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De volta ao aconchego

De volta ao aconchego

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva (REDE), visitará o Acre na próxima sexta-feira, 28. Sua estada tem caráter pessoal, familiar e político. Ela chega em Rio Branco e ficará até o próximo domingo, 30.

Foco

Inicialmente a visita estava marcada para o mês de agosto, porém a ministra resolveu realocar sua agenda. No fim de semana, fora de seu expediente como ministra, Marina vai se reunir com a direção estadual da REDE, quando analisará o lançamento de candidatos a vereador pelo partido.

Ação partidária

A REDE vai priorizar Rio Branco, única cidade em que apresentará chapa para a Câmara Municipal. Hoje, são 15 pré-candidatos a vereador em Rio Branco. A ideia do partido é priorizar a capital, onde Marina deu início a sua história parlamentar como vereadora, logo em seguida, eleita Deputada Estadual, Senadora da República e candidata a Presidente da República por duas vezes.

Personalidade

Hoje, Marina é deputada federal por São Paulo, ministra do Meio Ambiente e está na lista das 100 personalidades mais influentes do mundo. Em 2020, a Rede não apresentou nenhum candidato a vereador na capital.

Agenda

Marina, em sua visita a terra natal deve dar palestra aberta no museu dos Povos da Floresta e fazer contatos políticos e na agenda ambiental. O prefeito Tião Bocalom (PP) vai tentar um encontro com a ministra para debater a questão da destinação dos resíduos sólidos nos vários municípios do estado.

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Grana

A partir desta quarta-feira, 26, o governo do Acre começa a realizar o pagamento dos servidores em atividade, aposentados e pensionistas, incluindo, aí, o crédito de uma nova parcela do Reajuste Geral Anual (RGA), de 5,08%. O incremento financeiro, nas palavras do Palácio Rio Branco, “ssegura o poder real de compra do trabalhador, reafirma o compromisso da gestão do governador Gladson Cameli com a valorização salarial destes profissionais e demonstra a responsabilidade e compromisso do Estado com as contas públicas”.

Impacto

Em relação a maio, a folha de pagamento teve um acréscimo de R$ 18,6 milhões. Foram colocados em circulação, neste mês de junho, mais de R$ 402 milhões na economia local. Até 2026, o aumento acumulado será de 20,32%. O reajuste conta com o aval do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), obedece à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e não coloca em risco a assiduidade no repasse em dia dos proventos dos funcionários públicos.

Crime organizado

A atuação do crime organizado no Brasil já passa por pelo menos 21 atividades, incluindo setores lícitos da economia - como transporte público, mercado imobiliário, mineração e exploração de madeira. Estudo realizado pela Esfera Brasil, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança e consultoria do advogado criminalista Pierpaolo Bottini, seguiu o caminho do dinheiro e sugere ao governo Lula cinco ações, que também dependem do Congresso.

Propostas

A jornalista Roseann Kennedy, do jornal O Estado de São Paulo, teve acesso aos dados que serão divulgados. O grupo pede ampliação e fortalecimento do Coaf - Conselho de Controle de Atividades Financeiras; implantação do SUS da segurança; aprovação da Lei de Proteção de Dados de Interesse da Segurança Pública; regulamentação do setor de apostas e dos criptoativos. As propostas serão entregues ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A data dessa reunião ainda não está marcada.

Fiscalização

”É preciso fortalecer os órgãos de combate à lavagem de dinheiro, regular e organizar a informação. Hoje não há regra clara sobre como usar dados do Coaf, por exemplo, e muitas investigações terminam anuladas”, destacou Pierpaolo Bottini ao ser abordado sobre as propostas.

Fluxo

”Criamos um comitê e definimos que a melhor estratégia seria estudar de onde vem e para onde vai o dinheiro do crime organizado. A atual insegurança é uma barreira ao crescimento econômico e à vinda de investidores estrangeiros”, afirmou Camila Funaro Camargo Dantas, CEO da Esfera Brasil.

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Na marca do pênalti

Em entrevista concedida ao portal UOL, na manhã de hoje, 26, o presidente Lula afirmou que Juscelino cai se for denunciado. “O que eu disse ao Juscelino: ‘a verdade, só você sabe. Se o Procurador [Geral da República, Paulo Gonet] indiciá-lo, você sabe que tem de mudar de posição. Enquanto não houver indiciamento, você continua como ministro”, declarou. Na verdade, o indiciamento já foi feito pela Polícia Federal. Agora, cabe à PGR receber o relatório do indiciamento e apresentar denúncia ou não ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Pano de fundo

Juscelino é investigado, enquanto deputado federal, por suposto envolvimento em desvios da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). Lula e Juscelino apareceram juntos pela primeira vez após o indiciamento na semana passada. O presidente disse estar “feliz” com o ministro, afirmou que ele “está prestando um bom serviço” e negou qualquer intenção de reforma ministerial.

Posição

Em nota, o ministro afirmou que “o indiciamento é uma ação política e previsível”. Na avaliação de Juscelino Filho, a investigação “distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”.

Jogo jogado

A demissão ou manutenção do ministro pode virar carta de negociação. Em outros momentos, Lula mostrou sua fidelidade ao partido ao dar um voto de confiança ao ministro. Agora, pode usar o avanço do caso como um pedido de fidelidade do União, apontam petistas, dado que derrotas recentes no Legislativo tiveram a ajuda da legenda. Mesmo tendo três ministros no governo, o partido tem votado com a oposição no Congresso.

Direito de defesa

Ainda no transcorrer da entrevista, Lula afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou dar um golpe de Estado para se manter no cargo, mas que ele merece ser ouvido nos casos em que está sendo investigado pela Polícia Federal.

Presunção

“O que eu defendo para ele eu defendo para mim: que ele tenha direito à presunção de inocência”. Lula disse acreditar que Bolsonaro tenha tentado dar um golpe de Estado, mas defendeu a presunção de inocência para o adversário político. O presidente, que foi condenado na Operação Lava Jato e ficou preso em Curitiba por 1 ano e 7 meses, afirmou que não teve seus direitos respeitados à época .

Desculpas

Lula afirmou ainda que o presidente argentino Javier Milei deve desculpas ao Brasil e a ele por ter defendido que os foragidos do 8/1 fiquem presos na Argentina, caso não seja possível extraditá-los. O presidente completou que, por isso, não conversou com Milei até hoje. “A Argentina é um país muito importante para o Brasil, e o Brasil é muito importante para Argentina. Não é um presidente da República que vai criar uma cizânia entre Brasil e Argentina. O povo argentino e povo brasileiro são maiores que os presidentes. Se o presidente da Argentina governar a Argentina já está de bom tamanho, e não tentar governar o mundo”.