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Jamaxi

Descompasso 

A cada dia que passa fica mais patenteado o esgarçamento nas relações do governador Gladson Cameli (sem partido) e seu vice Wherles Rocha (PSDB). Ontem, segunda feira, (05), o vice governador fez publicar em sua conta no facebook réplica sobre matéria veiculada no site Contilnet, onde o governador resposta seu substituto imediato acerca do aproveitamento de técnicos do estado que também trabalharam em governos da extinta Frente Popular do Acre. 

Quintal do vizinho 

Sobre o tema, Gladson cravou constatação:“Fala tanto que tem petistas no governo, mas esquece de olhar para o partido dele. Esquece que o MDB acomodou, o PSDB tem também [referindo-se ao Minoru Kimpara]. O próprio Petecão veio de lá. E eu também já estive. Isso é natural”, declarou Cameli.

Reação 

 Segundo o site, a crítica elencada pelo vice veio após o governador optar por exonerar nove indicados da irmã e deputada federal Mara Rocha (PSDB). De acordo com o informativo,  o vice militar afirma que o gestor principal (Gladson) não valoriza os aliados que ajudaram a derrubar o PT, que passou 20 anos na governança do Estado.

Questionamento 

Em linguagem direta, no facebook, Rocha contestou a fala do governador e foi ao ponto:  “Não entendo os motivos dos ataques contra a minha pessoa; só nos últimos dias somam mais de cinco e todos patrocinados pela comunicação oficial e outros órgãos”.

Cópia 

Adiante: “Outra coisa: negar que o governo virou uma cópia genérica da Frente Popular é tentar tapar o sol com a peneira. Basta uma rápida olhada para os quadros da saúde, segurança, educação, meio ambiente e outras áreas do governo para ver velhas figurinhas que mandavam na gestão anterior e continuam dando as cartas. Pior ainda é ver repetidas as práticas que foram reprovadas na eleição de 2018”. 

Alhos e bugalhos 

Ainda: “Chega a ser risível a tentativa de confundir partido político com governo. Isso era típico do PT, que tinha o governo como uma extensão do partido. Tentar justificar a ‘esquerdização’ do governo sob o frágil argumento de que os partidos foram buscar candidatos na FPA é uma forma pouco inteligente de explicar o abandono daqueles que nos ajudaram a chegar ao governo. Como explicar Izanelda e outros tantas figuras que estavam na FPA durante a campanha passada e hoje continuam mandando? “

Exceção e pergunta 

Rocha finaliza enquadrando o candidato do PSDB (minoro) em outra faixa não freqüentada  por agentes que ele (Rocha) acusa de transitarem em território petista e coloca no balaio a nebulosa contratação da financeira que pretende gerir financiamentos que, em última instância, aumentará o endividamento dos barnabés e, também,  credenciar funcionários públicos com cartões de créditos com juros maiores daqueles praticados no mercado. 

Uma coisa e outra coisa! 

Diz o vice: “Quanto ao Minoru, ele largou a militância da FPA enquanto muitos ainda se lambuzaram nos favores dos governos petistas do Acre até 2018. Só largaram o PT nacional quando Dilma foi cassada no final de 2016. Seriam esses ataques a mim efeito das críticas que realizei sobre a Fênix/Avancard?”. Como se vê, o bicho tá pegando! Mais uma vez, shiiii.... 

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Tu me perdoas?

O jornalista Robson Bonin, da coluna Radar, editada na revista Veja, reconstituí o encontro entre o ministro da economia Paulo Guedes e o presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia. Diz o analista que quem esteve no jantar de reconciliação dos dois na segunda feira (ontem), na casa do ministro do TCU Bruno Dantas, diz que o presidente da Câmara não conseguiu esconder a emoção ao  revisitar momentos de atrito com Guedes. Maia pediu desculpas, ouviu desculpas, elogiou e foi elogiado. 

Paz duradoura

A conversa foi boa, como nessas noites de “DR” que terminam no clássico “considerol” dos boêmios. Três convivas dessa noite de paz em Brasília confirma a versão. Um deles, fez a constatação matadora sobre o futuro desse clima de amizade: “Se o jogo for combinado a partir de agora entre todas as partes, não teremos atrito”. 

Prática contestada 

Traduzindo, a mudança terá que vir de Guedes e de seu time na Economia. No Congresso, há antiga irritação com um método pouco eficiente, mas muito utilizado por Guedes. O ministro, com frequência, anuncia temas que precisarão passar pelo Parlamento sem sequer ter combinado o jogo com os líderes da base ou com Maia e Alcolumbre. 

Remember 

Foi assim com a privatização da Eletrobras que Guedes anunciou que passaria logo no Parlamento. Foi assim com a CPMF, que Guedes também saiu anunciando sem as condições políticas.  Quando uma ideia é lançada na mídia sem o devido debate antecipado com os chefes do Parlamento, a rejeição é certa. 

Dividendos 

Se as pontes reconstruídas na data de ontem, segunda feira,  servirem para que o jogo seja de fato combinado para fazer avançar a agenda, o governo sairá ganhando.  Afinal, poucos presidentes da República tiveram um ambiente tão favorável a medidas de ajuste como Jair Bolsonaro tem agora. 

Novo pacificador 

Falta o governo fazer sua parte. Daí surgiu no jantar a proposta de Renan Calheiros, um dos responsáveis pela articulação do restabelecimento da paz. O senador alagoano defendeu que o governo corte todas as isenções fiscais vigentes e, num calendário de seis meses, retome as que realmente forem importantes. 

Gran finale 

Durante o jantar, os convidados beberam água ou limonada. Café no final, para rebater. Não teve vinho? “Precisávamos estar sóbrios”, explicou um dos convidados ao falar da falta do “estimulante”. Está aberta a temporada de sugestões e ideias para preservar o teto e tentar salvar a política social do governo. Com Maia novamente autorizado a falar com auxiliares de Guedes, talvez a coisa ande, conclui Robson Bonin. 

Estancando a sangria 

O governador Gladson Cameli quer drenar uma das principais fontes de despesas da máquina governamental: os carros oficiais. Cameli revelou que vai consultar a Procuradoria Geral do Estado sobre a viabilidade da idéia.

Espelho 

“Vou propor o fim dos carros oficiais. Agora vou cumprir os trâmites legais para que a PGE me dê a autorização”, afirmou. Gladson copia o governo do Paraná, que mandou recolher os veículos oficiais e com a medida conseguiu economizar R$ 500 mil por mês. No lugar dos veículos alugados ou de propriedade do Estado, o governo paranaense fez parceria com uma empresa de aplicativo de transporte de passageiros.

Medida Oportuna 

Sobre a idéia, o senso comum a tem como louvável, vez que é rotineiro a presença de carros oficiais fora do expediente - mormente em finais de semana - transitando no centro da cidade e em ramais adjacentes ao centro das cidades, conduzindo familiares e asseclas dos motoristas oficiais, senão quando entes chegados aos chefes das respectivas repartições públicas. 

Exceções 

Sobre casos emergenciais, raciocina o governador: “Vai ter momento que vai ser preciso ter, mas só em caso extrema, extrema necessidade. Eu acredito que simplesmente. Mas a minha ideia é acabar com a figura do carro oficial. Quando precisar a gente alugar para um evento no caso da visita de alguma autoridade”. O próprio governador lembra que ele pouco usa seu carro oficial. Prefere veículo próprio. “Eu uso o meu carro. Só uso o carro oficial no último caso do caso.”