O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou R$ 4,3 milhões em compras pagas com cartões do governo em feriados que passou durante os seus quatro anos como presidente, quase todos com passeios de moto e jet ski em praias do Guarujá (SP) e São Francisco do Sul (SC).
Vida boa
De acordo com o jornal O Globo, durante o seu mandato o ex-presidente, descontado os finais de semanas e feriados, teve 66 dias de folga e realizou 16 viagens entre 2019 e 2022. Houveram também gastos nas cidades de Salvador e de Eldorado Paulista, no interior de São Paulo, onde o ex-presidente passou a infância.
Na conta da viúva
Ao todo foram contabilizados R$ 3,7 milhões gastos quando Bolsonaro esteve nessas cidades, e outros R$ 593 mil na véspera ou nos dias seguintes pelos assessores que acompanhavam o então presidente. O gasto mais robusto foi em hospedagem, que somaram R$ 2,5 milhões, seguidos por alimentação (R$ 1,1 milhão) e combustíveis e lubrificantes (R$ 392 mil).
Tô nem aí!
Ainda de acordo com o jornal O Globo, a viagem mais cara foi o Réveillon passado em Santa Catarina, em 2022, quando os gastos pagos com o cartão chegaram a R$ 633 mil. À época, Bolsonaro foi criticado pela opinião pública por estar em viagem enquanto a Bahia passava por problemas devido às fortes chuvas.
Passagem
Morreu ontem, domingo, 12, o ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes, aos 83 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde o final de dezembro, tratando um quadro de diverticulite aguda, uma inflamação no intestino grosso, e broncopneumonia. O ex-governador disputou as eleições de outubro do ano passado, mas não se elegeu. O político deixou três filhos.
Luto
O governo do Amazonas decretou luto de sete dias no estado. “O Governo do Amazonas se solidariza com a família e amigos neste momento de dor, e reconhece a importante contribuição que Amazonino Mendes deu ao nosso estado, entrando definitivamente para a história do Amazonas”, diz nota divulgada neste domingo.
Tratamento
Amazonino estava internado no Hospital Sírio Libanês para tratar problemas respiratórios. Em novembro do ano passado, tinha sido internado em razão de uma crise de diverticulite (inflamação no intestino grosso) e pneumonia. O político tinha 83 anos, era filiado ao Cidania. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Dados pessoais
Amazonino Mendes é natural de Eirunepé, interior do AM, e se formou em Direito pela Universidade Federal do Amazonas. Ele lançou na vida pública toda uma geração de políticos e criou, em 2001, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Trajetória
Esteve à frente da Prefeitura de Manaus pela primeira vez do ano de 1983 até 1986, indicado pelo então grande cacique político do Amazonas, Gilberto Mestrinho. Em seguida, foi governador do Amazonas do ano de 1987 até 1990. Em 1993, foi eleito novamente prefeito de Manaus. Ele ficou no cargo até 1994, quando foi eleito pela segunda vez para o cargo de governador do Amazonas, mandato de 1995 até 1998. Amazonino retornou ao posto de prefeito de Manaus para o mandato de 2009 – 2012. Em 2017 – 2019 assumiu pela última vez o cargo de governador do Amazonas.
Pesar
O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), em nome dos acreanos manifestou pesar pela passagem do benfeitor amazonense, registrando que o mesmo foi um político de grande influência e contribuiu muito para o desenvolvimento de seu estado. Registrou, ainda, que Mendes deixou como grande legado a criação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e também o fato de ter tirado o Amazonas de um isolamento secular.
Barco
O governo federal vai liberar a entrada de barcos na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, para fazer a retirada pacífica de garimpeiros ilegais da região. A autorização será feita mediante cadastro prévio dos tripulantes das embarcações.
Estratégia
A decisão foi tomada de forma conjunta pelo Ministério dos Povos Indígenas, Ibama, Funai e Forças Armadas. O objetivo é garantir que os garimpeiros deixem o local de maneira “pacífica e ordenada”. Antes da medida, fiscais apreendiam equipamentos e detinham pessoas a bordo de barcos que circulavam na região.
Nomeação
O Ministério da Saúde nomeou o técnico de enfermagem Leandro Alves Lacerda para a coordenação do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami e Yek’uana (Dsei-YY). A mudança ocorre em meio ao enfrentamento da crise humanitária vivida pelos indígenas do povo yanomami. A portaria que oficializa a decisão foi assinada pela ministra Nísia Trindade e publicada no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (10/2). O coordenador substituto se demitiu no último dia 5.
Tapetão
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intimou o Google Brasil a fornecer informações para subsidiar uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida por Jair Bolsonaro contra Lula, que tramita na corregedoria da corte. O ex-presidente alega que a campanha de Lula patrocinou links no Google para que reportagens positivas sobre sua trajetória política aparecessem em primeiro lugar nas buscas do Google. A ação foi ajuizada quatro dias após o primeiro turno, no dia 6 de outubro de 2022.
Renitente
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar no sábado,1, o resultado das eleições presidenciais de 2022. Em evento com brasileiros na Flórida, nos Estados Unidos, Bolsonaro disse que “aos olhos do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]” não conseguiu se reeleger, mas que a sua missão “ainda não acabou”. Bolsonaro perdeu para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno das eleições de 2022. Ele foi o 1º a tentar a reeleição e perder.
Guerra
Ainda no sábado, 11, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não participará de nenhuma “guerra fria” entre Estados Unidos e China. O Brasil tem como política a defesa do convívio pacífico entre os povos. A tensão entre os 2 países aumentou depois que os norte-americanos abateram um suposto balão “espião” chinês e acusaram os chineses de espionagem.
Nadando em dinheiro
A propósito da crise vivenciada pelo povo Yanomami, municípios localizados na região que compõe a reserva (Alto Alegre, Amajari, Caracaraí, Iracema e Mucajaí) tiveram empenhados (reservados) R$ 96,3 milhões em emendas do relator-geral (RP9), o chamado “orçamento secreto”, aponta levantamento do site Metrópoles. Os recursos foram encaminhados aos cofres das prefeituras e do estado por deputados federais e senadores. Não está claro quanto desse montante chegou a ser executado (pago de fato).
Quinhão
De acordo com o levantamento, o maior valor foi direcionado para o município de Alto Alegre, que recebeu mais de R$ 36,8 milhões nos últimos três anos. Em seguida, vem a cidade de Caracaraí, com R$ 23,2 milhões; Amarajarí com R$ 22,7 milhões; e por último Iracema com R$ 13,5 milhões. Não constam quantias reservadas por meio de emendas para Mucajaí.
Orçamento secreto
A nova modalidade de emendas parlamentares foi criada em 2019, mas teve início em 2020. O mecanismo ampliou em bilhões as injeções de recursos em redutos eleitorais de deputados e senadores. Entretanto, as emendas de relator-geral (RP9) foram objeto de críticas durante o governo de Jair Bolsonaro, principalmente após a eleição de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara.
Caixa preta
Sem transparência, as RP9 foram apelidadas pela imprensa de “orçamento secreto”, pois, diferentemente das outras modalidades de distribuição de recursos aos parlamentares, não tinham critério definido, padronização para a transparência e fiscalização.