O polêmicos influenciador digital Hedislandes Gadelha, que era nomeado como CEC 6 na Secretaria de Comunicação do Estado, recorreu aos grupos de whatssap de jornalistas e de mídia para anunciar sua saída do governo Gladson Cameli (PP).
Polêmica
Quando foi nomeado dia 19 de abril do ano passado, Hedislandes Gadelha virou notícias na agenda política do estado pela rejeição que a militância e os apoiadores de Gladson Cameli expressaram, vez que ele era ativo militante da campanha de Marcus Alexandre, candidato do PT e principal adversário de Cameli no pleito de 2018..
Opção pela verdade
Ontem no final da tarde, em áudio disparado em diversos grupos, Hedilsandes agradeceu ao governador pela cargo em comissão e abordou os motivos que o fizeram pedir a exoneração, revelando que sua principal função na estrutura de governo era divulgar ações fantasiosas patrocinadas pela gestão.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!”
Como ensina a passagem bíblica, João 8:32, Gadelha fez opção pela verdade “Galera a partir desta data eu não faço mais parte do governo Gladson Cameli. Agradeço pela oportunidade, desejo sorte ao mesmo, mas não vou reproduzir ações fantasiosa, na saúde, segurança e educação como eles mandam”, disse Hedislantes.
Unabomber
Em outro áudio, Gadelha prometeu - somente após constatar a divulgação de sua exoneração -, contar detalhes de atos de improbidade praticados no setor saúde do Estado, em especial uma operação que rendeu a um empresário local R$ 1 milhão.
Shiiii vem bomba por aí!
Fala que eu te escuto
O deputado estadual Fagner Calegário (PL) agora, a exemplo do governador Gladson Cameli (PP), também utiliza as ferramentas das redes sociais para contato semanal com a população, tendo como recurso as famosas lives.
Tiro pela culatra
Na noite de segunda-feira, 27, Calegário interagiu com internautas sobre diversos temas e também abordou a questão da segurança pública, pauta obrigatória de dez em dez moradores do estado. Calegário disse, ainda, que a gestão de Gladson está em ‘choque’, num trocadilho com a promessa de campanha feita pelo governador e o vice Wherles Rocha (PSDB), quando o assunta era segurança.
Efeito inverso
“No campanha e no inicio do mandato, o Major Rocha disse que ia dar um choque na gestão; hoje, a gestão está em choque”, desabafou.
Tomando a iniciativa
Segundo informações repassadas na live pelo parlamentar, seu mandato elaborou algumas agendas preparadas para execução em fevereiro, dentre elas, uma viagem à Brasília, no intuito de buscar auxílio. “Vamos atrás de alguma coisa, porque até hoje nada foi feito para melhorar a segurança pública”, disse.
Faz arminha
Calegário questionou a ida da comitiva do governo aos Estados Unidos, sob o argumento de que busca escolher armamento para dotar a força policial ferramentas para a defesa da população . “A lei mudou? Vai ser possível matar? Até onde eu estudei direito não vi isso”, encerrou.
Lupa
O Ministério Público Federal (MPF) solicitou que a Polícia Federal abra um inquérito criminal para investigar a atuação de Fabio Wajngarten, atual chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), no suposto favorecimento de sua empresa, a FW Comunicação e Marketing, na distribuição de verbas de propaganda do Palácio do Planalto.
Interesses conflitantes
O chefe da Secom, que é sócio de 95% das ações da FW, é suspeito de receber, por meio de sua empresa, dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela própria Secom, por ministérios e estatais do governo de Jair Bolsonaro. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.
Ação de ofício
O pedido de investigação foi despachado pelo procurador da República Frederick Lustosa na segunda-feira (27) e ocorre em sigilo. Os supostos crimes indicados pelo MPF envolvem práticas de corrupção passiva e peculato, quando há desvio de recursos públicos realizado por funcionário público a fim de benefício próprio ou alheio, e podem gerar entre dois e 12 anos de reclusão, além de multa.
Pagando e recebendo
O chefe da Secom também é investigado por advocacia administrativa, quando há o custeio de interesses privados valendo-se de uma posição na administração pública. Wajngarten também é alvo de um processo administrativo, no Tribunal de Contas da União (TCU), sob as mesmas suspeitas. A legislação brasileira veta que integrantes da cúpula do governo participem de negócios que possam ser afetados por suas decisões como gestores da máquina estatal. A ação também pode configurar improbidade administrativa e entre as consequências está a demissão do agente público e o ressarcimento de prejuízos à União.
Complacência
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também avaliará a atuação do chefe da Secom por possível conflito de interesses. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que se for comprovado algo ilegal, “a gente vê lá na frente. Mas, pelo que vi até agora, está tudo legal, vai continuar. Excelente profissional. Se fosse um porcaria, igual alguns que tem por aí, ninguém estaria criticando ele”.
Relembrando o caso
Desde abril de 2019, Fabio Wajngarten está no comando da Secom, órgão do governo responsável por distribuir a verba de propaganda do Palácio do Planalto entre diferentes mídias, sendo que as emissoras de TV aberta são um dos principais canais de veiculação dessas propagandas.
Área de atuação
Quando assumiu a pasta, Wajngarten já era dono de 95% das ações da FW Comunicação e Marketing, empresa que oferece ao mercado um serviço conhecido como “Controle de Concorrência”, que inclui um estudo de mídia para canais de TV e agências de comunicação.
Digitais
A suspeita de conflito de interesses envolvendo Wajngarten foi levantada após uma sondagem feita pela Folha de S. Paulo, que confirmou que a FW tem contrato com pelo menos cinco empresas que recebem verba publicitária da Secom, como Record e Band. Esta última, em 2019, pagou R$ 109 mil por serviços prestados pela FW – informação confirmada pelo Grupo Bandeirantes à Folha.