A bancada federal acreana, sob o comando do senado Sérgio Petecão (PSD), prevê para o próximo ano um investimento de R$ 212 milhões em diversos setores da infraestrutura do Acre. O anúncio foi feito por Petecão no dia de ontem, 16.
Ferramenta
Segundo o senador peessedesista, o valor apresentado pela bancada constará na Lei Orçamentária Anual da União (LOA) - planilha do orçamento estatal com a estimativa de receitas e fixação de despesas executadas ao longo do ano -, que será aprovada pelo Congresso Nacional ainda neste ano de 2021.
Decisão
Composta por oito deputados e três senadores, a bancada federal acreana em reunião definiu as ações prioritárias de infraestrutura do estado. Com isso, o valor alocado pelos parlamentares para investimentos no Acre será direcionado para a construção de novas obras, aquisição de equipamentos, educação superior e na retomada de obras inacabadas, como creches e escolas.
Prioridade
Elencada como uma das prioridades, a bancada destinou R$ 12 milhões para a construção da ponte no município de Rodrigues Alves. Além disso, está previsto R$ 8 milhões para a execução da obra do aeródromo de Santa Rosa do Purus, que será reformada pelo Exército Brasileiro.
Execução obrigatória
Cabe ressaltar que os R$ 212 milhões apresentados pela bancada são categorizados como Emendas Impositivas, o que significa que o governo federal tem a obrigação de executar o valor no próximo ano.
Adendos
Além disso, a bancada destinou mais R$ 200 milhões referente a Emendas Não Impositivas, do qual o recurso pode sofrer cortes e adequação durante a análise na LOA no Congresso. Ainda sobre a Emenda Não Impositiva, a bancada do Acre informa que tem pleno conhecimento de que o valor pode não ser executado da forma como o planejado. Mas, asseguram que esse valor pode ser negociado junto à Comissão de Orçamento para a aprovação de valores adicionais às emendas.
Ação imprescindível
O senador Sérgio Petecão defendeu que as emendas são essenciais para o Acre. Segundo ele, a bancada federal em Brasília é unida e consegue realizar conquistas em razão da mobilização de todos os parlamentares, que não medem esforços para levarem o maior número de investimentos para todo o Acre.
Mudanças
A equipe do governo do Acre sofre mais uma mudança no 1º escalão a partir de hoje. No Diário Oficial desta quarta-feira, 17, o governador Gladson Cameli oficializou a posse de Rômulo Grandidier, até então secretário da Fazenda, para o comando da Casa Civil, em substituição a Flávio Silva que foi realocado na Segov, secretaria especial que trata de assuntos governamentais, onde exercia o cargo de diretor até ser deslocado para a Casa Civil.
Carreira
Natural de Cruzeiro do Sul, e formado em Ciências Contábeis pela Universidade da Amazônia, Rômulo Grandidier é pós-graduado em Auditoria Interna e Externa, Direito Tributário, Legislações & Contencioso Fiscal e em Auditoria Contábil e Gestão de Tributos. Grandidier era Secretário de Fazenda do estado desde agosto do ano passado.
A chave do cofre
Para o lugar de Grandidier na Fazenda Estadual, Gladson optou por José Amarísio Freitas de Souza que já fazia parte da equipe da Sefaz e era Secretário Adjunto do Tesouro Estadual.
Dança das cadeiras
O pacote de mudanças também trouxe novas deslocamentos: Elson Afonso Chaves D’Avila é o novo Secretário Adjunto do Tesouro Estadual; Eliziário Barboza Campos Filho assume a diretoria do Tesouro Estadual e Jeizimayra Ferreira Câmara foi nomeada como Chefe de Departamento na SEFAZ.
Batendo em retirada
A dissidência de nomes relevantes do tucanato após as prévias que escolherá o candidato do PSDB a presidente não deverá se restringir ao grupo de Geraldo Alckmin caso João Doria vença as prévias que ocorrem no próximo domingo. Aécio Neves, outro ex-candidato do partido à Presidência, deve deixar a sigla com um grupo de deputados se o governador de São Paulo vencer a disputa interna.
Mundo pequeno
Aliados do mineiro confirmaram que o movimento de saída é uma inevitabilidade. “Doria já manifestou várias vezes que gostaria de ver o Aécio fora do PSDB. Para buscar sua reeleição ele vai procurar outra sigla”, disse um interlocutor frequente do deputado, um dos principais articuladores da candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Novas companhias
Nesse caso, um destino possível para Aécio e seus seguidores é o PP de Arthur Lira, de quem o mineiro se aproximou muito, a quem deve sua escolha para comandar a Comissão de Relações Exteriores da Câmara e com quem contaria para montar uma plataforma segura à reeleição.
Estratégia
Consultado sobre os murmurinhos que circundam os bastidores, Aécio foi prudente para não colocar mais lenha na fogueira: “Nunca passou pela minha cabeça a hipótese de deixar o PSDB, partido a que pertenço há cerca de 30 anos. Prévias são instrumentos democráticos e devem servir para apontar caminhos e não para fechar portas. Devem ser instrumentos de inclusão e não de exclusão”, afirmou, sem, no entanto, negar peremptoriamente que vá seguir outro rumo caso a “inclusão” a que se refere não se concretize.
Ação diferenciada
Dirigentes tucanos e observadores das prévias descartam que o grupo de Leite adote a mesma postura, de deixar o PSDB, caso ele saia derrotado domingo. Argumentam que não condiz com o discurso público do gaúcho bancar o “dono da bola” e não aceitar o resultado das urnas.
Olho no futuro
Em caso de derrota, o que aliados de Leite ainda não reconhecem, pois avaliam que a disputa será apertada, o mais provável, dizem, seria o político de 36 anos concluir seu mandato, pois terá um ano de “entregas” depois de outros de sacrifício fiscal e medidas duras. Nesse caso, ele coordenaria a campanha do vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, à sua sucessão.
Mesma toada
Da mesma maneira, o grupo de Doria também descarta a hipótese de que ele próprio comande uma defecção no PSDB, para tentar se candidatar por outra sigla, caso saia derrotado domingo.
Fato
O que ficou acentuado nos últimos dias, no entanto, foi a dificuldade que haverá de construir um apoio do derrotado àquele que vencer a prévia. Os tucanos procuram enaltecer o caráter inédito de uma votação para a qual se inscreveram 40 mil votantes, e como isso diferenciaria o PSDB de partidos comandados com mão de ferro por caciques, mas os ataques cada vez mais ácidos entre as alas de Doria e Leite podem jogar por terra esse ganho institucional que uma prévia poderia trazer.