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Jamaxi

Desfecho 

O que era dado como certo que iria acontecer no primeiro ano de governo, parece que na metade do segundo ano está a se concretizar: o confronto de interesses políticos entre o governador Gladson Cameli e o vice Wherles Rocha (PSDB). As eleições municipais que se aproximam estão a colocar os dois atores em pólos opostos, a começar por Rio Branco, a capital.   

Cenários 

Acerca do pleito na capital, Gladson tem reiterado seu compromisso com a candidatura à reeleição de Socorro Neri, fato tido como decisão tomada e que será levada até o fim. Por seu turno, Rocha segue firme com a candidatura de Minoro Kimpara, hospedada no PSDB e que conta com o apoio do PSL, partido recém submetido as ordens do vice governador. 

Pomo da discórdia 

O anúncio de que Gladson poderá se filiar ao PSDB e ditar comando na sigla social democrata, sob as bênçãos da executiva nacional, eriçou ainda mais o confronto de interesses políticos entre o governador e seu vice , vez que a leitura era que o governador poderia rifar a candidatura de Minoro Kimpara no ninho tucano. 

Desconforto 

A propósito, na quinta feira última Wherles Rocha foi à sua página no facebook e fez postagem onde fica explicito a divergência de caminhos com o governador: “Vivemos nos últimos dias um momento de muita turbulência que agora é página virada.  Acompanhei com tranqüilidade a tentativa de eliminar uma pré-candidatura que até agora lidera todas as pesquisas de intenção de voto”. 

Tensão 

Seguindo: “É verdade que muitos dos militantes e partidos ficaram apreensivos com a situação, principalmente com desinformação patrocinada por quem tinha interesse em eliminar um dos mais fortes concorrentes sem a necessidade de enfrentá-lo nas urnas”. Parêntesis da coluna: nas entrelinhas, leia-se Gladson Cameli. 

Experiência 

Adiante: “Vivi situação semelhante quando tentaram uma interferência direta na executiva do PSDB, situação essa que caiu por terra duas semanas após seu início. Por essa experiência, procurei acalmar os mais preocupados, mostrar que a situação estava sob controle e que a pré-candidatura do Professor Minoru Kimpara, que ajudamos a construir, estava mais sólida do que nunca. Mais ainda, confirmamos o terror que nossos adversários tem de enfrentá-lo nas urnas”.

Apoio

Fechando: “Por fim, quero externar os meus agradecimentos aos presidentes das executivas regional e municipal do partido a que faço parte (PSL), Pedro Valério e Marcos Velasquez pelo apoio incondicional”.

Confronto 

Ontem, sexta-feira, 07, vestindo a carapuça acerca de prática política ultrapassada, Rocha investiu contra a prefeita Socorro Neri - candidata de Gladson - a partir de uma postagem que a alcaide patrocinou nas redes sociais, onde festejava o apoio do ex-candidato a prefeito pelo PSL, Fernando Zamora, rifado da disputa por decisão política de Rocha. 

Beliscão

Socorro escreveu, ipsis literis: “ Recebi a visita do amigo Fernando Zamora, Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Acre, por quem tenho admiração e apreço. Fernando é empresário bem sucedido e cidadão comprometido com o desenvolvimento do nosso Estado. A convite do PSL, estava com pré-candidatura a prefeito consolidada. Entretanto, numa dessas manobras da velha política, daqueles que fazem tudo pelo poder, sua pré-candidatura foi retirada”.

Visões congruentes

Continuando: “Ontem, não conversamos sobre esse reprovável episódio. É passado. Conversamos sobre o futuro. Temos boas convergências. A decência e o desejo de contribuir para que a política seja instrumento de promoção do bem coletivo, são duas delas.”

Aceitando briga

Respostando, Rocha foi enfático sua conta no facebook: “ Não gosto de rebater ataques, menos ainda quando eles partem de uma mulher. Mas o caso em tela merece um esclarecimento e não vou me furtar a fazê-lo. É importante refletir, a partir de fatos concretos, sobre o texto publicado por Socorro Nery em sua página nas redes sociais, sobretudo, porque trata da “velha política”. 

Debulhando 

“Vamos aos fatos: A socialista (forma mais branda de designar os comunistas) que está conseguindo guinar o nosso governo para a esquerda, foi a mesma que em 2015 dormiu candidata pelo PSDB e acordou filiada ao PSB se projetando como vice de um político do PT. Do dia para a noite esqueceu o seu discurso anti-petista e se entregou de corpo e alma para a Frente Popular. Uma mudança radical em menos de 24 horas, aquilo que ela criticava passou a ser exemplo de gestão e projeto político. Será que essa é a nova política da Socorro Nery?”, indaga Rocha.

Engrossando o coro 

Vai além: “Essa mesma pessoa, logo após a derrota do Partido dos Trabalhadores nas urnas, em 2018, passou uma rasteira na sigla e coligação que lhe acolhera exonerando todos os cargos do partido que a levou a cadeira de prefeita. Essa é a nova política da Socorro Nery?”.

Artilharia

E prossegue Rocha: “Parece que rasteira e a traição é coisa da nova política defendida por ela, tanto que acompanhamos as tentativas de retirar a candidatura de Minoru Kimpara do PSDB, que está liderando as pesquisas de intenção de votos, com a intenção declarada de fortalecer sua pré-candidatura. Penso que essa manobra foi motivada pelo medo de enfrentar seu colega de profissão nas urnas. Essa é a nova política da Socorro Nery?”.

Ironia 

Batendo o prego: “Rasteiras, traições e outros atributos fazem parte dessa nova política. Ao menos é isso que enxergamos acompanhando o dia a dia da nossa vice-prefeita (hoje prefeita) socialista/comunista. Antes que eu esqueça, a prefeitura já está comprando máscaras e álcool em gel a preços de mercado? Os produtos são importantes para ‘Assepsia’”. Como alguém já disse, começou!

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Divergência 

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, contestou a política de austeridade fiscal e de contenção de gastos do governo Jair Bolsonaro, implementada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Receita

Segundo Marinho, é preciso aumentar os gastos públicos em infraestrutura para acelerar a recuperação econômica. “Parece que temos uma faca cravada no olho e estamos preocupados com o cisco”, disse em entrevista ao jornal O Globo, noticia veiculada na manhã deste sábado .

Efeito cascata 

Segundo o titular da pasta de Desenvolvimento Regional, o aumento dos gastos evitaria a paralisação de obras de infraestrutura no Norte e Nordeste do Brasil. “Temos obras hídricas importantes, como a transposição do São Francisco, de adutoras que estão sendo construídas nos diversos estados do Nordeste, do Centro-Oeste, do Norte e obras de saneamento básico por todo o país. Então, esses recursos precisam ser suplementados”, destacou.