Um perfil técnico e de escolhas pessoais do governador Gladson Cameli. Assim pode se definir a primeira lista oficial do novo secretariado da gestão do Estado do Acre para o quadriênio 2023-2026, divulgada nesta terça-feira, 27. Gladson divulgou a primeira lista oficial do novo secretariado da gestão para o quadriênio 2023-2026. Ao todo, 17 nomes foram anunciados neste primeiro momento.
Continuidade
Permanecem os secretários da Casa Civil, Jonathan Donadoni; de Governo, Alysson Bestene; de Comunicação, Nayara Lessa; de Educação, Cultura e Esporte, Aberson Carvalho; e o secretário de Justiça e Segurança Pública, coronel Paulo Cézar do Santos.
Segurança
Não haverá mudanças ainda na liderança das forças de Segurança Pública. O coronel Luciano Dias continua comandando a Polícia Miliar; o coronel Charles Santos, o Corpo de Bombeiros; e o delegado Henrique Maciel permanece na Direção-Geral de Polícia Civil. Outro nome mantido é o do coronel Augusto Negreiros, chefe do Gabinete Militar.
Divisão e mudança
A Secretaria de Planejamento e Gestão foi desmembrada. No Planejamento permanece o atual secretário, Ricardo Brandão. Já a nova Secretaria de Administração será gerida por Paulo Roberto Correia, atual secretário de Administração e Gestão da Prefeitura de Cruzeiro do Sul.
Desenvolvimento
Outro nome confirmado pelo governador foi o do ex-chefe da Casa Civil, Rômulo Grandidier, que volta a assumir a Secretaria de Fazenda. A nova Secretaria de Estado de Indústria, da Ciência, do Comércio, do Empreendedorismo e do Turismo ficará com o Assurbanipal Mesquita, que atualmente ocupa o cargo de secretário de Indústria e Tecnologia.
Infraestrutura
Nas autarquias, Petronio Antunes permanecerá no Deracre, assim como Taynara Martins no Detran, e José Francisco Thum no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), enquanto a empresária Gabriela Câmara assumirá o Instituto de Terras do Acre (Iteracre).
Critérios
“Como eu tenho dito, a palavra para 2023 é união. Essa primeira lista de secretários, agora confirmada oficialmente por mim, segue esse princípio de unidade. É uma equipe que tem trabalhado muito e com excelentes resultados. Não posso mexer num time que está ganhando. Os novos nomes também são frutos desse mesmo princípio de unidade e de colocar as pessoas em primeiro lugar. Assim, seguimos com nossa visão de futuro, governando para todos, priorizando o desenvolvimento regional”, disse Gladson Cameli, que anuncia até a próxima sexta, 30, o nome dos demais secretários de sua segunda gestão.
Entrando no time
Lula e Simone Tebet acabam de acertar os ponteiros. A senadora do MDB aceitou convite para ser ministra do Planejamento no futuro governo, com a inclusão do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) na pasta.
Contradança
O acordo finalmente foi selado após idas e vindas. No início, Simone Tebet pleiteou o comando do Ministério do Desenvolvimento, que, contudo, foi entregue por Lula ao petista Wellington Dias.
Convencimento
Depois disso, o Ministério do Planejamento passou a ser a pasta mais provável para Tebet, mas ela resistiu a aceitar o convite. Avaliava que o ministério tinha “pouca ação política”. A emedebista chegou a flertar com o Meio Ambiente, mas Marina Silva bateu o pé e ficou com o comando da pasta. Com a transferência do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) para o Planejamento, definida hoje, o ministério se tornou mais atrativo para Tebet.
Agentes de desenvolvimento
Já o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, que chegaram a fazer parte das discussões, permanecerão sob o guarda-chuva do Ministério da Fazenda, que será chefiado por Fernando Haddad.
Nó górdio
O jornal O Estado de são Paulo, edição de hoje, 27/12, destaca na “Coluna do Estadão”, seção política do periódico, que membros do União Brasil no Senado resistem a indicar um nome para compor o governo Lula, como tem sido negociado pela cúpula da legenda.
Opções
Dos nove senadores da sigla, sete são independentes ou de oposição. Esses parlamentares defendem que Davi Alcolumbre (AP) escolha um nome fora da bancada para integrar um ministério, o que excluiria o próprio senador ou a deputada Professora Dorinha Seabra (TO).
Perdas e danos
A estratégia de ter um ministro sem o carimbo do União serviria para segurar nomes como Sergio Moro (PR) e Alan Rick (AC). O comando da legenda, no entanto, sinalizou que pode repassar a segunda indicação para a Câmara, que já deve ter o deputado Elmar Nascimento (BA) na Integração. Ele é visto também como parte da cota de Arthur Lira (PP-AL).
Rumo
A bancada do União no Senado ainda não se reuniu para debater o tema após a eleição. “O partido está como cachorro caído da mudança, não sabe para qual lado vai. É surreal, não tem diálogo, não tem conversa. Ficou desarrumado”, disse o senador Jayme Campos (MT), que se apresenta como independente.
Preocupação
Entidades e governos estrangeiros estão preocupados com a posse de Lula (PT), no dia 1º de janeiro de 2023, que deve contar com mais de 50 delegações de alto nível do exterior. Segundo apurado pela imprensa nacional, o principal motivo de alerta é o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus aliados diante das ameaças contra a cerimônia e indícios de possíveis atentados da extrema direita.
Perigo iminente
Restou apurado que as notícias sobre a prisão de suspeitos por planejarem ataques, assim como a organização de manifestações violentas, estão sendo acompanhadas de perto por organismos estrangeiros.
Pauta emergencial
Alguns representantes estrangeiros sediados no Brasil, ainda sob a condição de anonimato, indicaram que estudam emitir alertas internacionais às autoridades nacionais, com o objetivo de cobrar garantias de que golpistas sejam processados e que a posse de Lula possa ocorrer. Entre embaixadas estrangeiras em Brasília, o Natal foi em parte interrompido para que os postos enviassem às capitais pelo mundo alertas sobre a prisão de George Washington Souza, 54, suspeito de atos terroristas.
Vigilância constante
A blindagem ainda não terminou e, de acordo com fontes estrangeiras, a presença de um número inédito de líderes na posse de Lula faz parte de uma ofensiva para garantir que a extrema direita não seja capaz de reverter um resultado legítimo das urnas.
Inspiração
A ausência de Bolsonaro na transferência da faixa presidencial não seria exatamente uma surpresa. Segundo o ex-ministro e embaixador Rubens Ricupero, a comunidade internacional já “precificou” essa decisão do atual presidente de não participar da posse e repetir o comportamento de Donald Trump, nos EUA.
Autoridades estrangeiras
Mas isso não significa o fim dos problemas. Segundo membros da equipe que prepara a transferência de poder, há uma decisão deliberada por uma intensificação do aparato de inteligência, antes do dia 1º de janeiro. Um esquema de segurança está sendo montado para receber cerca de 30 lideranças internacionais e mais 20 delegações de alto nível, de acordo com fontes no Itamaraty. É o maior contingente de personalidades estrangeiras, chefes de Estado, de governo, monarcas e ministros em uma posse na democracia no Brasil.