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Desobstrução

Desobstrução

A partir de uma operação da Polícia Militar do Estado do Acre (PMAC), com o apoio da Força Nacional, f em cumprimento a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a desocupação de acampamentos de manifestantes em frente a quartéis em todo o país, o acampamento armado por manifestantes golpistas em frente ao 4º BIS, no bairro do Bosque, em Rio Branco, foi desmontado no dia de ontem, segunda-feira, 09.

Ação pacífica 

No cumprimento da determinação do Ministro Moraes, não houve confronto físico com os manifestantes. “A abordagem da polícia foi dentro do que prevê a legislação e procedimentos policiais, não havendo resistência ativa por parte das pessoas, que foram conduzidas até a Superintendência da Polícia Federal como determina a ordem judicial do STF”, ressaltou o Secretário Adjunto da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, coronel Evandro Bezerra.

Rito 

Os manifestantes presentes foram acomodados em um micro-ônibus da PMAC e levados para a Polícia Federal, onde ficariam à disposição das autoridades federais. Após a remoção, homens da Prefeitura de Rio Branco desmontaram as barracas.

Reprovação 

O ex-senador do Acre e novo presidente da Agência Nacional Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana (PT-AC), usou suas redes sociais para se manifestar contra os atos antidemocráticos de bolsonaristas contra o Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto, neste domingo, 8. “Bandidos, criminosos agindo em nome do falso moralismo. A Constituição Federal tipifica como crimes imprescritíveis. Punição exemplar para todos. Nunca foram patriotas. Democracia hoje e sempre”, disse Viana. 

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Crime e castigo

A Advocacia-Geral da União (AGU) pretende pedir o bloqueio de bens de empresas de diferentes estados suspeitas de financiar manifestantes golpistas que deixaram um rastro de destruição na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo. O número de alvos ainda não está fechado, porque os dados estão sendo rechecados. O governo tenta identificar os grupos privados que teriam bancado a ida e a estadia de terroristas na capital federal.

Bloqueio 

Em decisão na madrugada de ontem, segunda-feira, 09, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou “a apreensão e o bloqueio de todos os ônibus identificados pela Polícia Federal, que trouxeram os terroristas para o Distrito Federal”. 

Oitiva 

O magistrado ainda ordenou que os proprietários de 87 veículos prestem depoimentos em um prazo de até 48 horas e que apresentem “a relação e identificação de todos os passageiros, dos contratantes do transporte, inclusive apresentando contratos escritos caso existam, meios de pagamento e quaisquer outras informações pertinentes”.

Prospecção 

A Polícia Federal e o Ministério Público investigam desde novembro os responsáveis por financiar atos antidemocráticos em vários estados do país logo após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No acampamento em Brasília montado em frente ao quartel-general do Exército, por exemplo, bolsonaristas contavam com uma ampla estrutura, que incluía banheiro químicos e alimentação grátis. Foi de lá que o grupo partiu antes de invadir as sedes dos três Poderes no domingo. 

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Solidariedade 

A tentativa de insurreição promovida por bolsonaristas radicais que depredaram as sedes dos Três Poderes no último domingo, 08, provocou reação mundial de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Recém-empossado, o petista também conseguiu unir autoridades e lideranças de todo o país em torno da defesa da democracia. Na leitura de especialistas, Lula está saindo fortalecido do episódio, enquanto a oposição à direita está fragilizada e dividida.

O jogo do poder 

Para esses analistas do cenário político nacional, o presidente Lula ganhou musculatura política com o posicionamento adotado ante os atos antidemocráticos. Não só por ser o presidente, alvo do golpe que deu em nada, mas porque aproveitou a ocasião para reafirmar sua autoridade. Poderia ter bancado o apaziguador, concedendo em troca de vantagens futuras, mas não. Decretou intervenção no Distrito Federal, exigiu o desmonte imediato dos acampamentos à porta de quartéis e queixou-se da inação dos militares. A defesa da democracia uniu a maioria dos brasileiros, e ele se beneficiou disso.

Ladeira abaixo 

Na outra ponta a leitura é que o ex-presidente Jair Bolsonaro só perdeu com a barafunda. Armou os brasileiros para que nunca mais “fossem escravos de ninguém”. Afrontou a Justiça, desqualificou o processo eleitoral e incentivou o golpe caso fosse derrotado. Fugiu do país a menos de 48 horas do fim do seu mandato com medo de ser preso. Isolou-se, e agora está sendo isolado por parte da direita não extremista. Corre o risco de ser declarado inelegível.

Desventura 

Pela mesma régua, a análise é que os militares não ficaram bem na foto. Há 4 anos, realizaram o sonho de voltar ao poder pegando carona na candidatura de Bolsonaro. Em troca de cargos no governo, gordos holerites, Previdência Social para chamar de sua, Viagra a rodo e outras vantagens, venderam a alma ao execrável paraquedista que no passado envergonhou seus pares. Aprenderam a cantar: “Vence na vida quem diz sim”. Para completar sua desdita, mancharam a farda ao se tornarem gentis anfitriões de golpistas. 

Musculatura 

Fato é que com a destrambelhada ação dos golpistas, Lula conseguiu fazer do limão uma limonada. Agora, vejam bem o que vem ocorrendo desde domingo. Entidades patronais e de trabalhadores, sociais e do agronegócio, de todas as tendências e regiões, se uniram num grito uníssono, de solidariedade e defesa da democracia.

Vitamina 

Se não fossem os atos terroristas, Lula teria reunido 27 governadores de todos os Estados e do DF numa cerimônia de solidariedade e atravessado com eles a Praça dos Três Poderes, a pé, para homenagear um Supremo depredado e em choque? Teria se reunido com os presidentes dos demais Poderes, para repudiar a selvageria, reforçar a democracia, obter um compromisso inarredável com a paz e a civilidade política, inclusive com o presidente da Câmara, Arthur Lira? Apesar de ter votado com os interesses do governo Bolsonaro, Lira nunca ultrapassou uma linha, a da democracia. E reforça isso com Lula.

Efeito inverso

E, não fosse o domingo, Lula teria se reaproximado tão rápido das Forças Armadas? Em reunião com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, ele falou de sua indignação e irritação. Ouviu de volta a condenação aos atos, a defesa da democracia e a solidariedade aos Poderes – e a ele. Bolsonaro está isolado, há 1.500 presos e os financiadores estão na fila. Quem se deu bem? Lula, um homem de sorte até no azar. Segundo o vice Geraldo Alckmin, “é na adversidade que a democracia cresce mais”. Lula também..