A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) criticou a decisão do governo federal de convocar sete mil militares da reserva para trabalharem no INSS na redução da fila dos pedidos de benefícios.
Olhos e bugalhos
Para Perpétua, Bolsonaro não entende o papel das Forças Armadas e quer transformar os militares na panacéia do Brasil.
Solução
Ela propõe que sejam chamados servidores aposentados ou que seja realizado um concurso emergencial para o INSS, com tempo determinado de trabalho, o que é perfeitamente legal.
Papo reto
Em mensagem nas redes sociais, Perpétua foi sucinta: “Bolsonaro demonstra não entender mesmo o papel das Forças Armadas, que viraram o “Posto Ipiranga” do seu governo. Por que não chamar servidores aposentados do INSS? Por que não um concurso provisório para atender a juventude que concluiu a faculdade e continua desempregada?”
Fachada
O chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Fabio Wajngarten, é sócio de um empresa e, por meio dela, recebe dinheiro de emissoras e de agências de publicidade contratadas pelo governo de Jair Bolsonaro.
Verba
A Secom é responsável por administrar a distribuição de verba para propagandas do governo federal. Em 2019, a Secretaria gastou R$ 197 milhões em campanhas.
Atuação
Fabio é sócio da FW Comunicação e Marketing; ele tem 95% das cotas da empresa. A FW oferece serviço de controle de concorrência e checking e também faz estudos de mídia
Atravessador
De acordo com o jornal Folha de São Paulo edição de hoje (15/01), a empresa de Fabio Wajngarten “tem contratos com ao menos cinco empresas que recebem do governo, entre elas a Band e a Record”.
Reação intempestiva
Em decorrência da denúncia do Jornal Folha de São Paulo, na manhã de hoje o presidente Jair Bolsonaro voltou a encerrar uma entrevista coletiva ao ser questionado sobre esse assunto comprometedor. Repórteres perguntaram ao presidente sobre as denúncias trazidas pelo jornal paulista e obtiveram reação negativa do presidente:“Está encerrada essa coletiva”, disse Bolsonaro logo após ser questionado sobre Wajngarten.
Negativa
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, negou que Fernando Haddad é opção do partido para disputar a prefeitura de São Paulo.
Avaliação
“Haddad avalia que não deve ser, o partido também, principalmente em São Paulo, considera isso. Haddad cumpre hoje uma função mais nacional, de debate nacional, acompanhamento do presidente Lula”, disse em entrevista ao site Congresso em Foco.
Consenso
A deputada também disse que o ideal é que sejam evitadas as prévias internas para escolher o candidato petista na cidade.
Candidatos
A escolha interna está marcada para o dia 15 de março e já demonstraram intenção de concorrer os deputados Paulo Teixeira, Carlos Zarattini, Alexandre Padilha, o vereador Eduardo Suplicy e o ex-secretário estadual Jilmar Tatoo.
Escolha sem traumas
“Queremos evitar as prévias, tentar conversar internamente a possibilidade de uma unidade do partido nesse sentido para que a gente possa ter uma candidatura fortalecida e vamos buscar outros partidos para conversar”, afirmou a presidente do PT.
Lula candidato em 2022
A candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva a presidente em 2022 é algo desejado pela presidente nacional da sigla. “Obviamente se Lula tiver seus direitos políticos resgatados há uma vontade do PT muito grande de ser um candidato, isso vai depender dele também, da sua disposição, vontade, mas para nós seria a candidatura ideal para 2022”, disse a paranaense.
Empecilhos
Hoje, o político que foi presidente de 2003 a 2011, não pode ser candidato a cargos eletivos por conta da lei da Ficha Limpa, que impede condenados de participarem das eleições.
Impedimento legal
Lula foi condenado em fevereiro de 2018 pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por conta de um apartamento que teria recebido da empreiteira OAS como forma de propina. O petista ficou preso de abril de 2018 até novembro de 2019.
Foco
Após a anulação pelo Supremo Tribunal Federal da possibilidade de prisão em segunda instância, Lula aguarda a pena em liberdade, mas a condenação ainda está mantida, o que impede ele de concorrer. “Entendemos que a democracia no Brasil, com essa restrição ao Lula, ela é atacada, não está completa, então nossa luta é para isso [anular a sentença]”, falou Gleisi.
Lacunas
O PT ainda não definiu o cargos da nova executiva nacional. Com exceção da presidência, ocupada por Gleisi Hoffmann para um mandato de mais dois anos, todos os outros cargos não foram definidos em novembro passado.
Engenharia
“Fizemos em novembro [escolha para presidente] e logo começou o período de recesso, as conversas com as forças, e nós definimos que iríamos construir toda a direção quando fizéssemos a reunião de posse do diretório, agora no dia 17, em São Paulo”, declarou Gleisi.
Capilaridade
Políticos do PT do Nordeste reivindicam mais espaços na executiva nacional do partido. Petistas da região se articulam para ocupar a tesouraria ou a secretaria de organizações da legenda . No dia 17 também serão escolhidos cinco vice-presidentes , oito secretários e nove vogais. Gleisi Hoffmann é deputada federal pelo Paraná e preside o PT desde 2017. Já foi ministra da Casa Civil e senadora.