O presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Acre (Sindgraf), José Afonso, o Choncha, ante a postura do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), que ontem, 26, escalou a tribuna da Aleac para concitar o governo do estado a fortalecer o Programa de Compras Governamentais de Incentivo às Indústrias (Comprac), veio a público enaltecer a postura do parlamentar, por este entender e defender a necessidade da criação de um ambiente favorável aos negócios, à competitividade e ao desenvolvimento sustentável do Acre.
Postura
Na sessão dessa terça-feira, 26, Ribeiro usou a tribuna para enfatizar que, embora o programa já tenha trazido avanços como a criação de novas malharias responsáveis pela produção de uniformes escolares e o fortalecimento da indústria moveleira, ainda há setores pouco contemplados, como o alimentício e o gráfico.
Subutilização
Ribeiro também citou casos recentes de prejuízo aos produtores de maracujá, que perderam sua produção por falta de mercado comprador, defendendo que as secretarias estaduais precisam utilizar de forma efetiva o programa para evitar novas perdas. “Nós precisamos cada vez mais incentivar as indústrias e os empresários acreanos. O Comprac já avançou, mas ainda tem muito a crescer. A indústria alimentícia praticamente não está sendo devidamente utilizada”, afirmou.
Impulsão
Diante da postura proativa do deputado social democrata, Afonso concita a toda a bancada parlamentar do estado a cerrar fileiras com o deputado Ribeiro, lembrando da necessidade premente das empresas locais em gerar emprego e renda, aquecendo a economia e proporcionando melhores condições de vida à população que ora migra para outros estados em busca de oportunidades.
Reconhecimento
Ao exaltar Ribeiro, lembrando que “a indústria é a força motriz para o desenvolvimento sustentável de um país”, Afonso também reconhece a incansável busca do presidente da Fieac, José Adriano, que não mede esforços para a execução de políticas que mirem o desenvolvimento da indústria local, e também a prática da Secretaria de Educação, da Secretaria de Saúde, da Secretaria de Indústria, do Gabinete Civil do Acre e demais órgãos que já colocam em curso o programa governamental.
Endosso
Em pronunciamento na sessão desta terça-feira (26), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) endossou as críticas feitas pelo colega Emerson Jarude (Partido Novo) em relação aos gastos do governo estadual com fretamento de aeronaves. Para ele, a atual gestão transformou a contratação de jatinhos e aviões em “regra de governo”, gerando um escândalo sem precedentes.
Cifras
Segundo o parlamentar, somente este ano o Executivo já celebrou contratos que ultrapassam R$ 49 milhões com aeronaves, sendo R$ 25 milhões para um jato e R$ 24 milhões para um King Air, ambos com a mesma empresa responsável também pelo serviço de Tratamento Fora do Domicílio (TFD). “A mesma empresa que transporta pacientes é a que fornece horas de jatinho. Na homologação do contrato do King Air está claro: é para viagens estaduais e interestaduais. Ou seja, não é para doentes, é para o deslocamento do governador e de sua equipe”, criticou.
Limites
O oposicionista observou ainda que, diante da prática comum de aditivar contratos em até 25%, o custo total com fretamento pode se aproximar de R$ 100 milhões em 2025. “Em qualquer lugar sério, isso seria tratado como escândalo. Estamos diante da farra dos jatinhos no Acre”, denunciou.
Opção
O deputado citou inclusive cálculos publicados na imprensa local que mostram que, com o valor dos contratos, seria possível comprar até quatro aeronaves próprias, em vez de manter um gasto contínuo e elevado com fretamento. “Mas é claro que o governador é generoso com as empresas. Não há justificativa plausível para esse desperdício”, disse.
Prática
Edvaldo recordou ainda que, em gestões passadas, o uso de jatinhos sempre foi eventual e pontual, jamais transformado em rotina. “O último governador que contratou jatinho de forma permanente foi Flaviano Melo. Depois disso, houve aqui ou ali uma necessidade. Mas agora virou regra: não se viaja mais em avião de carreira”, afirmou.
Ilustração
O parlamentar concluiu seu discurso relembrando um episódio de quando viajou em voo comercial para Cruzeiro do Sul, no qual também estava um ex-governador. “Uma criança se surpreendeu ao ver que ele estava no mesmo avião da Gol e perguntou em voz alta: ‘Pai, o jatinho dele é esse?’ Pois bem, hoje a realidade é outra. Agora só se anda de jatinho pago pelo povo, enquanto o Acre continua carente de tudo”, finalizou.
Vigilância
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal comece a monitorar em tempo integral o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília.
Fuga
Moraes afirmou que há risco de Bolsonaro tentar fugir nos dias que antecedem o início de seu julgamento na ação que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Em seu despacho, o ministro destacou a atuação de Eduardo Bolsonaro na tentativa de influenciar o governo americano contra o Judiciário.
Discrição
Moraes determinou que o monitoramento de Bolsonaro deve ser feito de “forma discreta, sem exposição indevida, inclusive midiática”, e sem adotar medidas que invadam a privacidade da família ou causem constrangimento aos vizinhos.
Terceirização
Apesar de a determinação de Moraes atender a um pedido da Polícia Federal, caberá à Polícia Penal do DF fazer o monitoramento de Jair Bolsonaro. O ministro deixou a critério da Polícia Penal a forma como será feito o monitoramento. As autoridades do DF vão definir se os agentes irão usar uniforme e os tipos de armamento. A tornozeleira de Bolsonaro também passa a ser acompanhada 24 horas por dia, em tempo real.
Infiltração
Após a decisão de Moraes, a Polícia Federal pediu ao ministro que autorize a presença de agentes dentro da casa de Bolsonaro. A PF argumenta que as condições sugeridas pela Procuradoria-Geral da República — que recomendou um monitoramento não intrusivo e que não perturbasse a vizinhança — “tornam inviável essa abordagem operacional”.
Esquema
Enquanto isso, as forças de segurança do Distrito Federal preparam uma operação especial para o julgamento que começa na próxima terça-feira. Haverá aumento do número de policiais no patrulhamento da capital, além de esquemas especiais de segurança para o entorno do STF. Parte da Praça dos Três Poderes e da Esplanada será interditada. O esquema deve ganhar reforço especial para o dia 7 de setembro, quando manifestações pró e contra o ex-presidente estão marcadas.
Preparativos
Por ocasião do julgamento de Bolsonaro, o STF vai montar seu próprio esquema de segurança dentro do tribunal. Cerca de 30 policiais que atuam em tribunais espalhados pelo país já chegaram a Brasília e estão instalados dentro da Corte, onde dormirão ao longo de todo o julgamento. Os agentes também farão varreduras nas casas dos ministros do STF. A previsão do Supremo é que esses policiais permaneçam em Brasília por até dois meses, em razão do aumento de ameaças que o tribunal e seus ministros têm recebido.
Subterrâneo
Dados extraídos pela Polícia Federal do telefone celular de Mauro Cid, usado em 2021, mostram que o então ajudante de ordens da Presidência da República conseguiu obter uma carga de proxalutamida, medicamento de uso proibido no Brasil, e acertou diretamente com Jair Bolsonaro a entrega do remédio para aliados durante a pandemia de covid-19.
Furo
A reportagem exclusiva do jornal O Estado de São Paulo, o Estadão, revela áudios e mensagens entre Cid e Bolsonaro, em que eles acertam a distribuição da droga. Como se trata de uma substância proibida no Brasil, sua distribuição pode caracterizar o crime do artigo 273 do Código Penal, que prevê uma pena de dez a quinze anos de reclusão.
Pauta
A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende blindar os parlamentares de ações da Justiça e a PEC que pretende acabar com o foro privilegiado para autoridades em crimes comuns. Mas, no caso da segunda proposta, a ideia é rejeitar a proposta por falta de consenso sobre o texto. A inclusão das duas propostas na pauta acontece na esteira dos embates do Congresso com o Supremo Tribunal Federal. No último domingo, o ministro Flávio Dino determinou que a Polícia Federal investigue o uso de R$ 694 milhões em emendas Pix sem plano de trabalho apresentado.
Embate
Em clima de campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), será o seu adversário nas eleições de 2026, quando pretende concorrer a um quarto mandato à frente da Presidência da República. A declaração foi feita na segunda reunião ministerial convocada pelo Planalto neste ano, na qual todos os ministros tiveram que usar um boné azul com a inscrição “O Brasil é dos brasileiros”.
Teatro
Lula também cobrou fidelidade dos partidos da base que ocupam ministérios na Esplanada, criticou a nova federação entre PP e União Brasil e disse ter ficado indignado ao ver o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, fazer declarações contra ele e seu governo durante a cerimônia de criação da federação.