Jair Bolsonaro deu nesta sexta-feira, 20, mais uma demonstração do seu absoluto despreparo, como político, mas sobretudo como ser humano, para continuar no cargo de presidente da República.
Desespero
Acossado pelo escândalo das rachadinhas, comandado pelo senador Flávio Bolsonaro quando era deputado na Assembleia do Rio de Janeiro, Bolsonaro reagiu com homofobia ao ser questionado por jornalistas se “o seu filho tiver cometido algum deslize”. “Você tem uma cara de homossexual terrível, mas nem por isso eu te acuso de ser homossexual”, disse o capitão visivelmente alterado.
Similaridade
O que a orientação sexual de um jornalista tem a ver com os crimes cometidos pelo clã Bolsonaro? Mais: sob a lógica doentil bolsonariana, então o filho Flávio tem cara de corrupto terrível, de alguém que lavou R$ 638 mil com compra de imóveis, segundo o MP-RJ, mas não é corrupto?
Falta de postura
Em outro momento da entrevista lastimável que Jair Bolsonaro concedeu na porta do Palácio do Alvorada, ele chegou a gritar e a ofender um repórter ao responder se ele tinha comprovante do alegado empréstimo feito a Queiroz. “Ô, rapaz, pergunta para a tua mãe o comprovante que ela deu pro teu pai, tá certo?”, gritou.
Dedução lógica
Jair Bolsonaro está descontrolado porque conhece os crimes que cometeu. Ele é o chefe do clã, é Bolsonaro quem conhece Fabricio Queiroz há quase quatro décadas, não Flávio. Além das rachadinhas, as investigações do Ministério Público podem levar a provas incontestes do envolvimento do clã Bolsonaro com o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
Mexam-se!
O Congresso Nacional não pode assistir passivamente a estes ataques de Jair Bolsonaro contra profissionais da imprensa, contra as instituições. É imperativo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, saia da sua zona de conforto de primeiro-ministro informal e e dê seguimento aos pedidos de impeachment que já tramitam na Casa contra Bolsonaro. Fato é que Jair Bolsonaro jamais deveria estar na cadeira presidencial. Não tem competência, nem o mínimo preparo psicológico.
Lesa pátria
Nenhum país que se pretenda minimamente civilizado pode tolerar um presidente que, no mesmo dia, diga o que ele disse. Ser conivente com este estorvo em nome de uma política ultraliberal que está entregando o patrimônio do País é o maior crime que o Congresso Nacional poderá cometer.
Batata assando
A propósito do presidente Jair Bolsonaro, o fechamento do cerco em torno das relações financeiras entre Fabrício Queiroz, o ex-assessor que gerenciava os gabinetes da família Bolsonaro, o senador Flávio e familiares da segunda ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina, fez com que ganhasse corpo a ideia de tirar a Polícia Federal da alçada do ministro Sérgio Moro.
Explicação
Isso explica a discussão, extemporânea aparentemente, de se recriar o Ministério de Segurança Pública, que existia sob Michel Temer e foi extinto justamente para concentrar atribuições e poderes em torno de Moro”, informa a jornalista Vera Magalhães, do site BR Político, do grupo Estado de S. Paulo.
Desenho
“A possibilidade de que o caso Queiroz atinja Bolsonaro e a família, o que levaria a PF a ser acionada, justificaria a pressa em tirá-la da alçada de Moro e colocá-la sob o comando de alguém mais próximo de Bolsonaro, além de político”, informa ainda Vera Magalhães.
Rearranjo
O governador Gladson Cameli (Progressistas) declarou oficialmente nesta sexta-feira (20) que o secretário de Infraestrutura, Thiago Caetano, sairá do comando da pasta no início de 2020. Caetano, que vinha tendo desgaste na atual função, deverá assumir a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Regional, criada na Aleac esse ano.
Mudando de posição
O governador adiantou também que Ítalo Medeiros, diretor-presidente do Deracre, vai assumir a pasta de Infraestrutura. As informações são do site Contilnet.
Desistência
O site ac24horas noticia que ex-senador Jorge Viana (PT) desistiu de tentar reaver a pensão de ex-governador, no montante de R$ 35 mil. A decisão foi publicada na quinta-feira (19) no Diário Oficial do TJ.
Denegação
Viana teve o seu pedido pelo juiz Anastácio Lima de Menezes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Rio Branco, negado na última terça-feira, 17, quando o magistrado, decidiu não acatar o mandado de segurança impetrado pelos advogados do ex-governante para manter a pensão.
Meia volta
Após tomar conhecimento da decisão do juiz Anastácio, o ex-senador resolveu modificar seu entendimento, pedindo o anulamento do mandado de segurança e desistindo da ação no mesmo dia em a reportagem foi publicado no ac24horas.
O fim
O ex-presidente e herdeiro da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, foi demitido do grupo nesta sexta-feira. Em comunicado interno ao qual a colunista Bela Megale, do O Globo, teve acesso, o atual presidente da companhia, Ruy Sampaio, afirma que “a partir desta data Marcelo Odebrecht não é mais integrante da Odebrecht S. A. e, portanto, não poderá mais utilizar os serviços de qualquer natureza e a qualquer título prestados por integrantes da Companhia”.
Mais um
Ainda de acordo com o comunicado, Marcelo terá “os mesmos direitos, deveres e tratamento conferidos aos demais acionistas diretos e indiretos”. Ele já estava afastado de qualquer função executiva desde que foi preso em 2015,
Mira
Esta semana a informação de que Marcelo Odebrecht disparou uma série de e-mails com denúncias e críticas contra familiares, incluindo o pai Emílio Odebrecht, e altos executivos do grupo repercutiu na mídia. Nos emails ele, que é delator da Lava Jato, afirma que a atual crise da empresa, que enfrenta uma recuperação judicial, decorre de decisões tomadas pelo cúpula do grupo enquanto encontrava-se preso pela Lava Jato.
Especulação
Tais mensagens teriam sido a razão da demissão, que agravou o desgaste na relação com o pai, Emílio. Mas, segundo a jornalistas, também houve pressão dos monitores do Ministério Público e do Departamento de Justiça dos EUA (Doj) para que ele fosse afastado para que se concluísse o processo de monitoramento na empresa.Segundo fontes, além do salário, Marcelo Odebrecht perderá o motorista que o serve, assim como perderá o direito a ter um advogado interno da empresa.