A prefeita Socorro Neri foi às redes sociais se insurgir contra denúncia apresentada apontando que a Secretaria de Saúde do Município, aproveitando-se dalegislação que suspende a necessidade de licitação nesse período de pandemia do covid-19, houvera adquirido Álcool-70 com sobrepreço.
Procedimento
“Verificar se procede antes de fazer uma denúncia espalhafatosa, deveria compor o modus operandi de quem é decente. Sempre que recebo uma denúncia, de pronto mando apurar”, fez anota a prefeita em sua conta no facebook.
Cenários diferentes
E ainda: “A denúncia da vez é tão leviana que bastaria um pouco de bom senso para saber que não dá para comparar o preço do litro de álcool em gel 70% adquirido no início da pandemia, quando explodiu a procura por esse produto, com o preço praticado ontem, quando a oferta e a procura já estão sendo equilibradas”.
Ação nefasta
Por fim, Neri expressa o real significado que está por trás da denúncia: “Interesse meramente eleitoral, a velha politicagem de tentar desqualificar os adversários políticos para se mostrarem os paladinos da moral e dos bons costumes. Sei!”
Interrupção
O Governo do Estado do Acre aprovou na Assembleia Legislativa do Acre e sancionou na terça-feira, 5, o projeto de Lei 3.623 que suspende os prazos de validade dos concursos públicos estaduais já homologados durante o período de pandemia de Covid-19.
Interstício
Assim, ficam suspensos os prazos de validade dos editais de concursos públicos realizados pela administração pública direta e indireta, referentes a processos homologados e em fase de convocação dos aprovados, durante o período de isolamento social e quarentena devido à pandemia da Covid-19.
Recomeço
Todos os concursos públicos promovidos pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como pelo Ministério Público Estadual (MPAC), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Defensoria Pública do Estado (DPE), Fundações e Autarquias entram na medida. Os prazos de validade terão continuidade na sua contagem, após o encerramento do estado de calamidade pública, decretado pelo Estado.
Racionalidade
O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta-feira (8) a prorrogação das medidas de isolamento social na capital paulista. Inicialmente prevista até o dia 10 deste mês, as ações que visam frear a disseminação da Covid-19 serão estendidas até o dia 31 de maio . “A quarentena, felizmente, está salvando vidas em São Paulo e outros estados brasileiros. Pessoas que poderiam ter adoecido e falecido estão em vida e agradecendo por estarem vivendo e convivendo com os seus familiares, desfrutando a longa vida que terão pela frente , declarou o governador.
Dilatando prazos
Com a decisão, apenas os serviços essenciais seguem autorizados a funcionar. A ampliação do isolamento se deve à escalada no número de casos e mortes em razão do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
Exemplo a ser seguido
“Venceremos a pandemia, mas sabendo os sacrifícios que temos que fazer para salvar mais vidas e proteger mais pessoas. Temos que ficar em casa, respeitar e amar a vida. Respeitar o que mais nobre e importante recebemos de nossos pais: a existência. Compreenda que a nossa decisão de prorrogar a quarentena é a opção pela vida”, complementou.
Evitando o caos
“Não há nenhuma dúvida de que essa medidas devem ser prorrogadas. Poderíamos ter chegado a 700 mil casos hoje se nada tivesse sido feito”, informou o Dimas Covas, médico hematologista e diretor do Instituto Butantan.
Radioativo
O presidente Jair Bolsonaro, com seu discurso e ações contrários ao isolamento social, é a principal ameaça aos esforços de combate à pandemia de Covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, disse a revista científica Lancet, uma das mais prestigiadas do mundo, em editorial divulgado nesta sexta-feira (08).
Insensatez
A publicação científica criticou o “E daí?” que Bolsonaro usou para responder na terça-feira da semana passada a jornalistas quando perguntado sobre o fato de o Brasil ter superado a China em número de mortes provocadas pela Covid-19. Na ocasião, o Brasil registrava 5.017 vítimas fatais da doença. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados na quinta-feira —nove dia após aquela fala do presidente— o país tem 9.146 mortes causadas pelo coronavírus, com 135.106 casos confirmados.
Posição
“Neste momento, cidades grandes como São Paulo e o Rio de Janeiro são os principais focos, mas há sinais de que a infecção está se deslocando para o interior dos Estados, onde estão localizadas cidades menores, sem provisões adequadas de leitos com cuidados intensivos e ventiladores. Ainda assim, talvez a maior ameaça à resposta ao Covid-19 para o Brasil seja o seu presidente Jair Bolsonaro”, disse a revista no editorial intitulado “Covid-19 no Brasil: E daí?”
Fora de órbita
Para a Lancet, Bolsonaro “continua semeando confusão, desprezando e desencorajando abertamente as sensatas medidas de distanciamento físico e confinamento introduzidas pelos governadores de Estado e pelos prefeitos das cidades”.
Pouco caso
O presidente já se referiu por mais de uma vez à Covid-19 como uma “gripezinha” e tem criticado governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento social, ferramenta preconizada pela maioria da comunidade científica e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para frear a disseminação do vírus.
Fora de si
Além disso, Bolsonaro frequentemente estimula aglomerações, indo a lugares públicos em Brasília e no entorno no fim de semana, e participando de manifestações que têm entre suas bandeiras, além do apoio a seu governo, pautas antidemocráticas como o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
Terceirização
Também na semana passada, após o episódio do “E daí?”, Bolsonaro disse que ele não é responsável pelas mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil e tentou responsabilizar os governadores pelos óbitos.
Degola
No editorial, a Lancet lembra que, em meio à pandemia, Bolsonaro ficou sem dois ministros populares — Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido da Saúde pelo presidente, e Sergio Moro, que pediu demissão da Justiça e, ao sair, fez acusações contra Bolsonaro.
Bombardeio
“Esta desorganização no centro da administração do governo é não só uma distração com consequências fatais no meio de uma situação de emergência de saúde pública, mas também um forte sinal de que a liderança no Brasil perdeu o seu compasso moral, se é que alguma vez teve um”, dispara a revista que em nenhum momento cita o atual ministro da Saúde, Nelson Teich.
Mutismo
“O Brasil como país deve unir-se para dar uma resposta clara ao ‘E daí?’ do Presidente. Bolsonaro precisa mudar drasticamente o seu rumo ou terá de ser o próximo a sair”, disse a revista. O Palácio do Planalto não respondeu a um e-mail da Reuters com pedido de comentário sobre o editorial da Lancet.