A Prefeitura de Rio Branco anunciou, em coletiva à imprensa, na manhã de ontem, segunda-feira, 2, a complementação do sistema do transporte coletivo da capital. Na sexta-feira, 29, foi assinado o segundo contrato emergencial, onde a empresa Rico, que já opera em 64% das linhas de ônibus em Rio Branco passará a ser a responsável, também, a partir de agora, por mais 12 linhas.
Contentamento
O prefeito Tião Bocalom está satisfeito com a grande melhora no sistema de transporte coletivo da capital. “A Rico, a partir de ontem, já assumiu o restante do sistema – no caso, os 37% restantes do sistema -, e espero que com esses 100% a gente possa melhorar bem o trabalho. A gente já sabe que os 67% que eles assumiram, está indo muito bem. As pessoas estão felizes, porque os ônibus estão andando no horário correto, os ônibus estão limpinhos, não ficam quebrando pelo meio das linhas. Nenhuma linha falhou nestes 45 dias que eles estão operando e nós estamos felizes com isso”, afirmou.
Fatura liquidada
Em conversas com membros do Supremo Tribunal Federal (STF), integrantes do governo e do clã Bolsonaro comunicaram aos magistrados que veem como pacificada a questão da inelegibilidade do deputado federal Daniel Silveira. Quando o tema foi colocado por ministros da corte em conversas sobre a crise entre os poderes, interlocutores do presidente afirmaram que já trabalham com o cenário de que o indulto concedido a Daniel Silveira se limita à pena de oito anos e nove meses de prisão decretada pelo STF.
Bagaço da laranja
O recado dado é que Bolsonaro não pretende brigar sobre essa questão. A avaliação feita por aliados do presidente junto a ministros é que esse tema está pacificado junto ao Executivo e que, se houver qualquer tentativa de rever a inelegibilidade de Silveira, isso aconteceria no âmbito do Congresso. Integrantes do governo, no entanto, não veem no Legislativo muita disposição para defender a candidatura de Silveira nas eleições de outubro. Aliados de Bolsonaro têm insistido com o presidente que ele “ já faturou” o que podia com esse episódio e que é momento de seguir em frente.
Boas novas
Pesquisas internas feitas pelo PT animaram a diretoria do partido. Isto porque os relatórios mostraram crescimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em estados em que as disputas com Jair Bolsonaro estavam muito acirradas.
Termômetro
De acordo com a reportagem da Reuters, o aumento significativo de popularidade do petista ocorreu no Rio Grande do Sul e São Paulo. Os dados foram mostrados para Lula, Geraldo Alckmin, que é vice da sua chapa, e para a cúpula petista em uma reunião que ocorreu nesta segunda-feira (2), em São Paulo. “O cenário melhorou sim, está bom para nós”, declarou uma fonte, que deixou claro que não tem nada ganho.
Ventos
A maior comemoração foi em torno do Rio Grande do Sul. Em 2018, Jair Bolsonaro ganhou no estado e, até recentemente, a briga entre os dois presidenciáveis era muito apertada. Só que o petista continua perdendo em Santa Catarina e em todos os estados do Centro-Oeste. Todas as pesquisas são internadas e não foram registradas, por isso os números não podem ser divulgados.
Lula vai ao Sul
Com os números nas mãos, Lula e seus aliados planejam as viagens e eventos que farão ao longo das próximas semanas. Eles pretendem passar por todos os estados, independentemente de como estiver a situação.
Estratégia
Na semana do dia 23, por exemplo, o ex-presidente estará no Rio Grande do Sul e também em Santa Catarina. “Tem uma determinação do presidente, nós não vamos apenas a onde estamos ganhando, não tem sentido?”, declarou uma pessoa próxima ao petista.
Tendência
Se o MDB declinar da decisão de ter uma candidatura própria ao Palácio do Planalto, a ala que defende o apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) seria amplamente majoritária na convenção nacional do partido. Esta foi uma constatação feita pela direção emedebista após um levantamento recente com base nos delegados eleitos pelos diretórios estaduais, nas bancadas e nos prefeitos do partido. O resultado mostra que, embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantenha forte interlocução com caciques do MDB no Nordeste, o bolsonarismo é mais forte na correlação de forças interna.
Remédio
A pesquisa se tornou uma arma na estratégia da cúpula emedebista para tentar consolidar a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS). A direção do partido, presidido pelo deputado Baleia Rossi (SP), enfrenta resistências internas para manter a candidatura própria. O argumento é que somente com um nome na disputa presidencial a sigla conseguirá manter a coesão e formar uma bancada forte no Congresso a partir de 2023.
Sentimento
Apesar dos baixos índices de intenção de voto nas pesquisas, Simone Tebet é vista por articuladores de uma candidatura unificada no centro político como o nome mais viável no momento. Pesa a seu favor o fato de ser mulher em uma eleição na qual o segmento feminino costuma concentrar parcela maior de indecisos. No caso do MDB, Tebet é vista como trincheira à força gravitacional da polarização Lula-Bolsonaro. O antipetismo, contudo, tem força nas bases mais organizadas da legenda.
Cenário
MDB, União Brasil, PSDB e Cidadania anunciaram acordo para lançar um candidato único à Presidência no dia 18 próximo. O União Brasil, no entanto, recuou do acerto e promete manter voo solo com seu presidente nacional, deputado Luciano Bivar (PE). Já no PSDB, boa parte da legenda rejeita um projeto presidencial próprio e vive uma queda de braço com o pré-candidato tucano, João Doria. No caso do MDB, Tebet é vista como trincheira à força gravitacional da polarização Lula-Bolsonaro.
Fato novo
Representante de Jair Bolsonaro na eleição para governador em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem feito sinais que agradam à centro-direita não bolsonarista e minam possíveis apoios futuros que poderiam fluir a Rodrigo Garcia (PSDB). Numa aproximação com quadros do PSD, ele nomeou Guilherme Afif Domingos, um dos fundadores do partido, como coordenador de seu plano de governo e, nos bastidores, escalou o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) para articulações políticas.
Perfil
No Partido Novo, o fato de Tarcísio ter evitado a manifestação do 1.º de maio e se mostrar mais moderado que Bolsonaro foi bem recebido, o que abre chance para uma aproximação. Tanto o PSD quanto o Novo têm hoje candidatos: Felício Ramuth e Vinicius Poit. Ambos, porém, não pontuam 2%. Já Tarcísio vem indicando crescimento nas pesquisas, e seus aliados preveem que ele passe o segundo colocado, Márcio França (PSB), neste mês. Fernando Haddad (PT) lidera as intenções de voto.