórios de Tarauacá, Feijó e Jordão; Dia 28, reunião em Sena Madureira com representantes de Sena Madureira, Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus; Dia 30, reunião em Brasiléia com diretórios de Epitaciolândia, Xapuri e Assis Brasil; Em 05/12, reunião em Rio Branco, com membros dos diretórios de Bujari, Capixaba, Porto Acre, Acrelândia e Plácido de Castro. Por fim, encontro em Rio Branco, com executiva estadual, para definir e anunciar oficialmente a posição do MDB.
Termômetro
Acerca do formato estabelecido para a tomada de decisão, Vagner explica que as reuniões terão formato participativo, com espaço para que os defensores de cada candidatura apresentem suas razões antes de uma votação simbólica. “Cada plenária vai ouvir os dois lados. Depois do debate, haverá votação simples, de mão levantada, para sabermos a tendência da maioria”, disse.

Stop
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), vetou mais de 60 alterações ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, após receber parecer jurídico da Procuradoria-Geral do Município (PGM) que identificou falhas significativas nas sugestões apresentadas pelos legisladores. A decisão ocorre em meio a um impasse político na Câmara Municipal de Rio Branco.
Ilegalidades
Segundo o procurador-geral Joseney Cordeiro da Costa, os trechos rejeitados apresentam “múltiplos vícios insanáveis de natureza material”, como a criação de gastos sem previsão de recursos, interferência na estrutura administrativa do Executivo e inclusão de iniciativas que não se enquadram no escopo da LDO. “A ausência dessas informações não apenas viola a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas também compromete a lógica do planejamento orçamentário responsável”, afirma o parecer.
Anomalias
Entre os itens barrados estão propostas como “conceder auxílio moradia para mulheres vítimas de violência” e “atualização de valores dos benefícios assistenciais”. Embora tenham relevância social, essas medidas não foram acompanhadas de estimativas de impacto financeiro nem da origem dos recursos, como exige a LRF (Lei Complementar nº 101, de 2000).
Fora do esquadro
Além disso, o parecer aponta como problemáticas as sugestões que detalham obras específicas em bairros da capital, como “faixa elevada na Rua Eldorado, no Belo Jardim II” e “tapa-buraco na Rua Fausto Robalo, no Estação Experimental”. Para a Procuradoria, esse tipo de especificação transforma a LDO em uma espécie de orçamento anual, desvirtuando sua finalidade. “Essas microgestões legislativas engessam a atuação do Executivo e comprometem a eficiência do planejamento”, diz o texto.

Adiamento
Depois de uma semana em que o governo fez de tudo um pouco para evitar que o projeto antifacção do Ministério da Justiça fosse alterado drasticamente pela oposição, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), adiou a votação do relatório apresentado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que apresentou na noite de quarta-feira a quarta versão de seu texto.
Essência
O projeto mantém o endurecimento de penas e cria novos tipos penais contra facções, mas retira mudanças na Lei Antiterrorismo e nas atribuições da Polícia Federal (PF) — pontos que travavam a negociação com o Planalto e com a corporação. O texto deve ser apreciado pela Câmara na semana que vem.
Mensagem
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez chegar ao Congresso que o Planalto estava disposto a tudo para impedir que o texto fosse votado. “Foi de propósito, para tirar do governo a autoria de um projeto importante para o combate à segurança”, disse Lula em uma reunião com seus ministros, que acabou vazando para a imprensa.
Intervenção
O pedido de adiamento da votação partiu também dos governadores de oposição, a quem interessam as mudanças inicialmente propostas por Derrite — o deputado é secretário de Segurança de São Paulo e se licenciou para relatar o projeto na Câmara.
Estratégia
Motta recebeu na tarde de quarta-feira cinco governadores de direita e ouviu de Claudio Castro (PL-RJ) o pedido para que o PL antifacção seja discutido por mais 30 dias, com audiências públicas. O temor dos governadores é que, aprovado da maneira como está, o texto fique parado no Senado.
Carimbo
Já Romeu Zema (Novo-MG) insistiu na criticada equiparação de facções ao terrorismo. “Nós, governadores, queremos que essas organizações criminosas sejam consideradas grupos terroristas, porque são”, disse Zema.
Renovação
Enquanto isso, o Senado aprovou a recondução de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República. Com 45 votos favoráveis e 26 contrários, o placar mais apertado já registrado por um indicado ao posto desde a redemocratização. (UOL)

Retrato
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 13, mostra que, a um ano da eleição presidencial de 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém a liderança em todos os cenários de 1º e 2º turnos, porém com vantagem menor sobre todos os adversários.
2º turno
Nos cenários de 2º turno, Lula venceria por diferenças entre 3 e 17 pontos percentuais. Contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, teria 42% a 39%, empatando tecnicamente. Em outubro, a diferença era de 10 pontos percentuais. Lula teria 5 pontos de vantagem sobre o ex- ministro Ciro Gomes (PSDB), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ratinho Júnior, governador do Paraná (PSD). Em outubro, a diferença para Ciro era de 9 pontos; para Tarcísio, 12 pontos; e para Ratinho, 13 pontos percentuais. A pesquisa incluiu pela primeira vez o nome de Renan Santos (Missão), fundador do Movimento Brasil Livre, que teria 25% dos votos, contra 42% do presidente.

Relações perigosas
Jeffrey Epstein, bilionário acusado de tráfico sexual de adolescentes que cometeu suicídio na prisão em 2019, citou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, várias vezes em troca de e-mails e sugeriu que o republicano sabia dos crimes, mostrou um novo lote de documentos divulgados sobre o caso Epstein pela Comissão de Supervisão da Câmara dos EUA nesta quarta-feira, 12. As correspondências privadas foram enviadas ao longo de 15 anos.
Série
Ao todo, três e-mails mandados por Epstein foram tornados públicos: um para a sua cúmplice Ghislaine Maxwell, que foi condenada à prisão por tráfico sexual após a morte do financista, e dois para o escritor Michael Wolff. No primeiro, ele contou que o atual líder americano passou “horas” em sua casa com uma das vítimas. Já para Wolff, disse que era “claro que ele (Trump) sabia das garotas” e pediu conselhos sobre como deveria lidar com a declaração do republicano sobre sua amizade em uma entrevista à emissora americana CNN.
Estratégia
“Acho que você deveria deixá-lo se enforcar sozinho”, escreveu Wolff. “Se ele disser que não esteve no avião ou na casa, isso lhe dará uma valiosa vantagem em termos de relações públicas e política. Você pode enforcá-lo de uma forma que potencialmente lhe traga um benefício, ou, se realmente parecer que ele pode vencer, você pode salvá-lo, gerando uma dívida”.
Mutismo
Trump não recebeu nem enviou nenhuma das mensagens, todas enviadas antes dos seus mandatos na Presidência dos EUA. Em depoimento no início deste ano, Maxwell afirmou ao vice-procurador-geral Todd Blanche que “nunca presenciou o presidente em qualquer situação inadequada” e que não se lembrava de ter visto Trump na casa de Epstein. Os dois, disse ela, encontravam-se em eventos sociais.
