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Diligências

Com a confirmação de três casos do novo coronavírus, Covid-19, em Rio Branco, a prefeita Socorro Neri e o governador Gladson Cameli anunciaram no fim da manhã desta terça-feira, 17, medidas que serão trabalhadas em conjunto entre os poderes municipal e estadual com o objetivo de evitar a disseminação do contágio entre a população. A coletiva de imprensa contou ainda com a presença promotor Glaucio Oshiro, titular da Promotoria Especializada de Defesa da Saúde do Ministério Público do Acre (MPAC) e autoridades em saúde.

Ação necessária

Socorro Neri chamou a atenção para o fato de que passa-se da fase de prevenção para a fase de contenção da doença na capital. “Estamos trabalhando de forma alinhada com o governo do Estado, monitorando e acompanhando a situação, de modo que não estamos adotando medidas aleatórias, mas orientadas pelas equipes técnicas e essa é a hora de fazermos o que estamos fazendo. O poder público do Acre está alinhado também com o Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde [OMS] na adoção dessas medidas necessárias neste momento com o objetivo de evitar que o problema se torne maior”, disse a prefeita.

Monitoramento constante

Dentre as medidas, a prefeita informou que, em decisão dialogada com os representantes de instituições de ensino público e privado, as aulas da creche ao ensino superior estão suspensas por 15 dias. As medidas serão reavaliadas diariamente e o prazo pode ser estendido.

Ações do governo do estado

O governador Gladson Cameli também decretou medidas em âmbito estadual, dentre as quais a determinação da suspensão de eventos, shows e todas forma de aglomeração de pessoas tanto nos estabelecimentos públicos, quanto nos das iniciativa privada. “Não podemos brincar com isso. Vamos tomar essas medidas porque estamos falando de vidas. Então, academias, shopping, bares, restaurantes, vamos evitar”, acrescentou.

Radicalização

A prefeita Socorro Neri disse também que outras medidas, como restrição do funcionamento do transporte público e de tráfego de pessoas em espaços públicos que concentram muitas pessoas como o Terminal Urbano e o Calçadão da Benjamim Constante e parque públicos, poderão ser adotadas de acordo com o avançou ou não do ciclo epidemiológico.

Acompanhamento

“Formamos um comitê de enfrentamento ao coronavirus em Rio Branco para tomadas de decisões. Decisões essas que estão sendo avaliadas se terão continuidade ou não, se outras serão adotadas e quando serão adotadas”, explicou Neri.

Prudência

Apesar de preocupada com a situação, a prefeita Socorro Neri tranquilizou a população. “Não precisamos entrar em pânico e cada um deve fazer a sua parte tomando os cuidados recomendados e evitando locais que possam aglomerar pessoas. Que procurem as unidades de saúde quando realmente necessário para que possamos dar prioridade para esta situação”, destacou.

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Prevenção

Com base nas ações de propagação do coronavírus, o presidente da Assembleia Legislativa do Acre, deputado estadual Nicolau Júnior, anunciou nesta terça-feira, 17, as ações para diminuírem as possibilidades de contágios.

Racionalidade

“Está provado que o isolamento é a maneira correta de evitar a contaminação. Vamos convocar o secretário de saúde Alysson Bestene aqui na Aleac para mostrar as medidas adotadas pelo governo. Todos precisam ter o maior cuidado porque essa doença deve chegar no Acre,” afirmou.

Ação preventiva

Com um leve resfriado Nicolau Júnior afirmou que deverá fazer um teste para o coronavírus para dar o exemplo, mesmo sem ter tido febre e outros sintomas característicos do Covid-19.

No final foi decidido que as sessões serão suspensas durante o período de 15 dias. Só funcionará um plantão parlamentar para matérias de extrema urgência.

Perdulário

Suspeito de ter sido infectado pelo coronavírus, já que pelo menos 13 pessoas de sua comitiva que foi aos Estados Unidos estão com a doença confirmada, o presidente Jair Bolsonaro segue minimizando e tratando a pandemia global como algo menor do que de fato ela é.

Comparação infame

Em conversa com a imprensa no final da tarde desta terça-feira (17), no Palácio da Alvorada, o presidente chegou a comparar o coronavírus com uma gravidez. “É como uma gravidez, a criança uma hora vai nascer. O vírus uma hora ia chegar aqui”, disparou.

Mundo da lua

Na mesma conversa, Bolsonaro repetiu o que já havia falado pela manhã, também no sentido de fazer pouco caso com o problema. “Nós íamos passar por isso. O que está errado é a histeria, como se fosse o fim do mundo. Uma nação como o Brasil, por exemplo, só estará livre quando um certo número de pessoas for infectado e criar anticorpos”, afirmou.

Ação urgente

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou nesta terça-feira o fechamento de fronteiras e uma maior restrição à circulação de pessoas para o combate da epidemia do coronavírus no país.

Posição

“Eu acho que o governo já deveria ter fechado fronteiras, restringido voos internacionais e restringindo circulação de pessoas em Estados onde a projeção é maior, como Rio e São Paulo”, disse Maia em entrevista coletiva no Congresso.

Berço esplêndido

Para o deputado, o governo “já deveria ter criado um plano de contigência em Rio e São Paulo, para que a circulação ficasse restrita àqueles que têm de fazer abastecimento”.

Ação inevitável

Rebatendo argumento do presidente Jair Bolsonaro, de que medidas restritivas que vêm sendo adotadas por governadores de Estado causarão um “baque” na economia, Maia disse que isso é inevitável e não dá para imaginar que evitar essas medidas vá garantir crescimento econômico. “A economia será afetada de qualquer jeito. Você achar que manter a circulação vai garantir algum crescimento, do meu ponto de vista isso é errado”, disse Maia.

Culpa

O jornalista alemão Philipp Lichterbeck, corresponde no Rio de Janeiro para a Deutsche Welle, escreveu nesta terça-feira, 17, artigo onde afirma que se o coronavírus infectar milhares de brasileiros nas próximas semanas, o maior culpado já tem nome: Jair Bolsonaro.

Nome e sobrenome

“A covid-19 é a peste negra do Brasil. Se o novo coronavírus fizer com que milhares de brasileiros adoeçam nas próximas semanas e levar não apenas o sistema de saúde, mas também a sociedade brasileira à beira do caos, haverá para isso um principal culpado. O nome dele é Jair Bolsonaro, ele é chefe de Estado de 210 milhões de pessoas e disse que não se importa com o coronavírus. Ele age de forma criminosa. O Brasil é liderado por um psicopata, e o país faria bem em removê-lo o mais rápido possível. Razões para isso haveria muitas. Também não parece mais absurdo que os generais já estejam fartos do caos que o presidente está causando, enquanto uma pandemia ameaça o Brasil”, escreve Lichterbeck.

Requintes de maldade

“O problema não é apenas a maldade do presidente, que, por vaidade e cálculo político, coloca em risco a vida de centenas de pessoas e desrespeita acintosamente as recomendações da Organização Mundial da Saúde. É, antes, sua limitação cognitiva. A visão de mundo de Bolsonaro e de seus seguidores é, na sua primitividade, algo difícil de superar. Tudo o que é complexo demais para eles, descrevem como invenção da mídia e dos comunistas. Foi o que o bispo Edir Macedo, chefe da medieval IURD, acabou de dizer, literalmente, sobre o coronavírus”, acrecenta o correspondente da DW.