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Ontem o jornalista Luiz Carlos Moreira Jorge, do Blog do Crica, fez publicar que o Partido Progressista vai lançar à prefeitura de Rio Branco o ex-presidente da Empresa de Assistência Técnica, Extrativista e Rural do Acre (Emater), Tião Bocalom (PP), tendo como vice a suplente de deputada federal Marfisa Galvão (PSD), esposa do senador Sérgio Petecão (PSD). O entendimento partidário entre PP e PSD, pelo que foi anunciado, poderá agregar novas siglas

Esboço

O arranjo das alinaças avança no desenho que poderemos ter na sucessão da capital. Teríamos, então, a candidatura natural da atual prefeita Socorre Neri (PSB); a candidatura do tucano Minoru Kimpara; a candidatura do emedebista Roberto Duarte; a candidatura do pecuarista Zamora, do PSL, sigla pela qual o presidente Jair Bolsonaro foi eleito, e também a candidatura do representante do PT que até o presente momento não foi delineada.

Contestação

A assessoria da deputada Federal Mara Rocha (PSDB) fez comunicar que ela entrou com uma ação popular na Justiça do Acre pedindo a suspensão do rodízio de veículos em Rio Branco anunciado pela prefeita Socorro Neri, que teve início a partir da date de ontem, segunda-feira (18/05).

Mérito

Na ação, Mara alega que o ato da prefeita é ilegal, “o Executivo municipal está determinando um rodízio de veículos sem lei que lastreie a medida”. Segundo a parlamentar, não há lei definindo o decreto regulamentador e a Prefeitura não acompanhou a medida com estudos, dados, informações e demais subsídios que dão suporte à medida: “Não discuto a necessidade de medidas que venham a diminuir a contaminação por Covid-19, mas, uma medida dessa natureza precisa de embasamento científico sobre o resultado final que se pretende atingir. Qual o percentual de proteção à população que essa medida pretende atingir?”.

Atenuantes

A parlamentar também questiona a falta de um plano emergencial para aumentar o número de ônibus disponíveis durante o período do rodízio. “A medida aumentará o número de pessoas que usarão os ônibus, isso criará ainda mais aglomeração e risco de contágio, mas a prefeitura não apresentou um plano para aumento do transporte público, o que se confronta com o objetivo final do Decreto, que é diminuir o contágio.” “Esse decreto é um absurdo e coloca em risco a saúde da população e aumentará o número de contaminação por coronavírus”, finalizou Mara Rocha.


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Vivenciando o drama

Depois de ver grande parte de sua família infectada pelo novo coronavírus (COVID-19) e perder o pai para a doença, o vereador de Belém Sargento Silvano (PSD) mudou de opinião sobre o enfrentamento à pandemia. Desde o fim de março, quando defendia publicamente o fim do isolamento social e a abertura do comércio na capital do Pará, o parlamentar e pelo menos outros 10 familiares tiveram testes positivos. A luta contra o vírus mudou a atitude do político, antes defensor do presidente Jair Bolsonaro, que passou a criticar as decisões do Planalto.

Influência

No dia 27 de março, Silvano publicou texto em rede social defendendo a posição do presidente em cobrar de governadores e prefeitos a abertura do comércio. “Com 30 dias todos verão que o presidente Bolsonaro tinha razão”,escreveu. Em primeiro de abril, o vereador reafirmou a postura, dizendo ter ‘lado’ e não ser ‘traíra’. “Eu me abraço politicamente com qualquer um, menos com o inimigo. Eu tenho lado”, postou.

A dor ensina a gemer

Já a partir de 12 de abril, Silvano mudou o discurso. “Eu estou do lado da ciência e não de políticos. Ainda acredito nos médicos, até que provem o contrário”, disse. Mas foi de 20 de abril em diante que o vereador começou a combater as falas do presidente. “Isso não é uma gripinha, como disse o Bolsonaro. O presidente mente para o povo brasileiro. Bolsonaro perdeu o meu respeito! Falo de tudo que tenho sofrido com minha família nesses últimos dias. Misericórdia Deus”, publicou.

Racionalidade

Criticado por apoiadores de Bolsonaro pelos comentários, Silvano, que ainda não havia sido infectado, reagiu mantendo sua nova posição e pedindo orações para a melhora na saúde de familiares, entre eles a esposa e o pai, internados. “Entre defender um lado político e minha família, não terei dúvida em escolher minha casa. A verdade precisa ser dita ao povo brasileiro. O COVID-19 mata, e está matando muita gente. Abre os teus olhos pelo amor de Deus”, escreveu.

Metamorfose

Em 24 de abril, depois de contrair e se recuperar do vírus, Silvano foi mais enfático em oposição ao presidente. “Sentido-me decepcionado com o presidente. Como ex paciente de COVID-19, e agora com a saída do Moro, foi o fim de tudo. Daqui a pouco, se continuar assim, vou começar a gritar #ForaBolsonaro”, disse. O pai do vereador ficou internado cerca de um mês com a doença e não resistiu.

O Bem maior

“Agora defendo o lockdown. Meu pai, por exemplo, construiu um patrimônio, mas quando foi enterrado não levou nem a roupa do corpo. Foi enterrado no lençol do hospital e em um saco. O que significa isso? Que defendo o isolamento e lockdown. O emprego é importante, mas se tu morrer, vai sem nada, como aconteceu com meu pai. Estão brigando para abrir o comércio, mas se tu morrer, não vai levar nada, amigo”, afirmou Silvano ao portal UOL

Engodo

“Sou totalmente contra o Bolsonaro hoje, por uma postura louca dele, sem limites. Consegui graças a Deus abrir os meus olhos. Quem fala isso é um cara que deu um título a ele e o conhecia antes de ser candidato, ainda em 2017. Ninguém falava dele e tínhamos um relacionamento bom. Cheguei a andar com ele pelo Pará”, comentou o vereador.

Kamikaze

“Sou totalmente contra o Bolsonaro hoje, por uma postura louca dele, sem limites. Consegui graças a Deus abrir os meus olhos. Quem fala isso é um cara que deu um título a ele e o conhecia antes de ser candidato, ainda em 2017. Ninguém falava dele e tínhamos um relacionamento bom. Cheguei a andar com ele pelo Pará”, comentou o vereador.

Encontro com a realidade

“Fiquei muito triste com a postura dele, totalmente contrária da realidade, que é o pobre morrendo e o governo federal não investindo o recurso necessário. É fácil criticar quando o problema não chega na sua casa. Minha posição hoje é humanitária e não política. Luto hoje a favor da vida. Se as pessoas estão morrendo, tenho que esquecer o Bolsonaro. Que os críticos não sintam na pele a perda de um pai”, complementou em entrevista ao portal.

Lição

O texto acima deveria servir de reflexo para àqueles que se opõem as medidas protetivas colocadas em prática pela prefeita Socorro Neri (PSB) e pelo governador Gladson Cameli (PP) que, ao agirem com responsabilidade, buscam preservar o bem comum.