O governador do Acre, Gladson Cameli declarou situação de emergência no estado. Fatores a serem considerados são o crescente aumento no número de casos de Covid-19; o surto de dengue; a crise migratória na fronteira Brasil-Peru e a cheia dos principais rios acreanos. A medida possibilitará mais rapidez ao Estado na tomada de decisões, no que concerne a aquisição de equipamentos e insumos, contratação de pessoal, entre outras importantes ações.
Registro
A saúde pública atravessa o período mais crítico da história do Acre. Com a pandemia do coronavírus, mais de 53,5 mil pessoas testaram positivo para a doença. Até esta terça-feira, 16, 932 óbitos tinham sido registrados no estado.
Apagão
Com o aumento no número de internações, a rede pública hospitalar corre o risco de entrar em colapso, mesmo com os inúmeros investimentos realizados pelo governo estadual na construção de dois hospitais de campanha em tempo recorde, abertura de centenas de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), semi-intensivos, e contratação de mais profissionais.
Além da queda, o coice!
Outro agravante na área da saúde é o surto de dengue. Atualmente, 80% dos atendimentos realizados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Branco são relacionados a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Somente na capital, são 8,6 mil casos suspeitos. Deste total, 1,5 mil foram confirmados.
Números
A cheia do Rio Acre já prejudica ao menos 13,7 mil pessoas em Rio Branco (AC). Cerca de 200 pessoas tiveram que ser levadas para abrigos provisórios. O transbordamento do rio – o segundo registrado este mês – já atingiu pelo menos 2,9 mil residências de 24 bairros da capital, agravando a crise sanitária decorrente da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e o surto de dengue que a cidade já vinha enfrentando.
Rio Branco
Ontem (16) à noite, o prefeito Tião Bocalom também decretou situação de emergência. O decreto permite ao Poder Público agilizar a aquisição de produtos e serviços necessários ao atendimento às populações afetadas, permitindo à prefeitura contratar serviços temporários e efetuar compras consideradas essenciais sem precisar de licitação.
Flexibilização
Além disso, o reconhecimento da gravidade da situação possibilita aos gestores municipais pedir recursos emergenciais aos governos estaduais e federal para ações de assistência e de restabelecimento e manutenção de serviços essenciais.
Cenário
Até a noite desta terça-feira, ao menos 24 bairros de Rio Branco já tinham sido afetados pela cheia do rio. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Cláudio Falcão, ao menos 2.740 residências foram atingidas. “É uma situação grave que justifica a decretação de situação de emergência pela inundação do Rio Acre”.
Apoio
A prefeitura montou “módulos habitacionais” provisórios dentro do Parque de Exposições Wildy Viana, onde algumas famílias desabrigadas começaram a ser instaladas ontem à tarde.
Níveis
Conforme o Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Acre, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), no fim da tarde de ontem o nível do Rio Acre atingiu, às 18h, 1,74 metros acima da cota de transbordamento do curso d´água, que é de 14 metros - o alerta de risco de transbordamento é disparado quando a água chega a 13,50 metros.
Mudança de tom
O deputado José Bestene (PP), subiu o tom contra o governo Gladson Cameli e em pronunciamento da sessão on line de terça feira, 16, tomou posição crítica em relação a administração estadual: “temos que ver esse cartão que tem sido badalado. Que alguém disse que tem negociata. Não compactuo com negociata. Temos que ir a fundo, temos que passar esse estado a limpo daqui para frente”. O deputado referiu-se à empresa que gere os empréstimos consignados dos servidores públicos.
Limpa
O governador Gladson Cameli promoveu uma limpa nas indicações do deputado Neném Almeida no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF). As exonerações saíram no Diário Oficial desta quarta feira, 17. 43 cargos comissionados foram exonerados. Os demitidos ocupavam CEC ‘s que variam de 1 a 5 e até um chefe de departamento foi demitido.
Nova ordem
Descontente com a perda de espaço, o deputado já ensaiou na sessão de ontem uma mudança de atitude. De um crítico a favor, já começou a enxergar defeitos no governo. “Vejo muita gente falando, tirando foto, mas as pessoas não estão sendo atendidas”, disse, numa alusão ao desempenho dos agentes do estado em relação a pandemia do covid-19 e das enchentes que infelicitam várias cidades do estado.
Mais do mesmo
Um novo pacote de mensagens da Lava Jato foi enviado pela defesa do ex-presidente Lula numa petição ao STF nesta quarta-feira (17) e comprova que a cooperação ilegal entre a Lava Jato, o FBI, o Departamento de Justiça dos EUA e outros órgãos aconteceu de maneira intensa e permanente, atitude ilegal, posto que a legislação brasileira coíbe esse tipo de cooperação sem a anuência dos órgãos que tratam de ações multinacionais.
Negativa
A operação foi escondida do STF e da defesa de Lula e por reiteradas vezes a denominada o Lava Jato negou a existência de registros de tratativas realizadas pelo MPF de Curitiba com autoridades e instituições estrangeiras, já que o acordo de leniência celebrado pelo MPF não é ato decorrente ou dependente de cooperação internacional.
Tá explicado!
Num trecho da petição, a defesa de Lula esclarece a razão de Moro vetar perguntas dos advogados nas audiências. O motivo é chocante: “(...) quantas vezes a Defesa Técnica do aqui Reclamante fez perguntas em audiências sobre essas ‘entrevistas’ e sobre a cooperação da ‘Lava Jato’ com autoridades norte-americanas e as perguntas foram indeferidas pelo então juiz SERGIO MORO? Aqui está o real motivo: a cooperação era ilegal e clandestina”.
Aquiescência
O conjunto de mensagens caracteriza, segundo a defesa de Lula, uma “cooperação selvagem, fora da lei”, dos procuradores da Lava Jato “com a ciência e a anuência do então juiz Sérgio Moro”.
Óleo de peroba
Em explicações ao STF e órgãos de controle do Ministério Público e do Judiciário, a Lava Jato mentiu de maneira sistemática, negando a existência de relações de ações comuns com autoridades estrangeiras, como nesta peça, de 2016, citada pela defesa de Lula.