Reuniram-se ontem (18/12), na sede do PT, o presidente estadual do PT/Acre, Cesario Campelo Braga, e os ex-deputados federais da sigla Raimundo Angelim, Leo de Brito e Sibá Machado Oliveira. Na pauta a organização do partido com vista as eleições 2020.
Agenda constante
O presidente Cesário Braga afirma que o encontro não é extemporâneo, vez que as lideranças do partido têm como prática reuniões para discutir o cenário político acreano: “Temos conversado constantemente com nossos companheiros do quadro do PT para que a gente possa montar um time para ajudar a coordenar nosso processo em 2020”, afirmou em entrevista à imprensa local.
Pajelança
O partido também tem estado em contato constante com o ex-prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre, o ex-senador Aníbal Diniz, o ex-governador Binho Marques, e Tião Viana. “Nossa idéia é juntar todo mundo, pegar o que tem de melhor do PT, de experiência administrativa e política”, destaca o presidente da sigla.
‘Mui amigo!’
A decisão do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), atendendo ao lobby do Conselho Federal de Medicina, de vetar a aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) por instituições particulares, fere de morte o projeto aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado com amplo apoio parlamentar. A afirmação é do deputado federal Alan Rick (DEM), Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Médicos Brasileiros e da Revalidação (FMBR).
Burros n’água
“O presidente vetou a participação das boas universidades privadas, notas 4 e 5 no Sistema Nacional de Avaliação das Instituições de Ensino Superior, na revalidação dos diplomas de médicos formados no exterior. Este veto, proposto pelo Conselho Federal de Medicina e pelo ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, fere de morte o nosso projeto, uma vez que as universidades públicas nunca tiveram interesse em fazer o Revalida e não será desta vez que elas farão”, destaca o deputado.
Regularização
Alan Rick é o autor do Projeto de Lei 6075/2019 (texto aprovado no Congresso) que define a realização de dois exames do Revalida por ano, de forma descentralizada. Pelo Projeto, que foi aprovado na Câmara e no Senado, por unanimidade, no final de novembro, médicos formados no exterior que quiserem revalidar o diploma no Brasil passarão por uma prova teórica aplicada pelo MEC e um exame de habilidades clínicas, que poderá ser aplicado por universidades públicas e privadas bem avaliadas.
Reação
O deputado acreano já informou ao próprio presidente Bolsonaro, em solenidade ocorrida na quarta-feira, 18, em Brasília, que os parlamentares já estão mobilizados para derrubar o veto no retorno dos trabalhos em fevereiro. Os deputados e senadores que integram a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Médicos Brasileiros e da Revalidação (FMBR), já estão a par da manobra de Mandetta.
Derrubada do veto
“A aprovação do nosso projeto cria o marco regulatório do Revalida no Brasil. Foi construído em várias mãos com apoio maciço na Câmara e no Senado, em um debate intenso ao longo dos últimos cinco anos. E não podemos admitir que o Conselho Federal de Medicina, junto com o ministro Mandetta, que agiu de maneira covarde e sorrateira, derrubem um projeto construído e aprovado nas duas casas por unanimidade em menos de 24 horas”, pontuou o deputado.
Rebeldia
Finalizando, o deputado acreano expressou resistência ao ato presidencial: “não tenham dúvida, assim que retomemos os trabalhos nas duas casas, em fevereiro, iremos derrubar o veto, pois os mais de 80 mil estudantes brasileiros formados no exterior não podem continuar sendo prejudicados por esse lobby do CFM que tem o apoio do ministro da Saúde”, disse Alan.
Tá esperando o que?
O jornalista carioca Fernando Brito, do blog ‘O Tijolaço’, repercute a história da gravação da conversas entre dois integrantes de milícia no Rio de Janeiro citando o presidente da República. Entende que o Ministério Público Federal tem, agora, indício mais que suficiente para abrr uma apuração sobre o fato, independente de não haver federalização do caso Mariele Franco.
Defesa prévia
No entendimento do jornalista, Jair Bolsonaro, com a própria boca, disse hoje (19/12), na saída do Palácio da Alvorada, que a Abin teria descoberto uma gravação e – aí sem detalhes – que ela teria sido “armada”: -’ Vocês sabem do caso do Witzel comigo. Vocês sabem do caso do Witzel. Foi amplamente divulgado, a inteligência levantou, já foi gravada a conversa de dois marginais citando meu nome, para dizer que eu sou miliciano. Armaram’, antecipou-se na defesa.
Réu confesso
O jornalista relembra que, no caso do porteiro, apenas a veiculação de uma notícia pela mídia justificou que a PGR abrisse um inquérito com base na Lei de Segurança Nacional, muito mais agora, quando quem dá a informação é o próprio presidente da República e apontando claramente a origem da informação.
A chapa está esquentando
No dizer de Fernando Brito, ‘não há razão para sigilo, uma vez que é a suposta vítima quem está tornando pública a história e foi um órgão público diretamente subordinado a ele quem produziu a informação.O procurador geral da República, Augusto Aras, tem o dever de agir diante da notícia pública de um crime’.
Sobrou para os índios
Depois da revelação de que seu filho, o senador carioca Flávio Bolsonaro, empregou parentes como funcionários-fantasma na Alerj e desviou salários para o esquema da rachadinha comandado por Fabrício Queiroz, Jair Bolsonaro disse hoje (19/12) que este é um “problema pequeno”. Pouco depois ele tentou mudar de assunto ao defender a ocupação de terras indígenas por pecuaristas para baixar o preço da carne.
Guerra em campo aberto
Ainda sobre o esquema de rachadinhas que envolve o senador Flávio Bolsonaro, a TV Globo, em reportagens devastadoras que somaram quase 10 minutos de duração, na manhã desta quinta-feira (19), o Bom Dia Brasil apresentou detalhes do inquérito sigiloso do Ministério Público do Rio de Janeiro e detalhou o que qualificou como “esquema de corrupção” comandado pelo senador Flávio Bolsonaro, apontado como “líder da organização criminosa”.
Cartão de visitas
“A TV Globo teve acesso ao pedido de medida cautelar de busca e apreensão e quebras dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de 33 pessoas físicas e jurídicas, todos assessores do senador Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro. No documento, o Ministério Público detalha o suposto esquema de corrupção”, disse logo no início da matéria o apresentador Chico Pinheiro.
Documentação probatória
Mostrando recortes do inquérito, a reportagem afirmou que “os elementos de provas dos autos permitem vislumbram a existência de uma organização criminosa com alto grau de permanência e estabilidade, formada desde o ano de 2007 por dezenas de servidores da Alerj”, sendo Flávio o “líder da organização criminosa”.
Conversas indiscretas
Na segunda reportagem, o Bom Dia Brasil destacou a relação de Flávio Bolsonaro com os milicianos, apresentando conversas de Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega com o ex-marido, Adriano. As conversas comprovam que Danielle sabia da origem ilegal do dinheiro e que era funcionária fantasma, empregada no gabinete de Flávio por indicação do miliciano.
Alerta total
Em uma reprodução de conversa de Whatsapp, a reportagem indicou a preocupação de Queiroz com a ex-mulher do miliciano, devido à proximidade das eleições de 2018. “Estão fazendo um pente fino nos funcionários e família deles”, disse o ex-assessor de Flávio sobre a exoneração de pessoas que atuavam como funcionários fantasmas nos gabinetes do clã Bolsonaro.
Lavanderia
A reportagem revelou ainda que Flávio e a esposa, Fernanda Antunes Figueira usaram o “sócio” Alexandre Santini como “laranja” na loja de chocolates finos Kopenhagen para lavar dinheiro do esquema de corrupção.