O Serviço de Nefrologia Da Fundhacre vem recebendo elogios dos pacientes que utilizam os préstimos da unidade para sessões de hemodiálise. A infraestrutura da unidade foi modernizada, novos equipamentos adquiridos e a intervenção resultou na substancial melhoria do atendimento.
Adequação
Com a obra de reforma e adequação da unidade, entregue em dezembro do ano passado, o setor está instalado em um prédio estruturado, com equipamentos novos e modernos, e dispõe de um corpo técnico de profissionais preparados para oferecer um serviço de qualidade.
Números
Segundo dados da direção do hospital, apenas em janeiro foram realizados mais de 5.500 atendimentos na unidade, dos quais mais de 700 foram de hemodiálise, procedimento que substitui a função renal.
Capacidade de atendimento
De acordo com a coordenadora do Serviço de Nefrologia, Eliane Pinheiro, a unidade tem capacidade para atender 99 pacientes, por dia. “Hoje, cerca de 66 pessoas realizam o tratamento de hemodiálise no local. O setor conta também com atendimentos na área de psicologia, serviço social, enfermagem, nutrição, fisioterapia, serviço de farmácia e sala de acolhimento para familiares, além das visitas domiciliares”, afirma.
Suporte
Para atender toda a demanda de atendimento nefrológico do Acre, o Estado também possui convênio com clínicas particulares de Rio Branco, Brasileia e Cruzeiro do Sul. Atualmente, a unidade conta com 34 cadeiras para as sessões de diálise, sendo 28 na Ala Branca, destinada a pacientes sem infecções ou doenças, e seis na Ala Amarela, destinada a portadores de hepatites ou outro tipo de infecção.
Emendas
Na reestruturação da unidade, foram investidos mais de R$ 1,5 milhão de recursos próprios da fazenda estadual e emendas parlamentares de Mara Rocha e Raimundo Angelim, de quando eram deputados federais, recursos que garantiram a conclusão da obra e a compra de novos equipamentos.
Olho na urna
Dois dos pré-candidatos à prefeitura de Rio Branco, Alysson Bestene (PP), secretário de Governo e pré-candidato à prefeitura, e Tião Bocalom (PL), atual prefeito de Rio Branco e pré-candidato à reeleição, foram à procissão do Cristo Morto na capital na Sexta-feira Santa, 29. Como estamos a viver um período pré-eleitoral, ambos estavam de olho nos votos dos fiéis.
Trajeto
Acompanhado do secretário de Cuidados com a Cidade, Joabe Lira, Bocalom caminhou todo o trajeto da procissão com uma vela na mão e reforçou a celebração da morte e ressurreição de Jesus. Por seu turno, ao lado da esposa Roberta, Alysson Bestene, também acompanhou o ato religioso e lembrou que a Semana Santa é um momento de reflexão.
Sexagenário
Costuma-se dizer que o Brasil é um país sem memória. Tomado pela posição passiva que adotou em relação ao golpe militar de 1964, que faz aniversário de 60 anos neste domingo, Lula gostaria que o brasileiro não tivesse nem mesmo curiosidade. “Faz parte da história”, disse ele. “Não vou ficar remoendo, vou tentar tocar esse país para frente”.
Condição
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), candidata do emedebe ao governo federal em 2022, disse que não vai se recusar a subir no palanque do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, seu correligionário, desde que seja chamada em “dias diferentes” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nunes é pré-candidato à reeleição na capital paulista.
Proximidade
“Até agora, o Ricardo Nunes não me deu ainda nenhum motivo para não apoiá-lo. Obviamente, nós vamos ver qual é a plataforma de governo dele, se ele vai continuar defendendo a democracia e os valores dos quais eu comungo”, disse ela em entrevista à CNN Brasil, divulgada na noite de sábado, 30/3. “Vejo no Ricardo Nunes uma pessoa democrática. Ele é um democrata, ele posicionamentos provavelmente diferentes em alguns aspectos que eu”, completou ela.
Tabuleiro
Nunes terá como adversários os deputados federais Guilherme Boulos (PSol) e Tabata Amaral (PSB). Boulos é o candidato apoiado pelo presidente Lula (PT), enquanto Tabata espera receber o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin, de seu partido. Tebet afirmou que se recusará a subir no palanque de bolsonaristas nas eleições municipais deste ano, ainda que o MDB indique candidatos a vice desses políticos.
Água e óleo
“O que eu me recuso é subir em um palanque de bolsonarista. Eu jamais vou estar num palanque onde o MDB lance vice, aí é outra história, de um candidato bolsonarista que tem pautas que representam um retrocesso na pauta de armamento, desmatamento ambiental, na pauta de costumes ou contra a democracia”, sustentou.
2026
Sobre as eleições presidenciais de 2026, a ministra afirmou esperar que o MDB esteja com Lula, que deverá buscar a reeleição. Ela defendeu que a democracia precisa de um projeto de poder. Tebet foi candidata à Presidência em 2022 e ficou em terceiro lugar, com 4,9 milhões de votos, o equivalente a 4,16%. No segundo turno, ela apoiou ativamente o candidato petista, em antagonismo a Bolsonaro.
Futuro
“Eu espero que meu partido esteja lá em 2026. O MDB esteja ao lado do governo Lula. Eu não tenho dúvida que as forças democráticas estarão ao lado de quem tiver potencial para não deixar a direita voltar”, salientou.
Abjeto
Em voto proferido hoje, domingo, 31, data que marca os 60 anos do golpe militar de 1964, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou o período como “abominável” e chamou a atenção para o fato de que, ainda hoje, na sua opinião, existem “ecos desse passado que teima em não passar”.
Julgamento
O voto de Dino foi dado no julgamento de uma ação que trata sobre os limites constitucionais da atuação das Forças Armadas e sua hierarquia em relação aos Poderes. A análise começou na última sexta-feira no plenário virtual do Supremo e deve durar até o próximo dia 8.
Aquiescência
No julgamento, Dino concorda com o posicionamento do relator, ministro Luiz Fux, para quem a Constituição não possibilita uma “intervenção militar constitucional” nem “encoraja” uma “ruptura democrática”. E faz apenas uma ressalva: determina que o resultado do julgamento seja encaminhado para o Ministério da Defesa.
Linguajar
Segundo Dino, é preciso que haja a difusão para todas as organizações militares, “inclusive Escolas de formação, aperfeiçoamento e similares”. “A notificação visa expungir desinformações que alcançaram alguns membros das Forças Armadas – com efeitos práticos escassos, mas merecedores de máxima atenção pelo elevado potencial deletério à Pátria”, diz o magistrado.
Anomalia
Na manifestação, o ministro faz uma dura crítica a juristas e profissionais do Direito que “emprestaram os seus conhecimentos para fornecer disfarce de legitimidade a horrendos atos de abuso de poder”. Ele também afirma que os “resquícios do passado” podem ser vistos na própria necessidade de o Supremo ter que se pronunciar sobre o tema, e reforça, assim como o relator, que não existe “poder militar” no Brasil.
Figura inexistente
“Com efeito, lembro que não existe, no nosso regime constitucional, um “poder militar”. O PODER é apenas civil, constituído por TRÊS ramos ungidos pela soberania popular, direta ou indiretamente. A tais poderes constitucionais, a função militar é subalterna, como aliás consta do artigo 142 da Carta Magna”, aponta Dino.
Apreciação
Além de Fux e Dino, também já votou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte. Ele seguiu o mesmo entendimento. A questão que está sendo julgada chegou ao Supremo por meio de uma ação apresentada pelo PDT em 2020. O partido questiona pontos da lei que regula o emprego das Forças Armadas e que tratam, por exemplo, da atribuição do presidente da República para decidir a respeito do pedido dos demais Poderes sobre o emprego das Forças Armadas.