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Jamaxi

Dança das cadeiras

Dança das cadeiras

Assessores mais próximos do prefeito Tião Bocalom (PP) confidenciam, sob anonimato, que o gestor de Rio Branco deve começar amanhã, 24, a demitir os secretários, diretores e cargos de confiança ligados ao grupo político do senador Sérgio Petecão. O expurgo é o efeito imediato do rompimento entre Bocalom e Petecão, distanciamento assumido publicamente pelo prefeito, ao afirmar que não admite a presença de pessoas não identificadas com suas propostas no seu governo, numa alusão as críticas que o senador vem dispensando a sua administração. 

Esvaziamento 

A vice-prefeita Marfisa Galvão (PSD), esposa do senador Sérgio Petecão, deve ser exonerada do cargo em comissão de Secretária de Ação Social, vez que sua condição de vice não pode ser afetada enquanto perdurar o mandato que expira em 31 de dezembro de 2024. A guilhotina também aguarda o ex-vereador Bezerrinha e o militante Pedro Abreu, graduados assessores na gestão de Bocalom, dentre outros. 

Guilhotina 

Nos corredores do paço municipal, estima-se que o senador Sérgio Petecão tenha perto de 230 indicados na prefeitura, contabilizados, aí, os contratados por empresas terceirizadas. Os agraciados via terceirizadas, também deverão perder o emprego.

Trair e coçar...

O prefeito Bocalom chegou a afirmar sobre as exonerações que não vai “dormir com o inimigo”, referindo-se aos indicados pelo PSD em sua administração. Entretanto, o prefeito considerou que alguns nomes já mostraram fidelidade a ele e estes podem ser mantidos, se constatado que eles mudaram de lado mesmo. 

Gota d’água 

Em recente entrevista concedida ao jornalista Luiz Carlos Moreira Jorge, do blog do Crica, Bocalom deixou escapar que entre os motivos para o rompimento com o senador Petecão constava a aliança deste com base do presidente Lula, proximidade que não lhe interessa, reafirmando que sua posição política é de direita, seguidor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Retrato 

O prefeito ainda acusou Petecão de antecipar a eleição, ao afirmar que estaria articulando a candidatura do ex-prefeito petista Marcus Alexandre, a quem convidou para ingressar no PSD. Fato é que a imprensa já divulgou que, ao menos 10 partidos, demonstram interesse em se coligar em uma chapa tendo Marcos Alexandre na cabeça, só que Alexandre ainda não se decidiu qual seu futuro político. Seja como for, Bocalom sabe que ele será um de seus maiores adversários na eleição do próximo ano.

Espaços 

Sobre o preenchimento dos cargos comissionados ora nomeados por influência do senador Petecão, a voz corrente é que eles devem ser substituídos por indicações do senador Márcio Bittar, que usaria a prefeitura como ponta de lança de suas aspirações políticas mirando as eleições de 2026, quando termina seu mandato senatorial. 

O pomo da discórdia 

Os mesmos assessores que informam a demissão dos apaniguados de Petecão, deixam vazar que o conflito entre Bocalom e Sérgio Petecão se acirrou com a candidatura do senador ao governo em 2022, quando o senador julgou que o apoio do prefeito foi insuficiente e pouco explícito. Em contrapartida, Petecão alega que sua posição de apoio foi decisiva na eleição de Bocalom e que não sentiu a mesma reciprocidade por ocasião de sua campanha ao governo no ano passado. Chegou a dizer que Bocalom seria uma “bala perdida” e que no ano que vem ele não repetiria o apoio.

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O mundo dos vivos 

A propósito da desova dos apoiadores de Petecão que compõem a administração de Bocalom por indicação política do parlamentar, o cidadão Marcos Coveiro, conhecido chefe dos cemitérios mantidos pela Prefeitura de Rio Branco, saiu na frente e ‘sartou’ de banda do nau do senador cabeça grande. 

Me inclua fora dessa

Ontem mesmo o preparador de covas já veiculou áudio nas redes sociais fazendo valer a expressão “Mateus, primeiro os teus” - citação que tem origem em passagem bíblica, mas é uma derivação popular por causa da rima. No áudio, Marcos Coveiro diz que é Bocalom desde criancinha; tá fechado com ele para a reeleição e crava que em 2024 Bocalom colocará no bornal a reeleição. 

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Na marca do cal

O processo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que decidirá se Jair Bolsonaro ficará inelegível está na última etapa e só depende do relator para ser julgado pelo plenário. A ação, a mais avançada das 16 contra Bolsonaro no tribunal, já cumpriu todas as exigências legais e só precisa que o corregedor do TSE, Benedito Gonçalves, apresente um relatório para o caso ir a julgamento.

Causa e efeito 

Bolsonaro é investigado por ter convocado embaixadores ao Palácio da Alvorada para atacar, sem provas, o sistema eleitoral. No ano passado, o então presidente e candidato à reeleição voltou a usar a residência oficial para espalhar mentiras sobre as urnas eletrônicas.

Contestação 

No último dia 10, a defesa de Jair Bolsonaro apresentou as alegações finais ao ministro Benedito Gonçalves. Dois dias depois, o Ministério Público Eleitoral pediu a inelegibilidade do ex-presidente por abuso de poder político. A pena pode chegar a oito anos.

Veredito 

Agora, só falta Gonçalves apresentar aos colegas um relatório, que resume as investigações e dá uma indicação de como o relator votará sobre o caso. Quando isso for feito, caberá ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes, colocar a ação para julgamento no plenário.

Postura, excelências!

Em meio aos casos de xingamentos, brigas e bate-bocas com deputados na Câmara, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), pressionou os líderes das bancadas para controlar os parlamentares nas sessões de comissões e no plenário.

Limites 

A falta de decoro de deputados governistas e da oposição tem incomodado Lira. Durante as reuniões com lideranças, ele tem cobrado que deem broncas nos novatos e naqueles que quiserem “causar” durante as sessões. O Conselho de Ética foi instalado na tarde de quarta-feira (19). À noite, o presidente da Câmara deu o recado em plenário..

Ordem na bagunça 

Os líderes, por sua vez, convocaram reuniões nas bancadas para repassar o recado do presidente da Câmara. Alguns, inclusive, pediram ajuda para correligionários mais experientes dentro da própria sigla e tentar um diálogo com os mais “acalorados”.

Mariposas 

A avaliação da presidência da Câmara é que os xingamentos mancham a imagem da Câmara como um todo, e não apenas dos parlamentares individualmente. O excesso de energia e a preocupação em “lacrar” nas redes sociais são os dois complicadores do comportamento dos bolsonaristas na Câmara, de acordo com um deputado escalado para conscientizar os mais aguerridos ou esquentadinhos.