O prefeito Tião Bocalom (PP) ontem, domingo, 26, despontou nas redes sociais colocando a mão na massa. Viralizou ajudando a serrar madeira para edificações de alagados, manusear serra elétrica makita, cortando compensado e ao ajudar no desembarque de sacolões destinados aos desabrigados da enchente que castiga a capital desde a última quarta-feira, 22. Nessa última ação, o prefeito mostrou estar em forma ao carregar em seus ombros dois sacolões que pesam aproximadamente 30 quilos.
Críticas
A ação desenvolta do prefeito deve ser a resposta à adversários políticos que deitavam críticas a sua pessoa pelo fato do mesmo encontrar-se em Manaus no período em que as torrenciais chuvas atingiram a capital e desabrigaram centenas de moradores. Ocorre que em nenhum momento o prefeito negligenciou suas funções.
Diligente
Ainda em Manaus, onde cumpria agenda da Suframa, com a presença do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckimin, o prefeito gravou um vídeo onde externou a sua preocupação com o alagamento que assolou milhares de famílias rio-branquenses e anunciou que a prefeitura iria assinar, como assinou, na manhã de sexta-feira (24), decreto de situação de emergência no município. No sábado, 25, reuniu secretários e assessores para traçar um plano de ação municipal de socorro às vítimas e de assistência pós-enchente, no retorno às casas, quando as águas baixarem
Socorro
O prefeito anunciou também a liberação imediata de R$ 5 milhões, oriundos de recursos próprios do Município, para que as primeiras ações de auxílio às famílias desabrigadas ou desalojadas sejam operacionalizadas.
Ação
Ontem pela manhã. Bocalom acompanhou a comitiva que acompanhava os ministros Waldez Góes, Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e Marina Silva, do Meio Ambiente, além do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, juntamente com o governador Gladson Cameli. O prefeito sobrevoou as áreas de alagamento, pousou com a comitiva no Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), e de lá foi visitar a rua Itapuã, no bairro Conquista, um dos mais afetados pelas enxurrada do Igarapé São Francisco.
Missão
Por ocasião da visita da comitiva ministerial que vê de perto a situação dos municípios do estado atingidos por chuvas intensas nos últimos dias, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que é acreana, destacou o trabalho realizado pela Defesa Civil Nacional, agradecendo o apoio dispensado a seus conterrâneos, e ressaltando o apoio do executivo federal.
Gracias
“Quero agradecer ao ministro Waldez por ter sido amigo e ágil ao prestar serviço rapidamente enquanto os igarapés estavam aumentando o volume. Infelizmente, estamos aqui em um momento de tristeza. Estamos aqui para prestar solidariedade, mas isso não teria razão se nós estivéssemos aqui apenas para isso. Então estamos nós, do Governo Federal, por meio da Defesa Civil Nacional, ajudando em respostas o mais rápido possível”, afirmou Marina.
Grandeza
Indagada pelo repórter Tião Maia, do site Contilnet (https://contilnetnoticias.com.br/), por qual razão ela transferiu seu título de eleitorado do Acre para São Paulo, Marina, ao elaborar sua resposta, demonstrou que está a serviço de uma causa, não se servindo dela.
Magnitude
Verbalizou a ex-senadora: “O Acre me deu tudo o que uma pessoa precisa para trabalhar por seu país ou com o seu Estado. Me elegeu vereadora, depois deputada estadual e me deu dois mandatos de senadora. Durante esse período todo eu trabalhei muito pelo Acre desde os meus 17 anos de idade, quando conheci o Chico Mendes”.
Causa universal
E foi adiante: “Depois passei a trabalhar pelo país inteiro e pelo mundo. A causa que eu defendo, ela não tem um endereço. A causa que eu defendo, que se relaciona com a mudança do clima, que afeta a cidade de São Sebastião lá no litoral de São Paulo, Petrópolis no Rio de Janeiro, Recife em Pernambuco e aqui no meu querido Estado Acre é de todo o Brasil. É justo que o povo de São Paulo, que generosamente me deu um mandato (de deputada federal) inclusive para mostrar que esta não é uma causa de um Estado. É do nosso país.
Grandeza política
Adiante, indagada se voltaria ao Acre se fosse convidada a ser candidata a governadora, Marina voltou a demonstrar grandeza em relação a causa que embala sua ação política. “Eu sou uma pessoa que já tive muito do que Deus me deu. Estou com 65 anos e ministra do Meio Ambiente pela terceira vez e diante de um dos maiores desafios da agenda ambiental. Eu vou pedir a Deus é que me dê forças para que a gente alcance o desmatamento zero até 2030, como se comprometeu o presidente Lula”, salientou Marina.
Diferença
Finalizando, evidenciou sua prática política: “Eu não faço política já olhando no passo seguinte, no cálculo seguinte. Eu tive a chance de ser candidata (ao Governo do Acre) em 2006, mas eu defendi a candidatura do Binho (Binho Marques, eleito governador pelo PT para o período de 2006 a 2010), exatamente para poder continuar no Ministério. Eu quero é que a gente não pense como os que mal terminam uma eleição e já estão discutindo a próxima, falando de outra. A gente tem é que trabalhar pelo país e pelo Estado e não viver só de eleição”. Grande Marina Silva!
Duro na queda
O dirigente petista Cesário Braga não acatou a decisão do presidente Lula em deixa-lo fora de sua assessoria. Reuniu Partidos, Movimentos Sociais e lideranças políticas para chancelarem correspondência enviada ao Ministro da Reforma Agrária, Paulo Teixeira, à presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann e ao Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em defesa de seu nome para a Superintendência do Incra no Acre.
Mostruário
“Cesário tem respaldo com a militância política dos partidos de esquerda e com os movimentos sociais e sindicais principalmente com os trabalhadores rurais. Resistiu junto a essa militância nas trincheiras e nas ruas durante todos os momentos difíceis pelos quais passamos desde o “Não Vai Ter Golpe” até as eleições do presidente Lula”, diz um trecho da missiva encaminhada aos próceres do governo federal.
Rol
Vinte dirigentes estaduais de cinco partidos de Esquerda assinam a nota. Inclusive dirigentes do PT do Acre, além de 30 dirigentes municipais e 21 lideranças de Movimentos de Trabalhadores Rurais de todo o estado. Intramuros, o veto ao dirigente petista é creditado ao ex-senador e atual presidente da Apex Jorge Viana (PT), que teria usado sua influência junto ao presidente Lula para impedir a nomeação de Braga. Viana, até o presente momento, não se manifestou sobre o tema.